Aconcágua/Passo Água Negra/ Oceano Pacífico Janeiro/2011
Agradeço a oportunidade de compartilhar com os amigos motociclistas um breve relato com fotos e vídeo sobre minha viagem/aventura intitulada Projeto FORTES Ventos II. Na oportunidade, além de percorrer 7.265 km durante 19 dias de viagem solo de moto pelo Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, também levei na bagagem uma mini bateria para tocar em lugares muito interessantes, como Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Aconcágua e Paso Água Negra (altitude de 4780 m). Mais uma vez foram realizados boletins ao vivo durante a viagem para o Programa Adelor Lessa da rádio Som Maior, além de ser enviado o material de divulgação aos principais meios de comunicação da região sul de Santa Catarina.
E-mail utilizado durante a viagem: projetofortesventos@bol.com.br
Breve relato e fotos sobre a viagem/aventura de moto no
Projeto FORTES Ventos II
OBSERVAÇÕES:
- Nos relatos os km diários não são exatamente as distâncias entre as cidades, pois se trata do percurso diário incluindo os passeios;
- O combustível também não é calculado pela quilometragem do dia. Os valores foram registrados pelos abastecimentos diários. Dessa forma os leitores poderão ter uma noção dos custos totais;
- Viajar sozinho também proporciona certa dificuldade na hora de encontrar vagas e negociar preço nos hotéis, pois é nítida a preferência da ocupação das 2 camas que geralmente tem nos quartos;
- A moto foi pesada numa balança de caminhões registrando 250 kg;
- Nas poucas vezes que resolvi calcular a média de consumo, o menor foi de aproximadamente 19,5 km/l e o maior consumo andando muito “FORTE” foi de 12,5 km/l.
- Não percebi mudança alguma com relação a rendimento e consumo da moto em altitude ou utilizando a gasolina de outro país.
- Fiz superficialmente o cálculo diário das despesas durante a viagem fazendo a média no qual 1 real vale 2 pesos argentinos, mas acredito que o real vale um pouco mais em relação ao peso. Caso esse relato seja lido com muita diferença de data (jan/2011), pode-se fazer o câmbio de real pra dólar em R$ 1,75
01/01/11 e 02/01/11 (1º e 2º dia)
Criciúma/SC a Porto Alegre/RS
km diária: 271 - km total: 271
Hotel: Casa de familiares - Alimentação: Na casa de familiares - Gasolina: R$ 53,83
A saída de Criciúma foi no dia 01/01/11 indo até Porto Alegre para dormir na casa de familiares e prevendo sair no dia 02/01/11. Resumindo, no outro dia bem cedo, ao sentar na moto pra sair resolvo revisar a carteira e percebo que inexplicavelmente troquei os documentos da moto com o do carro. Inexplicável por que os documentos da moto ficam juntos com o cartão do seguro da mesma. Então só restou relaxar e chegar a conclusão que não era pra sair naquele dia mesmo. O pessoal de Criciúma enviou pelo ônibus o documento e aproveitei pra curtir mais um dia a família.
03/01/11 (3º dia)
Porto Alegre/Brasil a Paso de los Libres/Argentina
Sigo em direção a fronteira do Brasil com a Argentina na cidade de Uruguaiana/RS onde havia uma verdadeira muvuca, porém mais voltada para as pessoas que estavam entrando no Brasil. Também confirmo na prática a questão de dificuldades de abastecimento de combustível na Argentina, no qual já havia sido informado por relatos recentes. Minha preparação já contava com 2 galões acumulando 10 litros de gasolina extra devidamente abastecidos após a fronteira.
Em Paso de Los Libres, primeira cidade ao entrar na Argentina, fui procurar a família do amigo Hugo que me hospedou em sua casa em Comodoro Rivadavia na Argentina durante 7 dias enquanto eu estava doente na viagem à Patagônia em 2009. Havia perdido o contato com ele, mas tive a feliz surpresa de reencontrá-lo, pois justamente naqueles dias estava passando uma temporada com sua família na fronteira com o Brasil. Dessa forma consegui dar um abraço nesse eterno amigo.
04/01/11 (4º dia)
Paso de los Libres/Argentina – Santa Fé e Santo Thomé/Argentina
Os primeiros dias da viagem ainda foram um pouco tensos pelo fato da dificuldade no abastecimento de gasolina. Porém tudo correu bem, pois fiquei atento transportando combustível extra. Segui viagem em direção a Santa Fé, mas em velocidade baixa pra garantir a autonomia e não se arriscar a ser parado pela policia rodoviária, pois estava preocupado com o transporte de gasolina extra..
Tinha muita curiosidade em conhecer o túnel subfluvial próximo a Santa Fé, mas que na realidade acaba tornando-se frustrante, pois em nenhum momento percebemos que estamos passando por baixo do rio. De qualquer forma vale a pena a passagem e o registro dessa construção muito curiosa. Há um passeio programado para conhecer melhor o projeto do túnel, mas acabei não buscando as informações.
Em Santo Thomé, vizinha de Santa Fé encontrei o Martin que se tornou mais um grande amigo que conquistei na viagem para Patagônia e agora estou reencontrando depois de 2 anos. Ele me levou para um passeio pelas duas cidades destacando a agradável costaneira, movimentada pelas pessoas curtindo um final de tarde.
Nesse dia tive que apelar para um atendimento médico para amenizar o que eu achava que era um simples tersol, mas que estava proporcionando um terrível incômodo. Acabei sendo medicado com antibiótico e alguns dias depois o problema estava solucionado.
05/01/11 (5º dia)
Santa Fé e Santo Thomé/Argentina a Villa Maria/Argentina
Fui em direção a Villa Maria ao encontro do amigo Carlos que também encontrei na viagem anterior à Patagônia em 2009 e que já esteve 2 vezes no Brasil me visitando em Criciúma/SC. Mais uma noite agradabilíssima com a hospitalidade indiscutível dos amigos argentinos.
Foi nesse dia que fiz 12 km/l nas retas de calor intenso do centro da Argentina. Sai no final da manhã e cheguei próximo das 18 h na turística e agradável cidade de Mendoza. Infelizmente por conta do antibiótico recusei os tão famosos vinhos dessa região. Esse local poupa comentários, pois há riquíssimos e detalhados relatos em livros e na internet. Confesso também que esses lugares mais movimentados e turísticos não são meus atrativos principais, mas mesmo assim me agradei muito pela cidade. Não deixe de passar no Cerro da Glória.
Mendoza - Argentina
Nesse dia programei uma manutenção básica na moto em uma oficina oficial da Yamaha onde fui muito bem atendido. Troca de óleo, ajuste da corrente, concerto de um mau contato no pisca, me livrar da gasolina extra (nessa região já normalizada) e tirar uma dúvida sobre a ventoinha da moto que estava acionando com muita frequência.
Foi lá também que encontrei pela primeira vez a Super Ténéré 1200, que ainda não havia sido lançada no Brasil. Quem passar por essa oficina, por repasse meu FORTE abraço aos amigos mecânicos.
Nesse dia errei o trajeto e deixei de ver um local que o amigo Rauen havia indicado como uma bela paisagem. Acabei pegando a estrada asfaltada que vai direto para Uspallata sem passar pelo trecho de terra que passa por Villavicencio. Quando cheguei a Uspallata fiquei muito frustrado e resolvi voltar 50 km pra conhecer o local deixado para trás. Porém depois de andar uns 25 km e já estar a aproximadamente 3.000 de altitude, surgiu um nevoeiro que fez com que avaliasse melhor, desistindo dessa parte da aventura.
Uspallta - Argentina
Esse foi um dos dias mais significativos da viagem. Além de passar pelo local chamado Puente Del Inca, cheguei ao Parque Aconcágua e pude avistar a grandeza do ponto mais alto das Américas.
Puente Del Inca - Argentina
Ao fundo o nosso teto da América - ACONCÁGUA!
Embora um dia muito especial, também muito tenso pois não saberia ao certo se conseguiria um bom local e momento para realizar a primeira experiência de gravação com a mini bateria. Felizmente deu tudo certo no primeiro registro com a bateria no parque Aconcágua.
Cruzei a fronteira para o Chile e confesso ter ficado frustrado com o Paso Cristo Redentor e muito mais com os famosos Caracoles, pois pelas fotos e relatos que li anteriormente, parecia algo de outro mundo.
Aproveito então para destacar umas das belezas naturais de Santa Catarina, que é nossa Serra do Rio do Rastro, que mesmo sendo tão próxima, me impressiona a cada passeio que faço frequentemente por lá para botar a XTzona pra trabalhar.
Foto com a XT na Serra do Rio do Rastro.
Embora a entrada no Chile seja mais burocrática, o pessoal faz o possível para agilizar. Mesmo assim com a parada de 3 horas para gravar coma bateria no Aconcágua acabei chegando em Santiago ao anoitecer.
Acordei cedo com o objetivo de fazer um tour pela cidade, pois ao ler relatos de amigos fiquei muito curioso sobre os pontos turísticos. Como havia combinado com um amigo chileno que conheci também na viagem anterior, ficou apenas a manhã pra conhecer um pouco da capital. Mesmo assim consegui fazer milagre e em tempo recorde sair em direção a Viña Del Mar às 14 h.
Santiago - Chile
Cerro Santa Lucía - Santiago - Chile
O amigo German já estava me esperando no meio da estrada entre Santiago e Viña Del Mar e mais que gentilmente me aguardava com seus amigos para almoçarmos juntos perto das 16 h. Logo em seguida me levaram para conhecer um pouco da cidade e à outros amigos que aguardavam em local para tomarmos um café.
Como havia comentado anteriormente não me agrada muito ficar em lugares muito badalados, mas esse lugar chamado Viña Del Mar merece um dia tradicional de turista.
Reservei esse dia para rodar pela costa do Pacífico em um trajeto de aproximadamente 400 km. pois essa idéia me fascinava há algum tempo.
Oceano Pacífico - Chile
Também enquanto pesquisava o trajeto pela internet vi as fotos de um local chamado Caleta Puerto Oscuro. Fiquei impressionado com a beleza do lugar no qual não havia relatos de motociclista comentando a passagem por lá. As placas na rodovia indicavam o local, mas ao sair da estrada não havia nada que levasse diretamente a entrada. Tive que perguntar várias vezes para entender que teria de abrir um portão em meio a umas casas que pareciam abandonadas e seguir por alguns km de terra.
Felizmente encontrei um local único e pouco habitado, motivo pelo qual provavelmente se mantém assim tão belo. Não tive dúvidas, que esse era a paisagem ideal para a gravação com a mini bateria no Oceano Pacífico.
Caleta Puerto Oscuro - Oceano Pacífico - Chile
Enquanto realizava a gravação, não pude deixar de registrar a imagem e os olhos atentos de uma moradora daquele belo lugar
desfrutando a paz de seu lar a beira do Oceano Pacífico no Chile.
Sigo em direção a La Serena pretendendo passar no Parque Nacional Fray Jorge onde também recebi boas referências, porém não consegui chegar a tempo antes do fechamento do Parque às 16 h e 30 min. Mesmo assim, cheguei a La Serena no final da tarde ainda a tempo de contemplar um belíssimo pôr do sol, que é algo que me agrada muitíssimo.
Nesta quarta-feira finalmente me dirigi ao ponto mais difícil e interessante dessa viagem, que foi o Paso Água Negra na fronteira entre o Chile e a Argentina. Realmente o trajeto é "punk!". Impressiona principalmente a paisagem, mas também a altitude e a estrada sem asfalto.
Precauções para atravessar o Paso Água Negra na fronteira entre Chile e Argentina
A caminho do Paso Água negra - Chile/Argentina
Ao chegar à Laguna localizada no decorrer do percurso, fiquei fascinado em rever o azul da água que desde a viagem à Patagônia não havia mais visualizado. O entusiasmo levou-me a intensão de entrar com a moto numa espécie de praia, onde o degrade da água sugeria uma belíssima foto. Péssima idéia! Entrar com a moto e seus 250 kg foi difícil, mas sair, foi quase o impossível. Por pouco “não entrei numa roubada”.
Laguna no Paso Água negra - Chile/Argentina
Uma das maiores dificuldades dessa viagem foi enfrentar a altitude. Se na ocasião eu tivesse subido e descido normalmente, acredito que não haveria sentido praticamente nada. O maior problema é que um de meus objetivos da viagem era gravar com a mini bateria nesse ponto fantástico do trajeto. Para isso tive que negociar com os guardas da fronteira uma hora a mais do que o previsto para essa passagem, que seriam de 4 horas.
Ao ficar praticamente uma hora na altitude indicada na placa e ali montando a bateria, gravando e guardando tudo novamente, as reações negativas começaram a aparecer. Também passar por aquele lugar sem tirar o mínimo de fotos possíveis, seria muito frustrante. Então o lance é encarar o problema de frente e depois de tudo dar certo, ter uma bela história para contar.
Paso Água Negra - Fronteira entre Chile e Argentina
Altitude de 4.780 metros acima do nível do mar
Objetivo alcançado!
Sem palavras - Paso Água negra - Chile/Argentina
Vinha pensando a viagem toda em fazer essa brincadeira, pois li no rótulo: “Beba bem gelado”. Tá bom o Cristiano é FORTE, mas a piada é fraca (risos!).
Sobre o consumo de álcool ou energético durante a viagem, gostaria de salientar que não tenho o costume de beber. A latinha está até hoje lacrada e guardada apenas como recordação.
Nas foto acima a imagem das três pistas e do rio, que devido a distância mais parece um pequeno córrego.
Foi muito desafiador, mas concluído com êxito completando o trajeto de 173 km em 5 horas.
Na exaustão que esse trecho nos submete, segui procurando hotéis em três cidades e encontrando apenas em uma delas um quarto triplo. Até hoje acho que foi propositalmente me oferecido para que eu desistisse do hotel devido ao estado da sujeira que eu e minha roupas encontravam-se depois da travessia do Paso Água Negra. Essa é mais uma das dificuldades de se viajar solo.
Aviso! Entre as cidades de Rodeo e S.J. Jachal tem uma estrada muito sinuosa. Diminua a velocidade, pois o trecho é tão “trancado” que há placas pedindo para buzinar antes de realizar algumas curvas.
Na noite anterior, percebi que o pneu traseiro da moto estava com a calibragem baixa, mas resolvi deixar para o outro dia a possibilidade de ter que concertar. Pela manhã ao revisar a moto novamente, não percebo nenhuma mudança. Então coloquei a calibragem correta e segui para um posto de combustível.
Na viagem de 2009 à Patagônia, assisti algumas etapas do 1º Dakar e por várias vezes fui confundindo com as equipes, pois as bagagens na moto acabam impressionando o público que aguardava pela passagem dos veículos. Dessa vez, sem saber que o Rally passaria também pela cidade de S.J. Jachal, ao chegar ao posto de combustível fui surpreendido por muitas pessoas que aguardavam a chegada do 1º piloto das motos. Foi uma correria! Entre fotos, pedido de adesivos e entrevistas, também tinha que ficar ligado na euforia do pessoal que insistia por alguma recordação, ou mesmo para pelo menos tocar na moto.
Sigo para a San Juan e decido não entrar em alguns caminhos que levariam as etapas do Rally. Os motivos eram: Não ter que esperar em torno de uma hora no sol de verão ao meio dia para que os primeiros pilotos passassem, pois ainda estava me recuperando do dia anterior no Paso Água Negra; Chegar na cidade de San Juan garantindo que estava tudo certo com o hotel reservado, pois conseguir hotel de última hora em cidades onde passa o Rally, é uma loteria. Tenho relatos de amigos motociclistas que não conseguindo hotel, optaram por dormir num banco de praça.
Chegando ao hotel o funcionário me dá um susto dizendo que meu nome não estava na lista, pois na realidade reservaram com o meu sobrenome. Desfeito o mal entendido fui ao restaurante ao lado do hotel e alguns minutos depois sou avisado pelo garçom que meu pneu estava furado. Nesse momento passa um filme na cabeça. Imagine a mesma situação no Paso Água Negra ou no meio de um deserto assistindo a especial do Dakar?
Outra boa notícia. A borracharia ficava a uma quadra do hotel. Mais uma! O borracheiro gostou da minha história da viagem com a bateria e não cobrou o concerto, além de me dar uns remendos para levar na viagem.
Como definir um milagre desses? Nunca estamos sozinhos!
Sigo o resto do dia assistindo a festa da população de San Juan com a chegada dos competidores
Rally Dakar 2011 - San Juan - Argentina
Um dos tops da competição passeando pelas ruasUm dos tops da competição passeando pelas ruas
Acordo às 5 da manhã com uma surpresa desagradável. Uma intoxicação alimentar, provavelmente por uns pães que comprei e que ao averiguar a embalagem, percebo que não há ao menos a data de fabricação e é claro, muito menos a validade. Por mais um milagre, nesse dia eu estava no melhor hotel da viagem e nele estava incluído atendimento médico de emergência.
Espero até umas 11 h da manhã para ver se realmente estava recuperado e sigo em disparada para chegar a Córdoba entes do anoitecer. No trajeto também encontro muitos competidores do Rally. Próximo à Córdoba passo por Alta Cumbre que alcança a altitude de aproximadamente 3.000 metros, facilitando a visualizão das nuvens de um ponto privilegiado.
Base do Rally Dakar 2011 em Córdoba - Argentina
Passando pelas nuvens - Altas Cumbres - Córdoba - Argentina
Nesse dia programei para reencontrar o amigo Carlos de Villa Maria e visitar na cidade de Alta Gracia o Museu de Che Guevara. O lugar é mágico e torna-se indescritível a emoção de presenciar os registros originais desse grande personagem de nossa história.
Museu do Chê Guevara - Alta Gracia - Córdoba - Argentina
Escritos do próprio quando criança
La Poderosa do filme "Diários de Motocicleta".
Diários do Chê
Esse foi um dia muito agradável na companhia dos motociclistas argentinos Carlos e Pablo que me guiaram por roteiros com belas paisagens, boa Alimentação, música e com direito a um banho no Dique Los Mollinos. Mais uma vez também pude desfrutar da hospitalidade do Carlos e sua família na cidade de Villa Maria.
16/01/11 (16º dia)
Villa Maria/Argentina a Concepción Del Uruguay/Argentina
Não deve ser novidade que os últimos dias de viagem costumam ser de muitos km rodados, pois o objetivo agora é chegar em casa. Ao parar em um posto de gasolina sigo o conselho do dono da lanchonete que também era motociclista e acabo aguardando uma forte tempestade passar. Excelente escolha, pois ao chegar a Rosário na argentina, comprovei a cidade com muitos galhos pelo chão e ruas alagadas. Embora pretendesse ficar esse dia em Rosário/Argentina, optei por seguir adiante.
Foi um dia de muita estrada, mas com um recompensador pôr do sol digno de capa de livro.
17/01/11 (17º dia)
Concepción Del Uruguay/Argentina a Porto Alegre/Brasil
Sigo pra o Brasil percorrendo 907 km em um dia e também um pouco de noite, sendo que boa parte desse trajeto com chuva forte e constante. Não canso de fazer agradecimentos falando na sala de reuniões dentro do capacete, a gratidão pela experiência, emoções, proteção e contemplação de tudo que se vive em uma viagem/aventura nessas proporções.
Mãe FORTE
18/01/11 a 19/01/11 (18º e 19º dia)
Porto Alegre/RS à Criciúma/SC
km diária: 355 - km total: 7265
Hotel e Alimentação: Familiares - Gasolina: R$ 78,00
Fico mais um dia com a família em Porto Alegre e faço os contatos para realizar a última gravação com a bateria ao nascer do sol no Oceano Atlântico, contando com a ajuda do amigo Chiquinho que mora na cidade de Torres/RS. Porém em função das chuvas, Torres estava com muitos alagamentos, então resolvemos adiar para o primeiro dia com melhora do tempo.
23/01/11 e 24/01/11
Torres/RS
No domingo dia 23, percebi que o tempo havia estabilizado, então resolvo ligar para o amigo Chiquinho em Torres que confirma essa situação por lá também. Essa era a senha para carregar novamente a moto com a mini bateria e partir para a conclusão do projeto.
No dia seguinte acordamos as 5 h da manhã e rapidamente fomos para o Morro do Farol, onde imaginamos ser o melhor cenário para o registro. O lugar por si só já rende belas imagens, mas com o nascer do sol a sensação de missão cumprida completou o sentimento de plena felicidade.
No total foram percorridos 7.265 km em 19 dias de viagem, sendo 15 deles rodando de moto e 4 deles permanecendo em algumas das cidades visitadas.
Total de custos básicos:
Gasolina: R$ 1.048,00
Hotel: R$ 991,00
Alimentação: R$ 455,00
TOTAL: R$ 2.494,00
Custos adicionais com passeios, pedágio, telefone e manutenção da moto
durante a viagem chegam aproximadamente a mais R$ 500,00
As despesas com a manutenção da moto antes da viagem é muito relativo devido as diferenças existentes em cada modelo e quilometragem já percorridas.
Agradecimentos especiais ao Dr. Alexandre Cardoso da Clinigastro de Criciúma/SC, que prontamente me atendeu por telefone durante a viagem, depois de eu ter passado por uma leve intoxicação alimentar. Também quero agradecer as empresas Nosso Posto(Ricardo) e Agropecuária Urussanguense(Fernando Volpato) pelo patrocínio ao Projeto FORTES ventos II e a rádio Som maior Premium pelo espaço para compartilhar as aventuras da viagem durante os boletins ao vivo para o programa Adelor Lessa.
Marcelo (mecânico)
Agradecimentos pela sua atenção e cuidados especiais pra deixar
a moto apta à encarar tantos desafios e aventuras.
Um "FORTE" abraço!!!
Cristiano Forte
Site: www.cristianoforte.com.br
Twitter: http://twitter.com/cristianoforte
E-mail: cristianoforte@cristianoforte.com.br
Projeto "Fortes" Ventos II
e Mini bateria ODERY
O projeto FORTES Ventos também contou com um ingrediente muito especial. Na oportunidade, além de percorrer 7.265 km durante 19 dias de viagem solo de moto pelo Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, também levei na bagagem uma mini bateria para tocar em lugares muito interessantes, como Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Aconcágua e Paso Água Negra(altitude de 4780 m).
Matéria publicada no Portal das baterias Odery
Em breve os relatos completos e as inúmeras fotos ainda não publicadas, estarão no livro que estou trabalhando no momento.