TRAJETÓRIA MUSICAL

Resolvi colocar estas informações de maneira informal e detalhada, para que os interessados em saber um pouco mais de minha trajetória musical, pudessem ter a idéia da realidade da vida de um músico, com suas conquistas, mas também seus sacrifícios.

Cristiano Canabarro Forte, nascido em 9/12/73 na cidade de Porto Alegre/RS.


Data: : De 1973 a 1985 Idade: Dos 0 aos 11 anos

A música sempre chamou minha atenção. Quando criança ficava imitando os músicos na TV, ou ouvindo rádio. E geralmente, era fazendo de conta que estava tocando uma guitarra. Inclusive, uma vez fiquei brabo com um amigo (devíamos ter menos de 5 anos de idade). Porque queríamos montar uma banda para tocar as músicas do Elvis Presley. Então, ele me colocou como baterista. Ele tocando uma “linda” guitarra de plástico, e eu tocando em umas latas. Não gostei nada da idéia. Também lembro vagamente (eu deveria ser muito pequeno), de um vizinho ter reunido uns amigos para uma roda de samba em sua casa, na qual havia uma bateria no grupo. Lembro-me ter ficado boquiaberto com aquilo. Foi só o pessoal parar e eu me intrometi a batucar em alguma coisa. Muito depois desta época, comecei a descobrir a vontade de batucar. Então comecei a improvisar baterias com cadeiras, baldes e etc... Eu e meu irmão Juliano Forte, ficávamos tocando e cantando, e fazíamos apresentações para o meu pai depois que ele chegava do trabalho. Ele tinha muita paciência para chegar cansado e assistir tudo aquilo. Lembro-me também quando os meus pais me levaram a um baile onde fiquei um tempão do lado do palco, olhando a bateria. O barulho era tão alto que derrubei uma garrafa do palco e nem percebi. Já um pouco mais velho (uns 10 anos de idade), eu ia às festas Juninas da escola que quase sempre eram animadas pelo conjunto de baile Inovação (mais adiante volto a falar dele) onde eu ficava sonhando ao lado do palco, imaginando que o baterista fosse me chamar para tocar, o que seria impossível. Os bateristas que assisti foram o Luís Carlos (que mais tarde seria o meu 1º professor) e o Peninha que às vezes cantava ou tocava bateria.


Data: : 1986 Idade: 12 anos

Comecei a demonstrar as batucadas que fazia em casa para os meus colegas de classe. Inclusive, tinha uma professora que de vez em quando liberava os cinco últimos minutos da aula para o pessoal cantar, enquanto eu batucava na classe.


Data: : 1987 Idade: 13 anos

Aos 13 anos de idade pude sentar pela 1ª vez numa bateria de verdade, foi em uma Igreja (na ocasião fui exclusivamente para ver a bateria, que Deus me perdoe). Fiquei admirado com a máquina de chimbal, que até então eu não sabia que existia, pois ficava tocando apenas com as mãos (mão direita fazendo bumbo em uma cadeira e mão esquerda fazendo a caixa em um caixote de madeira). Depois deste contato, comecei a conceber a montagem de um Kit de bateria. Assim, comecei a ir a lugares onde tivesse uma bateria, para que eu pudesse experimentar mais um pouco. Onde eu ouvisse o som de bateria pedia licença para assistir ao ensaio, e quando não criava coragem, ficava ouvindo da rua mesmo.

Pelas condições financeiras de minha família, não haveria a mínima chance de ganhar uma bateria. Inclusive, o 1º rádio FM que tivemos, foi meu presente de aniversário de 12 anos. Até então meu repertório era restrito às rádios AM e televisão. Tive também, a oportunidade de ensaiar com uma banda de meninos da minha idade em um pequeno grupo de baile, que cedeu o equipamento para a gente “brincar”. Naquele dia ficamos tanto tempo tocando, que esqueci de avisar minha mãe, que já estava quase louca me procurando.

1º professor: Luiz Carlos (Músico de baile de Canoas/RS)



Aprendi com o Luiz Carlos, durante os 3 meses de aula que tivemos, alguns toques práticos sobre ritmos mais utilizados em músicas populares. Foi com ele que ouvi pela primeira vez um de meus ídolos, Billy Cobam.

Embora ele fosse um músico autodidata , tinha um diferencial interessantíssimo que vi em poucos bateras até os dias de hoje, e que sem dúvida nenhuma me influenciará eternamente, que é sua “pegada” e swing.

Também fiz um teste em um pequeno grupo de baile (grupos no qual o pessoal não vive de música). Me pediram de cara para fazer um samba rápido e não teve jeito (no decorrer desta história voltarei a falar deles). Também fui ao ensaio de uma banda profissional, chamada Inovação (aquela das festas Juninas da escola), que ensaiava ao lado da casa do meu 1º professor. O dono da banda me viu tocando na aula e se interessou. Depois fiquei sabendo que eles deram um toque para o meu pai sobre a possibilidade de eu entrar na banda, mas meu pai não levou o assunto adiante, pois eu tinha apenas 13 anos, ou seja, muito novo para estar na noite e também precisava estudar.

1º Banda: Sub-Solo

No final deste ano, um professor da minha Escola (Escola La Salle), chamado Irmão Davi, que sabia da minha ansiedade por tocar, me convidou para irmos assistir ao ensaio de uma banda de garagem de um amigo, que tocava apenas músicas próprias. O então líder e baterista da banda, o Eugênio, falou que se eu me saísse bem no ensaio, ele iria para a guitarra e eu assumiria a bateria. No ensaio me deixaram tocar, e então me convidaram para entrar na banda. O baterista foi para a guitarra. Para ele não fazia diferença, pois levava a música como diversão. Devo muito a ele, viramos ótimos amigos e mantemos contato até hoje.

1º Apresentação ao vivo: Praça no Bairro Fátima em Canoas/RS


Data: : 1988 Idade: 14 anos

1º Bateria:



O Eugênio me vendeu sua bateria com a condição de que eu permanecesse na banda. Pois começamos a manter contato com outras bandas. Com isto poderiam aparecer convites para outro grupo, e então eles ficariam sem bateria.

Este ano foi muito difícil para mim, pois tive que começar a trabalhar e estudar a noite. Meu pai não gostou nada da idéia de eu comprar algumas peças de bateria com o meu 1º salário. Mas minha mãe segurou as pontas e fui comprando minhas baquetas, pratos e pedal nacionais.

Chegou uma hora que eu achei que não iria conseguir nada como músico, e até pensei em deixar a bateria um pouco de lado devido a problemas familiares. E também, a rotina exaustiva do trabalho pesado no CEASA, em Porto Alegre/RS, e a escola à noite. A banda passou por mudanças, chegando a parar de ensaiar, e por isso, eu também não me animava a tocar sozinho. Fiz aulas frustradas de teoria com um fiscal da OMB de minha cidade, mas não consegui assimilar a sua didática. Acredito que tenha sido o pior ano de minha vida, em vários aspectos.


Data: : 1989 Idade: 15 anos

Neste ano, continuei trabalhando e estudando a noite. Porém as coisas começaram a acontecer. Fui a uma festa de final de ano da empresa que trabalhava, e vi uma banda de baile muito profissional. Fiquei impressionado com as atrações que eles proporcionavam ao público e a qualidade musical que até então eu nunca havia presenciado. O nome da banda era Caravelle (mais adiante volto a falar dela).

Neste ano, fui convidado a tocar com aquela banda que cedeu o equipamento para que eu e meus amigos “brincássemos”. Inclusive em uma das festas que tocamos, uma criança veio fazer xixi no meu bumbo. Também neste ano, aquele pessoal que eu havia feito um teste (samba rápido) e que não tinha dado certo, me procurou para quebrar um galho numa festa em um CTG (Centro de Tradições Gaúchas). Naquele momento a banda tinha mudado o estilo, agora com o nome Grupo Encilha, tocando apenas músicas Gaúchas.




1º Cachê: Grupo Encilha

Este grupo foi muito importante, pois o filho do dono da banda também participava, tocando guitarra no grupo. Ele me apresentou muitas músicas boas, de bandas como:

Van Halen, Rush, Pepeu Gomes (um Cd ao vivo de música brasileira), The Police, Golpe de Estado, High Life e tantas outras que me influenciaram diretamente. Algumas músicas, ele apenas me apresentava, e outras, ele me pedia para “tirar”, para que pudéssemos tocar juntos. Um fato muito engraçado é que o pai dele não gostava que a gente ficasse tocando Rock. Então era só ele nos ouvir tocando, que já vinha com sua gaita para ensaiar alguma coisa do repertório da banda gaúcha.

Paralelamente, montamos uma banda cover, unindo o pessoal que fui conhecendo. Então, retomamos a minha 1ª banda, a Sub-Solo. Agora, tocando apenas covers.

Toquei meu 1º Carnaval em um Camping no Litoral gaúcho. Misturamos a banda cover com a banda gaúcha, mais um pessoal que trouxe uns instrumentos de percussão.




Data: : 1990 Idade: 16 anos

Neste ano, tive que parar de estudar para poder ensaiar a noite com a banda gaúcha e a banda cover, mas continuei trabalhando durante o dia.

2º Professor: Barel (Músico de Baile de Porto Alegre/RS)

O Barel foi um ótimo professor. Fez com que eu compreendesse a teoria utilizando a leitura para a bateria. Iniciou os estudos de rudimentos e me mostrou muita coisa legal, executando na bateria para que eu pudesse ouvir. Estudei um ano com ele.

No meio do ano tive, talvez, que tomar a decisão mais importante de minha vida profissional.

Início da Carreira Profissional

O Luís Carlos (meu 1º professor de bateria) tinha saído de uma banda super conceituada no Rio Grande do Sul chamada FAMA FESTA SHOW, para assumir a tarefa de reformular uma outra Banda de Baile chamada Classe A. Então, convidou-me para fazer parte da equipe técnica, sendo que eu também poderia participar, tocando percussão e eventualmente substituindo-o na bateria. Num primeiro momento não aceitei, pois estava começando a exercer um novo cargo em meu trabalho, tinha carteira assinada e as bandas que eu tocava estavam começando a se estruturar. Pensei muito, pois eu queria era tocar em uma banda e não ficar trabalhando na parte técnica. Depois de alguns dias voltei atrás, pedi as contas de meu trabalho e aceitei a proposta.



Foi uma ótima escolha, pois no 1º ensaio desta banda o Luís teve que chegar mais tarde, e eu fiquei tocando em seu lugar. Isto fez o pessoal pegar confiança e me convocar a “tirar” algumas músicas que seriam sempre tocadas por mim. O pessoal também começou a emprestar o local de ensaio para nossa banda cover ensaiar. Enquanto ensaiávamos com a Sub-Solo, perceberam que também poderíamos participar de algumas apresentações, tocando durante o intervalo da banda de baile.

Durante o período que fiquei nesta banda, conheci o Alfeu que era técnico de som e que também tocava bateria. Ele mostrou-me o lado mais progressivo e fusion como: Jean Luc Point, Marilion, Billy Cobam, etc... Nesta época também conheci um ótimo baixista chamado Roberto Santa Maria, tenho-o como um eterno amigo, além de também ser padrinho de sua filha, Victória. O Roberto também me mostrou muita música através de discos e vídeos, pois ele adquiriu um vídeo-cassete (na época para fitas VHS) primeiro que eu e então passávamos as madrugadas ouvindo e assistindo música. Desta época em diante comecei a prestar mais atenção  no virtuosismo de Dave Weckl com Chick Corea Eletrick Band,  Akira Jimbo em seus solos no Cassiopea, Scott Travis, Alex Van Halen, Carlos Bala, etc...


1º Emprego como músico profissional



Depois de ficar aproximadamente uns 4 meses com a banda de baile Classe A, o pessoal de uma casa Noturna de Porto Alegre/RS chamada CARINHOSO me viu tocando, e convidou-me para trabalhar com eles de terça à sábado. Anteriormente, esta casa trazia vários shows de ótima qualidade, mas naquela época estava fazendo um som mais dançante.

Comecei a encontrar ótimos músicos, pessoas experientes que passavam pela casa para dar canja ou quando eu ia visitar outras casas e também dava canjas. Talvez tenha tido a sorte de conhecer uma época, onde na vida noturna de Porto Alegre havia durante toda a semana, várias casas com música ao vivo. Nestas oportunidades, conheci o lendário baterista Argus Montenegro, o grande instrumentista Jorginho do Trompete, o baixista Jacaré, entre tantos outros. Comecei também a comprar discos e trocar gravações com músicos que ia conhecendo, principalmente o Doinho, baixista que tocava comigo.

Também tive que tirar a famosa e nos dias de hoje tão polêmica carteira da Ordem dos músicos do Brasil.

1º Workshop

Nesta época assisti ao 1º workshop. Foi do baterista Duda Neves.




Data: : De 1991 a 1993 Idade: 17 aos 19 anos

Fiquei tocando no Bar CARINHOSO por aproximadamente 4 meses, e logo em seguida entramos em férias. Devido a uma discussão com o proprietário sobre o valor a ser pago nas férias, fomos demitidos (por incrível que pareça tínhamos carteira assinada).

1º Show Nacional

Neste período de férias, montamos uma banda para tocar em um festival de samba que acontecia todo o ano em Porto alegre/RS. Neste evento acompanhamos o cantor LUIZ AYRÃO. Na mesma noite teve show do grupo Fundo de Quintal.

Logo em seguida, o meu “anjo da guarda”, o Luís Carlos (1º professor de bateria), convidou-me para  fazer o carnaval com ele, pois havia saído do CLASSE A e entrado em uma banda muito tradicional no estado chamada CARAVELLE, na época já com quase 30 anos de estrada. Como podem perceber, o Luís Carlos foi uma peça chave em minha trajetória, por isso o considero como meu PAI MUSICAL. Coincidentemente também, Caravelle foi a banda que havia citado anteriormente ao assisti-lá em um baile da empresa que eu trabalhava e que me impressionou muito pela qualidade da apresentação. 

Após o carnaval, o Luís Carlos resolveu retornar ao FAMA FESTA SHOW. E justamente na hora que eu ficaria desempregado, ele me indicou para entrar em seu lugar noCARAVELLE. Quase não “segurei a onda”. Pois não tinha experiência e força física para segurar o andamento numa banda de 10 componentes. O que me salvou foi uma bateria eletrônica chamada BOSS DR 550 que estava parada no ensaio, pois até então ninguém havia achado muita utilidade para ela. Comecei a utilizá-la como metrônomo e também soltando percussões que eu pré-programava. Na época chamou muita atenção, pois os sequencers ainda eram raríssimos ou talvez nem existissem nas bandas de baile. Mais tarde, também utilizei a Roland R8 e os triggers da DDRUM com interface KAT em uma bateria acústica. Hoje em dia estes equipamentos já são muitos utilizados, mas em meados de 1992, eram novidades para todos nós. Inclusive, eu gostava de sacanear o pessoal que vinha conhecer o equipamento, invertendo os sons de caixa e bumbo. Quando o pessoal batia no bumbo acústico, saia som de caixa no trigger e vice-versa.





O CARAVELLE tinha uma agenda cheia de apresentações e ensaios. Com eles conheci muitos lugares no Brasil e comecei a adquirir experiência, uma vez que a maioria dos músicos tinha o dobro da minha idade. Lá conheci um ótimo trombonista de São Paulo, mais conhecido como GÓ. Ele me mostrou muita música boa vinda das bandas instrumentais de São Paulo, como: Raul de Souza, Bocato, Metalurgia, etc... Como eu era muito tímido e “verde”, procurava mais ouvir do que falar, mas fui me soltando nos trabalhos paralelos que comecei a fazer e que foram essenciais para que eu não caísse na rotina dos bailes.

Então, comecei a tocar paralelamente à noite, depois dos ensaios do Caravelle, com a banda PROLETÁRIO VOADOR. Uma banda muito criativa que fazia músicas próprias.

1º Banda Instrumental

Também na época, montamos um Power Trio chamado HANGAR 18. Eu, o Roberto Santa Maria (contrabaixo) e o Marcelo Santos (Guitarra), começamos a fazer músicas próprias e tocar covers do que era mais ouvido na época: Malmsteen, Steve Vai, Joe Satriani e Frank Solari.

1º Gravação DEMO: Take ao vivo

Nesta banda fiz minha primeira gravação em um estúdio caseiro.

Nesta mesma época, também comecei a admirar o trabalho do Mestre Kiko Freitas, assistir a Workshops e encontros de bateristas que começaram acontecer em Porto Alegre/RS e Florianópolis/SC.

3º Professor de bateria: Daniel Lima (1º Percussionista da OSPA)

Daniel Lima foi o professor que eu permaneci pelo maior tempo ininterrupto. Fiquei 1 ano e 6 meses fazendo aula. Através dele tomei conhecimento do que havia de mais atual em vídeo-aulas, métodos e visão profissional dos grandes centros. Recebi muita influência nestas aulas do método do David Garibaldi e Gary Chester, no qual tenho uma admiração muito grande.

Como fiquei conhecendo muita gente na noite, começaram a aparecer os convites para tirar as folgas de amigos bateristas em Porto alegre/RS. O que era muito legal, pois o trabalho era feito sem ensaio e envolvia muitos ritmos e repertórios diferentes.

1º Gravação em Estúdio Profissional

A convite da Banda Habeas Almas, fiz a gravação de 3 músicas para utilizar como DEMO nas rádios da cidade. Também fizemos alguns shows, com praticamente os mesmos músicos, que também tinham uma banda Instrumental com disco gravado chamada Ato de criação.

Foi um período muito intenso de informações. Enquanto fazia aulas com o Daniel Lima, eu também tocava os bailes com o CARAVELLE, instrumental com o HANGAR 18, fazia músicas próprias com o PROLETÁRIO VOADOR e muitas vezes fazia as substituições para meus amigos. Em muitos momentos, eu precisava parar para pensar que repertório iria tocar, devido a grande quantidade de músicas memorizadas.


Data: : De 1993 a 1994 Idade: 19 aos 21 anos

Depois de quatro anos envenenando minha 1ª batera com pedestais, caixa, pratos, pedais e guardando dinheiro, pude comprar a minha 2ª batera, uma Fischer branca inspirada na batera do Akira Jimbo dos vídeos do Cassiopea e a batera branca do Metallica.



Em 93, estive pela 1ª vez em São Paulo. Fui conhecer o Instituto da Vera Figueiredo e a Escola do Duda Neves.

Depois de tocar 2 anos no CARAVELLE, mais uma vez recebi o convite para substituir o meu PAI MUSICAL (Luís Carlos) que estava saindo do grupo FAMA FESTA SHOW para montar sua própria .

No Fama Festa Show retomei a utilização da bateria acústica e comecei a utilizar a bateria eletrônica Roland R70 como sequencer de percussão. Este grupo tinha um diferencial interessante baseado nas grandes bandas de baile de São Paulo, que procuravam oferecer além da música para se dançar, atrações para serem assistidas.

Escola de música e aulas de bateria

Neste grupo também encontrei um excelente baixista chamado Carlinhos. Ele foi meu sócio em uma escola de música chamada PROFMUSIC, na cidade de Novo Hamburgo/RS. Até então eu me arriscava a dar algumas aulas particulares em minha casa, porém com a inauguração da escola procurei organizar e melhorar o material a ser ensinado.

1º Workshop

Através da escola organizamos um Workshop na cidade de Feliz/RS, que situa-se numa região com inúmeras bandas de baile.



4º Professor: Argus Montenegro

Nesta época, tive por um curto período, algumas aulas com o lendário baterista Argos Montenegro. E logo após, com o seu filho e também muitíssimo talentoso Zé Montenegro.

5º Professor: Zé Montenegro


Data: : 1995 Idade: 21 anos

Neste ano deixei de participar da Escola de música Profmusic. Mas continuava a participar do Grupo Fama Festa Show e procurava manter trabalhos paralelos. Reencontrei o pessoal da banda Proletário Voador, que naquele momento estava trocando o nome para Big Zen Voodoo. Fizemos alguns shows importantes, tocamos nas rádios e TV’s de Porto Alegre. Em seguida gravamos o primeiro CD da banda e que também era a minha primeira gravação.



1º Cd gravado: Banda BIG ZEN VOODOO

Neste ano, também comecei a tocar com o pessoal da banda General Troop. Eles faziam músicas próprias com muita influência de Hard Rock. Com eles realizei um sonho de infância, estar no palco da minha escola tocando com uma banda na Festa Junina que tocava o conjunto Inovação, estando no lugar onde eu ficava observando os bateristas e sonhando que eles me convidariam para tocar uma música.

6º professor: Kiko Freitas

Em 1995 fiz alguns meses de aulas com o já reconhecido Kiko Freitas.


Também nesta época, conheci o grande baixista e amigo Ayrton. Ele me deu uma força com umas poucas e importantes aulas de teoria. Importantes, pois me apresentou muitas coisas de Jazz e me influenciou muito com sua paixão pela música.


Também recebi o convite para montar um grupo instrumental com alguns ótimos músicos de Porto Alegre, entre eles: Paulinho Fagundes (guitarra), Júnior (Contrabaixo) e o Giovani (percussão). O Júnior tinha muita experiência. Pois viajando por todo Brasil e exterior, conheceu muita gente no meio musical do NATIVISMO. Então começou a me indicar para acompanhar artistas em Festivais e shows. Trabalhamos com os cantores CHICO SARATI e VITOR HUGO. Também continuei fazendo substituições, principalmente para o grande amigo DÉ RIBEIRO, que frequentemente me chamava para substituí-lo quando as datas dos artistas que ele acompanhava se “chocavam”. Também montei vários trabalhos para tocar na cidade de Tapes/RS em um bar que existia na época, onde conheci o pessoal do espetáculo BERRO DA LAGOA, que fazia um show temático, falando sobre a importância da água em nosso planeta, e que no qual fizemos apresentações em várias praias do litoral Gaúcho.

Trabalhos como Free Lancer

Neste ano tomei uma decisão, parar de tocar em bandas de baile para me dedicar aos projetos que estavam se encaminhando e investir no segmento de free lancer.

Na época, a banda General Troop também gravou uma FITA DEMO, e fez um projeto paralelo como banda cover, para tocarmos em bares. A banda se chamava Jack Daniels.




Também recebi o convite para montar um grupo instrumental com alguns ótimos músicos de Porto Alegre, entre eles: Paulinho Fagundes (guitarra), Júnior (Contrabaixo) e o Giovani (percussão). O Júnior tinha muita experiência. Pois viajando por todo Brasil e exterior, conheceu muita gente no meio musical do NATIVISMO. Então começou a me indicar para acompanhar artistas em Festivais e shows. Trabalhamos com os cantores CHICO SARATI e VITOR HUGO. Também continuei fazendo substituições, principalmente para o grande amigo DÉ RIBEIRO, que frequentemente me chamava para substituí-lo quando as datas dos artistas que ele acompanhava se “chocavam”. Também montei vários trabalhos para tocar na cidade de Tapes/RS em um bar que existia na época, onde conheci o pessoal do espetáculo BERRO DA LAGOA, que fazia um show temático, falando sobre a importância da água em nosso planeta, e que no qual fizemos apresentações em várias praias do litoral Gaúcho.




Data: : 1996 Idade: 22 anos

Depois de 4 meses fora das bandas de baile, recebi o convite de uma banda de Santa Catarina chamada Etc...& Tal.

Retorno as bandas de baile

Naquele período como músico free lancer, comecei a sentir a insegurança deste segmento. Como eu vinha de uma família simples e estava começando a adquirir minhas coisas (bateria, carro, etc...), então, acabei aceitando ao convite para ir tocar na banda Etc...& Tal de Araranguá/SC. O convite partiu do baixista e eterno amigo Neto Nunes. O destino colocou-nos de frente em uma situação muito casual. Eu iria tocar o carnaval em meu próprio bairro com o grupo Fama Festa Show. Então a tarde resolvi dar uma volta de bicicleta para relaxar. Fui a um outro clube de minha cidade que também teria uma banda à noite. Lá conheci o Neto de Santa Catarina, que no momento estava atacando de baterista. Mantivemos contato trocando material. Logo em seguida, ele acabou trocando de banda, voltando a tocar contrabaixo. Então começou a me convidar para tocar em Santa Catarina. A ida para banda Etc...& Tal foi muito interessante.  Como era uma banda muito nova e de jovens músicos, havia muito entusiasmo e uma vontade de tocar que a tempos não sentia em um grupo. A banda era de Araranguá/SC e  fiquei um tempo indo e voltando à Porto Alegre/RS (250 km de distância). Nestas vindas a Porto Alegre, comecei a me encontrar esporadicamente para rolar um som instrumental com o amigos Roberto Santa Maria (contrabaixo) e Baiano (guitarra). Porém 6 meses depois, optei por morar em Santa Catarina. A cidade era muito calma, bem diferente de Porto Alegre. Então me senti muito a vontade para me dedicar mais ao instrumento. Isto era algo que eu não vinha fazendo nos tempos da correria das bandas de bailes junto com trabalhos paralelos e as atividades como free lancer.


Concursos de bateristas:

Quando fiquei sabendo das inscrições para o 1º Batuka, não hesitei em preparar o material, mesmo sabendo que as chances seriam mínimas. Era o primeiro Concurso de minha geração e sem dúvida nenhuma, muita gente boa estaria se inscrevendo. Além disso tinha o lance da banda de baile, que tocava todos os finais de semana e que seria difícil falhar com eles.

Fiquei muito surpreso em ficar entre os 45 semifinalistas. Fui para São Paulo de ônibus na terça e cheguei lá na quarta de manhã para o Evento (15 horas de viagem). No Teatro o clima era muito legal. Aquela ansiedade de todos em poder mostrar o trabalho que vinha fazendo, como as influências, os estudos, as cópias, e as originalidades. O que era mais legal é que tinha muita gente de peso na plateia. Participei e vim embora no outro dia (mais 15 horas de viagem), pois precisava estar em Araranguá na sexta para tocar com a banda. Assim que cheguei (sexta-feira), recebi o telefonema da Vera Figueiredo dizendo que eu estava entre os 15 finalistas. Ela foi muito legal em me convencer a voltar no outro dia, e também me ajudou a falar com o pessoal da banda para conseguir alguém para me substituir. Foi uma correria para ver um avião que saísse no sábado de manhã, pois teria que tocar pelo menos na sexta com a banda. Deu tudo certo, andei pela primeira vez de avião, embora muito cansado e com poucas horas de sono, consegui o 4º lugar (na época o Concurso premiava os 5 primeiros colocados). Haviam muitos bateristas superiores tecnicamente, que nos dias de hoje estão tocando com uma “galera da pesada”. No meu ponto de vista, só não ganharam por terem tentado mostrar muitas coisas de seus ídolos, como Dave Weckl e Dennis Chambers. 

 



Fotos publicadas nas revistas:

ROCK BRIGADE - 10/96

ROCK BRIGADE - 01/97

BACK STAGE - 09/96

MODERN DRUMMER - 10/96

MÚSICA E TECNOLOGIA - 11/96

 

Sei que o lance da competição é algo que não tem sentido na música. Mas para o pessoal de fora dos grandes centros, ainda é uma das poucas maneiras de se apresentar o trabalho. Já que nem sempre se consegue espaço para os novos talentos. O evento foi o meu “divisor de águas”, abrindo muitas portas para matérias em revistas, TV’s e contato com empresas para endorsee. Espero, também, ter contribuído de alguma maneira, incentivando àqueles que estão procurando sua chance, em não desistir nos primeiros obstáculos. 


Data: : 1997 Idade: 23 anos

Neste ano continuei tocando com a banda Etc...& Tal, que tinha o Marcelo como roadie de bateria e que de vez em quando dava umas “canjas”. Ele havia me falado muito de seu irmão mais novo, o Rodrigo Campos que tocava percussão em casa junto com os CDs e em Casas de Cultura Afro. Um dia entrei em contato com o Rodrigo e marcamos para "rolar um som". Fiquei muito impressionado com ele, pois era muito interessante ver alguém sem a influência dos grandes centros ter desenvolvido uma musicalidade tão grande.

O Rodrigo me mostrou muitos trabalhos legais, como o grupo Cubano Irakerê e o Cd TEOKOLA de Jean Luc Point. Este último tem me influenciado até os dias de hoje. Logo em seguida fui convidado para fazer um workshop na cidade de Sombrio/SC. Imediatamente convoquei o Neto Nunes (contrabaixo) e o Rodrigo Campos (percussão) para me dar uma força tocando junto com as trilhas que eu utilizava. A fórmula deu certo. A partir desta época nascia o grupo instrumental HUMATUMOTABU, cuja principal característica é uma formação nada convencional: bateria, percussão e contrabaixo (utilizando a técnica de TWO HANDS, que envolve harmonia e melodia). Gravamos um fita Demo, começamos vendê-la e fazer apresentações para divulgar o trabalho.


HUMATUMOTABUM


Apresentação no 2º Batuka Concurso Nacional de Bateristas

Também neste ano os ganhadores do 1º Batuka (1996), fariam a abertura da 2ª edição do evento. A apresentação rendeu uma matéria para o programa Jornal do Almoço da RBS TV (afiliada da Rede Globo em Santa Catarina). Como o 4º e 5º lugares eram de Gaúchos (Cristiano Forte e Flávio Teixeira), foi sugerido um Duo. Imediatamente começamos a ensaiar 2 temas homenageando o Rio Grande do Sul. Os temas eram: "Milonga para as Missões" e "Prenda Minha" em uma versão de Renato Borgueti em 7/8. Também apresentamos um Duo escrito por Kiko Freitas.

Embora a distância fosse o maior obstáculos para os poucos ensaios que tivemos, pois eu estava morando em SC e o Flávio em RS (250 Km de distância) a apresentação foi muito prazerosa e tivemos a grande oportunidade de conhecer o virtuoso Virgil Donati e assistir seu workshop ao lado  do palco.


Embora a distância fosse o maior obstáculos para os poucos ensaios que tivemos, pois eu estava morando em SC e o Flávio em RS (250 Km de distância) a apresentação foi muito prazerosa e tivemos a grande oportunidade de conhecer o virtuoso Virgil e Donati e assistir seu workshop de cima do palco.



1º matéria em revistas especializadas em bateria

No 2º Batuka conheci o Maurício Leite, no qual mantemos contato até os dias de hoje. No momento, ele como sempre foi muito atencioso e me pediu o material para o que seria minha 1ª matéria em uma revista especializada em bateria.




Modern Drummer Brasil – 14º Edição – 1997

Seção NA ESTRADA


Data: : 1998 Idade: 24 anos

Neste ano continuei tocando na banda etc...& tal e esporadicamente fazendo apresentações com o Humatumotabum.

Gravação do CD Batuka I e II Concurso Nacional de Bateristas

Em seguida recebi o convite para a gravação do CD BATUKA 1º e 2º Concurso Nacional de Bateristas em São Paulo, onde participariam os ganhadores das 2 edições e alguns convidados de peso.

Gravamos a faixa "Camutue" do grupo Humatumotabum.




Concursos de Bateristas

Em 98 aconteceu o 1º Concurso de instrumentistas do Conesul em Cascavel/PR, evento organizado por Willian Jr. Com praticamente a mesma ansiedade do Concurso anterior, enviei o material e fiquei na expectativa. O resultado da pré-seleção chegou em cima da hora, mas desta vez, a viagem aconteceu mais tranquila, pois o evento era durante a semana e então não haveriam problemas com a banda e também eu poderia levar os músicos. Na oportunidade conquistei o 2ª lugar o que rendeu fotos na matéria sobre o concurso, na 23ª edição da revista Drummer e o contato com o Rubinho das baterias Fischer, que premiou os ganhadores com uma caixa.





Lançamento do Cd Batuka

O Cd Batuka foi lançado em novembro de 98 no Café Piu Piu em São Paulo/SP com a participação do Grupo Humatumotabum, os demais ganhadores e no final show com Cuca Teixeira e Mr. Motaba.




Praticamente na mesma época do lançamento do Cd Batuka, a banda etc...& tal estava em estúdio para a gravação de seu 1º CD. Naquele ano a banda estava em uma belíssima fase, com algumas músicas já rodando nas rádios, apresentações em várias cidades de SC e RS e levando muita gente nas festas que se apresentava.

Durante este período acabei dando ênfase ao grupo e este envolvimento roubava muito tempo e de certa forma a bateria e o Humatumotabum ficaram um pouco de lado. Mas mesmo assim foi um ano de muitas experiências e conquistas.





Data: : 1999 Idade: 25 anos

Endorsee

Após o contato com o pessoal das baterias Fischer durante o Concurso em Cascavel, comecei a obter o apoio da empresa e meu nome começou a ser divulgado no catálogo da marca. Em seguida também veio o convite para uma apresentação no seu stand na EXPOMUSIC.

1º matéria publicada em revistas especializadas em bateria


A revista batera, especializada em bateria e percussão, publicou na sua 19ª edição em fevereiro de 99, uma matéria com o título “UM FORTE TALENTO DO SUL”, destacando as atividades profissionais e análise do CD de pré-lançamento da banda HUMATUMOTABUM.


Devido ao contato com o pessoal da revista para a entrevista, surgiu o convite para eu enviar materiais dos bateras e percussionistas aqui do sul. A primeira matéria foi com o requisitado percussionista Fernando do Ó na seção ECOS da revista Batera - Edição 26.



Concursos de Bateristas

Em 99 enviei novamente o material juntamente com o baixista Neto Nunes para o Concurso de Cascavel, que a partir desta ano passaria a se chamar Cascavel Jazz Festival. Na ocasião foi conquistado o 2º lugar pelo segundo ano consecutivo, tendo como prêmio uma linda bateria Yamaha. O evento desta vez foi divulgado pela revista Batera que publicou as fotos dos ganhadores na sua 26ª edição.



Eventos: Workshop do baterista Kiko Freitas

Como a carência de eventos em minha região era muito grande, comecei a investir na organização de eventos musicais em parceria com o grande amigo Adriano, na época funcionário da loja Arte Som Benedet. Buscando acrescentar algo e estimular o interesse dos alunos e músicos em geral por novas informações, trouxemos para o 1º Workshop o baterista Kiko Freitas de Porto Alegre/RS.

Eventos: Workshop do guitarrista Frank Solari

Nesta época na cidade de Criciúma, aconteceu a chegada dos grandes músicos e irmãos Sérgio e Amaury Copetti da banda Bicho de Pé, para abrirem uma casa com música ao vivo, chamada Baiuka. A partir daí, os próximo eventos seriam nesta casa, onde sempre se ouvia muito boa música. Durante este ano também começaram a aparecer convites para gravações nos estúdios da cidade de Criciúma/SC. O 1º trabalho é da banda de Torres/RS chamada Mania de Você, que embora com a enxurrada de bandas de pagodes, conseguiu trazer um trabalho de bom gosto, chamando a atenção pela qualidade dos arranjos. Através da gravação também fui indicado a acompanhar o grupo em várias apresentações em RS e SC, paralelamente ao meu trabalho com a Banda etc...& tal.


Data: : 2000 Idade: 26 anos

Embora tenha mudado para a cidade de Treze de maio/SC, continuo integrando a banda etc...& tal de Araranguá/SC.

Aulas de bateria em Criciúma

A partir de março de 2000 começo a dar aulas de bateria na cidade de Criciúma, onde hoje concentra-se a maior parte de meus alunos. Em parceria com a UNESC, o aluno recebe o Certificado de Conclusão pelo Curso de extensão em bateria.

Aulas de musicalização através da percussão.

A partir deste ano eu, o Neto Nunes e o Rodrigo Campos, começamos a desenvolver um trabalho voluntário de musicalização através da percussão, para crianças de 9 à 14 anos, na entidade beneficente Casa Lar Irmã Carmem em Araranguá/SC, juntamente com as amigas Regina e Thaís, que na época eram estagiárias do curso de Psicologia. Este trabalho nos deu muita satisfação e recompensas inimagináveis.




Matéria publicada em revista especializada em bateria

Argos Montenegro – Seção Aula especial da revista Batera - Edição 33

Zé Montenegro – Seção Ecos da revista Batera - Edição 35




Concursos de Bateristas

Devido ao 2º lugar nas 2 edições anteriores do Cascavel Jazz Festival, fomos convidados para ser uma das atrações da edição do ano 2000. O evento teve a cobertura da revista batera que publicou fotos e comentou sobre a atuação do grupo Humatumotabum na 37ª edição da revista.




Endorsee

Neste ano, o Maurício das baterias ODERY entrou em contato com o convite  para fazer parte do time de patrocinados pela empresa, participando do catálogo internacional, o que me deixou muito orgulhoso devido a ótima aceitação e respeito que a marca vem conseguindo nos últimos anos.


 

Eventos

Em parceria com o Adriano da loja Arte som Benedet, Baiuka Bar e baterias Odery, realizamos o Workshow do Brazilian Duet com Alexandre Cunha e Ramon Montanhur na cidade de Criciúma/SC.

Também neste ano, fui a Curitiba/PR fazer uma visita a escola de bateria Drum Time do Joel Jr. e a escola do amigo Pato Romero, onde não perdi a oportunidade para pegar uns toques com esses grandes bateristas do Paraná.


Data: 2001 Idade: 27 anos

A UNISUL de Tubarão/SC realizou o Curso de Formação em Música em extensão Universitária, onde encontrei o professor Elvis que me mostrou um material de musicalização muito interessante e abriu as portas para que reformulássemos nossas aulas de musicalização e procurássemos pessoas capacitadas a nos auxiliar na didática a ser desenvolvida.

Workshow com Humatumotabum e Workshop de bateria

O professor Elvis fez o convite para realizarmos  um Workshow com o grupo instrumental Humatumotabum e um workshop de bateria na UNISUL da cidade de Tubarão/SC.

O Workshow e o Workshop foram muito interessantes, pois os eventos reuniram os músicos de várias cidades do sul de Santa Catarina, movimentando a região culturalmente.

Como neste ano estava me dedicando intensamente à parte didática, procurei retomar também as aulas com o Kiko Freitas. Indo à Porto Alegre esporadicamente, o objetivo foi buscar o aprimoramento técnico com esse professor/baterista que sem dúvida é um dos melhores do país e por que não dizer do mundo. Essa busca por conhecimento traz um retorno profissional que acaba refletindo muito no aprendizado dos meus alunos também.

Nesse comecei a participar de atividades de Musicoterapia, com dinâmicas em grupo ministradas pela Professora Ana Léa responsável pela Associação Catarinense de Musicoterapia. Estas aulas foram importantíssimas para uma melhor convivência em grupo e a conscientização da importância que a música exerce na humanidade.

Data: : 2002 Idade: 28 anos

Aproveitei a viagem para uma apresentação em Caxias do Sul/RS e fui à escola do amigo Fábio Shineider, aproveitando para além de visitá-lo, pegar umas dicas sobre didática, estrutura e também alguns toques de bateria, o que é sempre bom.

Saída dos trabalhos com bandas de baile

Neste ano tomei uma decisão importantíssima  que já vinha me preparando a alguns anos.  Me desvincular das bandas de baile. No final do mês de abril me despedi da banda Etc... &  Tal na qual havia permanecido por 6 anos. Com a saída da banda contabilizei o total de 1717 bailes durante os 10 anos que toquei nas bandas Caravelle, Fama Festa Show e etc...& tal.

O baile sem dúvida alguma foi minha grande escola. Lá adquiri experiência para participar dos Concursos com um visão profissional e com um estilo próprio, que recebe influência de todas as fontes, sendo que nunca deixando de lado a busca incansável em adquirir novos conhecimentos através dos estudos, troca de informações, convivência com muitos músicos e vontade de inovar de alguma maneira através dos trabalhos próprios.

Trabalhos como free lancer

Esta nova etapa tem como base as aulas de bateria que agora além de Criciúma, onde tenho a maior parte dos alunos, também inclui Tubarão e Florianópolis na sala de aula do bateristas e amigo Rafael Bastos.

As aulas de musicalização através da percussão que eu lecionava em Araranguá como voluntário na Casa Lar, tive que substituir por aulas também de musicalização na cidade onde moro, Treze de maio onde fui contratado pelo PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil).




Houve também a contratação para minha supervisão ao professor responsável pela oficina de percussão no Projeto Pró-serra da UNISUL Tubarão/SC, na comunidade de Congonhas.

Também neste ano, o grupo Humatumotabum realizou um show no projeto Música na praça e um Workshow no Conservatório de Música Samuel de Bona em Criciúma.

Em Abril acompanhei no III Festival de Música do SESC/SC as músicas:

VERDE ESCURO: 1º lugar na eliminatória de Tubarão/SC e 2º lugar na final em Florianópolis/SC;

JÁ PASSOU: 2º lugar na eliminatória de Tubarão/SC. As duas músicas fizeram parte do CD: III Festival de Música do SESC.

Trabalhos em Estúdio

Além das aulas, começaram a intensificar os convites para gravações em estúdios de Criciúma/SC. No Estúdio Music Paz participei de gravações principalmente de artistas evangélicos e várias gravações de diversos estilos no Estúdio Eclipse do amigo Geziel Freitas. Também foram várias gravações Demo e outras já lançadas, como a do Rafa Kçula e Banda, Coral do CEDUP e Coral Criança Feliz. Estas gravações com os corais renderam apresentações no Festival de interpretes, em Timbó/SC e o show da cantora Luiza Thomé na Quermesse em Criciúma/SC, que também atuava no Coral Criança Feliz. Na sequência ainda foram lançados os trabalhos de Lony Rosa, III Festival do SESC e 27º Fercapo.




Em setembro assisti aos cursos de Técnica de Caixa com o baterista Guilherme Gonçalves (RJ) e Prática em Conjunto ministrado pelo multi-instrumentista Arismar do Espirito Santo, no 5º Festival de Música de Itajaí.

Neste ano, através do amigo tecladista César Moreno, conheci o pessoal da banda instrumental Ponte Aérea. Fiz duas apresentações na FENAOSTRA em Florianópolis/SC, substituindo o grande baterista e amigo Maurício Alves, que não poderia atuar nas datas das apresentações.

Radical Percussion.

Eu e o Rodrigo Campos também desenvolvemos um trabalho de Live Percussion, com um diferencial, além do tradicional DJ e percussão, incluímos a bateria. Chamamos este trabalho de RADICAL PERCUSION.

Festivais

Em dezembro de 2002 fui convidado por Willian Jr. (produtor do Cascavel Jazz Festival) para substituí-lo na banda de apoio do 27º Fercapo - Festival Nacional da Canção Popular em Cascavel/PR, devido aos seus inúmeros compromissos com a organização do mesmo. Na oportunidade acompanhamos o show de Edu Santana e Juca Novaes de SP, e mais de 20 concorrentes de várias partes do país, entre eles, compositores nacionalmente reconhecidos como, Lula Barbosa (1º lugar no evento) e Tibério Gaspar (compositor das canções BR 3 e Samarina).

Baterias em Fúria

Para terminar com chave de ouro este ano repleto de mudanças, inspirei-me em um evento realizado em Brasília pelo Dino Verdade e por outros eventos semelhantes que aconteceram no passado em São Paulo, realizando uma confraternização de final de ano com meus alunos de bateria. No Evento, reuni na Praça Nereu Ramos em Criciúma/SC 19 alunos bateristas de várias cidades, tocando simultaneamente durante 15 minutos ininterruptos uma peça composta para a bateria. O Evento rendeu uma matéria no programa PATROLA exibido para todo o estado de Santa Catarina pela RBS TV (afiliada da rede globo em SC e RS).

Este ano foi muito importante, pois pude avaliar o quanto é significativo associar uma boa imagem ao seu nome. Isto irá permitir que as portas sejam abertas mais facilmente no futuro.


Data: 2003 Idade: 29 anos

Site

Este ano começou com o projeto deste site, no qual vinha me organizando e preparando o material a muitos anos. A ideia era fazer um site de fácil acesso com todas as informações possíveis sobre as atividades que venho realizando, além de atualizações mensais de exercícios. O ponto mais difícil foi esse link Biografia Detalhada, pois fiquei com muita dúvida sobre relatar tantos detalhes sobre minha trajetória. Me surpreendi muito com a receptividade, pois o número de visitas tem sido além das expectativas para um site pessoal e os visitantes puderam conhecer como é difícil e ao mesmo tempo prazeroso um trabalho musical feito com seriedade e muita dedicação. Estreei

Também houve a publicação de minha matéria sobre pedal duplo na seção de Workshops do conceituado site: www.batera.com.br

Musicalização e aulas de bateria

Fui convidado pela Silvia, Maestrina do Coral Criança Feliz e professora de música em várias escolas, para fazer um workshop no Colégio Energia de Criciúma, no qual a disciplina Música faz parte da grade curricular. O amigo Geziel Mota, era o professor até o momento e estava muito envolvido com os trabalhos na unidade de Tubarão, não havendo a possibilidade de conciliar os mesmos. Resolvi convidar o grupo Humatumotabum para fazermos uma espécie de workshow. Foi um sucesso e rendeu a contratação para lecionar o curso de musicalização através da percussão, para 7ª e 8ª séries nesta escola. Na área didática continuei lecionando aulas particulares de bateria em Criciúma e Tubarão, no qual era fornecido o Certificado pelo Curso de Extensão em bateria pela UNESC. Infelizmente tive de suspender as aulas de bateria em Florianópolis, devido a contratação no colégio Energia. Também neste ano dei continuidade as aulas de musicalização no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) da cidade de Treze de Maio. Fizemos várias apresentações, que foram muito válidas para o desenvolvimento e reconhecimento destes alunos. Poderia destacar a apresentação na Escola Estadual da cidade(para divulgação da Festa Junina), Festa Junina do PETI, Encontro dos Prefeitos da Micro-região da Amurel, visita ao PETI e Colégio Energia de Tubarão, desfile no dia 7 de Setembro onde os alunos surpreenderam e emocionaram a todos, o importantíssimo encontro de confraternização com o PETI de Arroio do Silva, onde o amigo e professor de música Neto Nunes, juntamente com os monitores, fizeram uma calorosa e acolhedora recepção e para finalizar o ano, confraternização de Natal dos PETI’s da Região da Amurel, realizado em Tubarão/SC.




Festivais

Em 2004, repeti a participação feita em 2003 no FESCATI, em Timbó/SC, acompanhando alguns componentes do Coral Criança Feliz, que como sempre trouxeram diversas premiações. Também participei da eliminatória de Tubarão do Festival do SESC, acompanhando André Hemmati.

A convite de William Júnior organizador de vários Festivais como o Cascavel Jazz Festival, participei da banda de apoio do festival FESTIN em Toledo/PR, acompanhando diversos compositores e interpretes de todo o país e acompanhando também o show de Wolf Borges de Minas Gerais.

Na metade do ano, eu e alguns amigos músicos ficamos sabendo do Festival Berçário, realizado pela Rádio Atlântida FM que abrange os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Festival estava dando oportunidades para que bandas destes dois estados pudessem demonstrar o seus trabalhos e a banda ganhadora gravaria seu CD, sendo divulgado pela rádio. Então montamos a Banda O Clã. Para nossa surpresa nos classificamos e participamos da eliminatória de Criciúma, que envolvia todo o sul do estado. Infelizmente não fomos para a final, o que também seria um problema, já que a banda praticamente não existia. Também no meio do ano, fomos classificados com o Grupo Humatumotabum e com o compositor André Hemmati, para a eliminatória da região sul do Cascavel Jazz Festival realizado na loja Drum Shop em Curitiba/PR.

Gravações

Os trabalhos de gravações aconteceram com grande frequência nos Estúdios Eclipse, Music Paz e Matusalém da cidade de Criciúma/SC. Foram mais de 10 CDs, em estilos muito variados, entre eles os trabalhos de: Batista, Geração Catarinense, Cláudio Kras e Marinho, Pé na Areia, Coral Show Criança Feliz, Pr. Gladir Cabral, Pr. Edemar Assunção, Valdésio, Pr. Júlio Ribeiro, Joel Lopes e Evanor, Ben Jhak, Cicole e Ciacole, 28º FESTIN, Geração 2000, Tiago e Gabriel, Lony Rosa e André Hemmati.

Alguns já foram lançados e outros estão ainda em produção. No link discografia deste site, estão disponíveis dowloads de trechos dos Cd já lançados.

André Hemmati

O trabalho do instrumentista, cantor e compositor André Hemmati, teve ótimo reconhecimento pela imprenssa e grande aceitação por parte do público, após a gravação e shows de lançamento do seu 1º CD. A banda que o acompanhava era composta por: César Moreno (teclados), Isabela Soares (vocal), Rodrigo Campos (percussão), Rafael Calegari (contrabaixo), Cristiano Forte (bateria) e André Hemmati (voz e violão). Quem tiver interesse em conhecer este trabalho no qual tenho muito orgulho de ter participado, pode entrar em contato pelo e-mail: cristianoforte@cristianoforte.com.br




Organização de Eventos

Após assistir em Florianópolis o Workshop de Aquiles Priester das bandas Angra e Hangar, e perceber que o Aquiles continua sendo a mesma pessoa na qual conhecia em Porto Alegre, me prontifiquei a organizar o seu Workshop em Criciúma/SC. O Workshop foi um sucesso de público e ao mesmo tempo muito estressante devido ao mal entendido causado pela escolha do Auditório. O evento  foi no Auditório de um Colégio de Freiras, e depois de montada toda a estrutura que compõe o workshop do Aquiles, foi dificílimo convencer a diretora de que aquele workshop não seria um show de Heawy Metal. Devido ao sucesso, organizei logo em seguida, o workshop do vocalista Edu Falaschi, só que desta vez é claro, em outro local.

Os professores de música do Colégio Energia da região Sul, juntamente com o setor de Marketing, organizaram o Festival de bandas do Colégio Energia. Trata-se de um festival para que os alunos de Criciúma, Tubarão, Araranguá e Urussanga pudessem apresentar-se com suas bandas em um evento fechado para os alunos destas unidades. No Festival foi gravado um Cd ao vivo, no qual fizemos uma participação especial com a peça "Baterias em Fúria" executada por mim, juntamente com os alunos Leandro Rosa e Harlan Mello e o percussionista Rodrigo Campos. O evento foi um sucesso e teve a participação fundamental de Neto Nunes na direção de palco e “Xuxo” como técnico de som e gravação.




Workshops e lançamento das baquetas Super Safira assinatura Cristiano Forte

Depois de 2 anos auxiliando nos projetos de fabricação das Baquetas Super Safira, resolvemos começar a divulgar e lançar o produto nacionalmente. Nesta 1ª etapa estreamos os modelos assinados por Cristiano Forte, Alex Reis, Pato Romero, Ramon Montanhaur, Alexandre Cunha, Marlon Castilhos e Rodrigo Campos. A minha história com essa marca iniciou à alguns anos atrás quando o meu aluno de bateria Alessandro de Araranguá/SC, começou a trazer alguns pares de baquetas construidos pelo seu pai. A cada par que analizávamos, o Sr. Bento realizava as mudanças necessárias, até que o material ficasse muito satisfatório à ponto de se tornar um grande produto dessa nova fábrica de baquetas.




À convite do amigo Rafael Bastos, professor de bateria em Florianópolis, realizamos um workshop no SESC da Prainha  lançando as baquetas assinadas. O Workshop surpreendeu a todos pela quantidade de público. Com duração de 2h e 30 minutos pude contar com a participação dos grandes amigos é ótimos músicos: Neto Nunes (contrabaixo), André Hemmati (voz e violão), Rodrigo Campos (percussão), César Moreno (teclado), Alírio Neto (vocal), Harlan Mello (bateria) e Leandro Rosa (bateria). No mesmo dia houve também a demonstração dos pratos Harpy pelo Tamas, que me presenteou com vários pratos da marca, no qual tenho utilizados em diversas situações. Também realizei workshop e lançamento das baquetas em Siderópolis/SC à convite do amigo baterista Fábio Pelego.

Durante o ano, reservei um dos horários das minhas aulas em Criciúma, para desenvolver uma trabalho de pesquisa e estudos, juntamente com os bateristas Harlan Mello e Leandro Rosa, alunos do curso de bateria de nível avançado. Começamos montando peças para 3 baterias e logo em seguida incluímos a percussão, convidando o Rodrigo Campos para participar das apresentações. O trabalho ficou muito interessante e fizemos diversas apresentações nas praças, workshops e Festival de Bandas do Energia.

No final do ano tive a feliz oportunidade de conhecer e acompanhar o percussionista e educador Africano Mamour Bá em seu workshow em Criciúma/SC. Foi uma experiência muito musical, onde tive contato com a música de raiz e com uma visão belíssima de quanto a música faz parte e torna-se importante ao ser humano.

No final de ano realizei pelo 2º ano consecutivo o evento de confraternização com meus alunos de bateria na Praça Nereu Ramos em Criciúma/SC, neste ano denominado “Baterias na Praça”, no qual fizemos a apresentação de abertura com 3 baterias e percussão e logo após iniciamos a peça para 23 bateristas. O evento teve repercussão em todo estado através do Jornal da RBSTV (afiliada da Rede Globo), Jornal Diário Catarinense (circulação estadual) e Jornal da Manhã (Criciúma/SC).




Data: : 2004 Idade: 30 anos

APMUSICA

A Associação dos Profissionais de Música de Santa Catarina, foi oficialmente fundada em 2004, onde tive o prazer de ser convidado a participar da diretoria e fazer o intercâmbio com o sul do estado. A associação tem como um dos seus principais objetivos mobilizar a classe para que o discurso deixe de ser apenas reclamações e sim atitudes objetivas, unindo nossa classe musical.

Gravações

Durante este ano as gravações continuaram sendo uma atividade constante, só que agora com um kit novo. As gravações aconteceram nos estúdios: Music Paz (Içara/SC), Estúdio Eclipse, Matusalém (Criciúma/SC) e Estúdio Apple Music (Tubarão/SC). Foram diversos gêneros e artistas entre eles: Banda Pé na Areia, Batista, Ayame, Campesinos, Marlon e Maycon, Banda 025, Gizele Salvággio, Ramon e Ruan, Grupo Raiz de Jessé, Alexandre Bernardino e a cantora Jussara Marques. Algumas já estão disponíveis aqui no site no link discografia com uma pequena amostra em áudio.

Live Percussion

Constantemente eu o Rodrigo Campos temos sido requisitados para apresentações de Live Percussion no qual chamamos de RADICAL PERCUSION. As apresentações tornam-se muito interessante e divertidas devido a reação positiva do público com relação a pressão sonora que se consegue na combinação de bateria com percussão e pela liberdade que sem tem ao tocar com as trilhas dando base ao som.



Eventos

Com o grupo Humatumotabum fomos classificado para apresentações nos palcos alternativos do Joinville Jazz Festival. Devido a problemas de agenda dos integrantes, não foi possível participarmos.

No final do ano realizamos pelo 3º ano consecutivo, o evento de confraternização com meus alunos de bateria na Praça Nereu Ramos em Criciúma/SC. O “Baterias na Praça”, contou este ano com a participação especial do grupo de percussão da entidade Bairro da Juventude, do percussionista Rodrigo Campos e do baixista Neto Nunes. Dessa vez tivemos um diferencial dos outros eventos acrescentando o contrabaixo aos temas executados.





Em agosto realizamos com o grupo Humatumotabum em Florianópolis/SC, o show de encerramento do evento "MÚSICOS NA ILHA", onde também foram realizados os workshops do baterista China D'Castro, do guitarrista Joe Mograbi e do baixista Celso Pixinga.




Novos projetos

O ano de 2004 além de reservar algumas mudanças na vida pessoal, também motivou a encarar novos desafios e enxergar novos horizontes a partir de minha mudança de residência para a cidade de Criciúma/SC. Um deles foi ter passado no vestibular para Pedagogia. Como já estou trabalhando na área, achei interessante a sugestão de vários amigos professores que, depois de formados, também optaram por fazer este curso. Acredito que este curso trará um suporte muito interessante no contato com as crianças que já participam do curso de musicalização que venho desenvolvendo. Devido a essas mudanças, resolvi dar uma pausa nas aulas particulares de bateria e me dedicar intensamente a tocar, estudar bateria e fazer a Faculdade. No final do ano também colocamos em atividade a banda cover Mr. Bwana, que à um tempo atrás vinha fazendo shows na região sul de Santa Catarina. Com esta nova formação, a banda alcançou um bom reconhecimento na região devido ao profissionalismo e competência da equipe.

Coral Bairro da Juventude

No início do ano, fui convidado a prestar assessoria na parte percussíva aos integrantes do Coral da entidade beneficente Bairro da Juventude de Criciúma/SC. O coral iria realizar durante 40 dias apresentações na Europa e uma das apresentações seria no Vaticano para o Papa. Convidei os amigos Neto Nunes e Rodrigo Campos (Grupo Humatumotabum) para participar deste projeto e felizmente eles  continuaram efetivados na entidade, indo a Europa e também dando início a um programa amplo de música, abrangendo todas as crianças que frequentam o Bairro da Juventude. Também agendei para o início de 2005, um trabalho voluntário lecionando bateria à um grupo de alunos.

Banda Marcial

Neste ano tive a oportunidade de pela primeira coordenar uma Banda Marcial a convite do Colégio Estadual Monsenhor Bernardo Peters da cidade de Treze de Maio/SC no desfile do dia da Independência. Achei uma experiência interessante e o público demonstrou grande aceitação durante a apresentação da banda que se diferenciou das apresentações dos anos anteriores pelo fato de mesclar ritmos mais populares ao desfile.




Cantora Luiza Thomé

Em outubro montamos a banda de apoio para a cantora solo Luiza Thomé de Criciúma/SC. O Evento beneficente aconteceu na Sociedade Manbituba em Criciúma/SC. A cantora que participou por muitos anos do Coral Criança Feliz, vem destacando-se em carreira solo e recebendo muitos elogios pela sua qualidade técnica e forte interpretação das músicas.


Data: : 2005 Idade: 31 anos

Projetos sociais

Neste ano tive o prazer de voltar a realizar trabalhos nas comunidades mais carentes, onde a música sempre traz grandes resultados e nossa missão como professor torna-se extremamente gratificante. Sem falar que vamos com o objetivo de ensinar e acabamos aprendendo muito. Como já havia prometido no ano passado, iniciei as aulas de bateria como voluntário na entidade Bairro da Juventude em Criciúma/SC, entidade que neste ano conquistou vários prêmios através da dedicação e extrema competência do meu amigo Neto Nunes. Também recebi o convite do Ivan da ONG Anarquistas Contra o Racismo, para dar uma assessoria em um grupo de percussão no Projeto "POR TRAZ DO TAMBOR" da UNESC no bairro Santo Antônio em Criciúma/SC.




Pedagogia

Em 2005 ingressei no curso de Pedagogia da UNESC, no qual tenho adquiri várias experiências, conhecendo pessoas interessantes e fazendo novos contatos. Também no decorrer do ano tive a grata surpresa de receber o convite para exercer o cargo de vice-presidente do CA (Centro Acadêmico), este que tem como principal função representar os alunos do Curso de Pedagogia perante a Universidade.

Durante 1 ano em Tubarão e pelo 3º ano consecutivo em Criciúma, vinha lecionando aulas de bateria e de musicalização através da percussão no colégio Energia, onde a música faz parte da grade curricular desta Escola, porém à partir do 2º semestre permaneci apenas em Criciúma. Além das aulas regulares, também auxilia-se na organização de eventos voltados à música, como por exemplo a 4ª edição do Festival de Bandas do ENERGIA, onde alunos das unidades de Tubarão, Urussanga, Criciúma e Araranguá encontram-se para uma festa de integração, dando espaço para as bandas formadas pelos alunos. Na oportunidade houve também a apresentação de uma banda composta somente por professores, na qual os alunos puderam presenciar professores de matemática, história, português e outras matérias, mostrarem suas qualidades musicais.

Eventos e aulas de bateria

Em função da grande quantidade de atividades voltadas ao colégio Energia, este ano as aulas particulares de bateria tiveram de ser reduzidas e por esse fato, o tradicional encontro de "Baterias na Praça" ficou um tanto inviável, pois não estava mais em contato com uma grande quantidade de alunos, como vinha acontecendo nos anos anteriores. Porém o meu ex-aluno Paulo Ferreira da cidade de Araranguá, deu continuidade a idéia realizando o evento com seus alunos de bateria na sua cidade. Mesmo assim 2 eventos importantes fizeram parte da agenda. O primeiro aconteceu em abril na cidade de Itajaí, à convite do baterista e grande amigo Mário, realizei um workshop de bateria e tive a felicidade de encontrar um público muito receptivo de grandes amigos residentes na cidade fazendo parte da platéia. O segundo foi no dia 9 de dezembro (coincidentemente no meu aniversário), com a presença de Marcelo Moreira e Maurício Leite, que estavam em uma Tour pela RMV no sul do país e pediram para que eu organizasse o evento em Criciúma.




Banda Marcial

Pelo 2º ano aceitei o convite para conduzir a banda marcial do Colégio Estadual Monsenhor Bernardo Peters da cidade de Treze de Maio/SC, preparando um grupo de quase 40 alunos para o desfile do dia da Independência. Neste ano o resultado ficou muito interessante devido o entrosamento em função da permanência de muitos alunos que já haviam participado no ano anterior. Também interagimos a percussão com uma coreografia que envolveu todos os alunos da Escola.




Gravações

Mais um ano que se passa e uma das atividades mais interessantes são as gravações. Nelas acabamos participando do universo de cada grupo e o registro destes trabalhos muitas vezes são extremamente gratificantes. Estas gravações aconteceram nos estúdios Music Paz (Içara/SC), Estúdio Vida, Matusalém (Criciúma/SC) e Master Play(Tubarão/SC). Alguns destes novos CD´s já estão disponíveis aqui no site(link discografia) com uma pequena amostra em áudio.

Shows

Durante esse ano, realizei alguns shows voltados para o trabalho de bandas covers, atividade que não vinha me dedicando à algumas anos. Foram apresentações muito divertidas com a banda Mr. Bwana, na qual tenho grandes amigos e ótimos músicos. Também no mês de agosto acabei substituindo por motivos de saúde, o baterista Rodrigo da banda Leopoldo e Valéria. Mas um dos pontos mais fortes deste ano foi a participação como baterista no show em Tributo ao Pink Floyd realizado em junho na cidade de Criciúma, onde uma estrutura jamais montada para uma produção local, surpreendeu a todos e impulsionou a realização de outros eventos neste segmento. No próximo ano o projeto estará voltado para uma homenagem a lendária banda QUEEN.


  




Data: : 2006 Idade: 32 anos

Carnaval 2006

Neste ano tive a feliz decisão de participar dos ensaios e consequentemente do desfile das Escolas de Samba de Criciúma/SC, onde as experiências e aprendizados, tanto musical quanto pessoal, foram indescritíveis. Participei da Escola Unidos do Bairro Santo Antônio, que neste desfile conquistou o prêmio de melhor Bateria e Escola de Samba do Carnaval de 2006.




Gravações

Devo confessar que este ano não foi o ano das gravações devido aos baixos valores que alguns colegas vinham cobrando para realizar trabalhos em estúdio, desvalorizando em muito a própria profissão e deixando o mercado cada vez mais injusto com relação aos trabalhos que envolvem a Arte. Mesmo assim, tive a oportunidade de gravar excelentes trabalhos, no qual gostaria de destacar a experiência de trabalhar com o Baixista Arnô Mello e o produtor Luiz Meira (atualmente violonista da Gal Costa) durante as gravações do CD Alto Astral do compositor, instrumentista e cantor Jorge Nando.




Shows

A convite do ex-aluno Éder Medeiros, que naquele momento estava impossibilitado de tocar devido a necessidade de uma pequena cirurgia em um dos dedos da mão direita, realizei um show com a Bandativa no balneário  Campo Bom em Jaguaruna/SC. Achei muito interessante a oportunidade, pois revivi os momentos em que tocava bailes na região sul de SC. Também neste ano, realizei alguns shows em bares com os grandes amigos, Neto Nunes e Jorge Nando, onde além de tocarmos um repertório muito legal, nos divertimos muito pela maneira descontraída de realizarmos os shows sem ensaios.

Em julho foi realizado um Tributo a lendária banda Queen. O evento foi realizado em Criciúma com uma banda formada por  músicos da cidade de Criciúma e contou com as participações especiais de Luiza Thomé, Santolin, Katiana e Alírio Netto. O Alírio Neto é um grande amigo e excepcional vocalista, tendo em seu currículo nada mais nada menos, que a participação no Musical "Jesus Cristo Super Star" na filial da Broadway no México. Foi um show muito gratificante pela qualidade das músicas do Queen e por ter conhecido novos amigos durante os ensaios e apresentação.





No dia 24 de novembro foi realizado no Teatro Municipal Elias Angeloni em Criciúma/SC, o show de lançamento do CD Alto Astral de Jorge Nando, onde a lotação total do Teatro surpreendeu a todos , além da ótima interação com o público. O show contou com uma banda de 9 integrantes além das participações especiais do Coral do Bairro da Juventude, Celina e Luiz Meira, produtor do CD Alto Astral.




Musicalização

Há 4 anos tenho lecionado aulas de bateria e musicalização no colégio Energia de Criciúma/SC, onde a música faz parte da grade curricular. Neste ano também recebi o convite para participar da equipe de professores na Unidade de Araranguá, que em 2006 iniciou suas atividades voltadas ao Ensino Fundamental. À partir de agosto, tive a oportunidade de ampliar as atividades na unidade de Criciúma, dando aulas para todas as turmas à partir do Integrado 1 (em média 3 anos de idade) até a 8ª série, tendo a felicidade de poder contar com ajuda do grande amigo Jorge Nando, que além das aulas extras de violão, guitarra e baixo, também participa das aulas do Integrado 1 à 6ª série. O trabalho tem sido extremamente gratificante pela organização e qualidade do ensino que o colégio prioriza e pela experiência de trabalhar com crianças e adolescentes, acompanhando suas experiências e desenvolvimento. Além das atividades em sala de aula, existem também vários projetos voltados à área musical, entre eles: A hora e a vez do talento, rádio na escola, festival de bandas e recentemente, o projeto da banda fundamental, composta por alunos de 5ª à 8ª séries.




Projetos sociais

Em função das novas contratações durante este ano, tive de afastar-me de alguns projetos que vinha desenvolvendo, entre eles as aulas de bateria como voluntário na entidade Bairro da Juventude e o Projeto "POR TRAZ DO TAMBOR" no bairro Santo Antônio.




Pedagogia

Continuo cursando Pedagogia na UNESC, finalizando a 4ª fase em 2006. Participei da gestão do CA (Centro Acadêmico) durante minhas 2ª e 3ª fases do curso, na qual procuramos dar alguma contribuição na valorização e questionamentos sobre nossa realidade enquanto acadêmicos e profissionais na área de ensino, além de atividades envolvendo a integração e confraternização entre os alunos do curso.

Viagens

Uma de minhas paixões, que por motivos financeiros e de segurança eu vinha adiando, começa a ser vivida e com muita intensamente. Em 2002 comprei a 1ª moto e após 4 anos já estou com a 3ª moto realizando viagens que começaram timidamente pelas redondezas de minha cidade, mas que agora em 2006 começaram a ser ampliados para locais bem mais distantes e com paisagens inesquecíveis, o que é fundamental para quem adora motos.





Data: : 2007 Idade: 33 anos

Estudos

No ano de 2007, cursando Pedagogia iniciei a fase de estágios, onde podemos vivenciar a prática das teorias estudas durante o curso. Os estágios foram nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio e Gestão Escolar, no qual embora a ansiedade em planejar aulas interessantes freqüentemente me tirasse o sono, me diverti muito com as situações criadas pelos alunos.

Trabalhando muito durante o dia e estudando todas as noite, não sobrava muito tempo para realização dos trabalhos, então era muito comum realizar estes nos horários após as aulas da faculdade (por volta das 22 h) e nos finais de semana. Este excesso de atividades teve consequências negativas, pois desta forma não se dorme adequadamente, deixa-se de ter horas de lazer e prejudicamos muito nossa qualidade de vida. Preocupado com a situação tomei a decisão de a partir do 2º semestre de 2006, optar por deixar de fazer dois dias na faculdade. Foi uma feliz escolha, pois nestes dias me organizei para fazer atividades físicas (vôlei e musculação) e colocar em dia os trabalhos que precisavam ser realizados em casa.

No curso de Pedagogia, participamos de um Gincana Pedagógica onde conquistamos o 1º lugar com uma apresentação multimídia que ajudei a produzir e fui presenteado pelos meus colegas com o troféu do evento. Também apresentei dois relatórios de estágio durante o SEMIC (Seminário de Integração Curricular), no qual a apresentação teve bastante repercussão e ficamos bem motivados por termos alcançado os objetivos.

A convite da professora Adiles Lima da disciplina de Educação Infantil II do Curso de Pedagogia da UNESC, ministrei uma oficina para meus colegas de aula falando sobre a Linguagem Musical na Educação Infantil. Foi muito gratificante, pois percebi o envolvendo e interesse dos alunos nas atividades e assuntos citados.




Matéria em revista especializada em bateria

Na edição nº 59 da revista Modern Drummer, foi publicada na seção "Fique por dentro", uma matéria sobre minha trajetória musical. Fiquei muito feliz em poder citar os vários professores que tive e destacar meu primeiro professor, o Luiz Carlos (Magrão). Ao presenteá-lo com um exemplar da revista, percebi o quanto foi importante ter feito este reconhecimento por toda sua trajetória também dedicada à música.




Gravações

Mais uma vez, este foi mais um ano no qual as gravações não foram tão intensas quanto nos anos anteriores. Essa é uma realidade do momento atual devido a facilidade para realizar gravações "caseiras". Mesmo assim realizei as gravações do CD da banda Dr. Mastiff de Tubarão/SC, que foi gravado no Estúdio Magic Pleace em Florianópolis/SC e de algumas músicas para o futuro CD da banda Matusa, essa que possui estúdio próprio e que faz muito sucesso nos bailes na região sul de Santa Catarina.

No meio do ano recebi o desafio de gravar o DVD ao vivo do grupo de pagode "Jeito Louco" da cidade de Tubarão/SC. A banda já havia gravado 3 CD´s e em função de uma troca de integrantes um mês antes do show, me convidaram para esse trabalho. Foi interessante tirar o repertório de forma muito rápida e gravar sem poder errar. Felizmente o resultado foi muito positivo.

Viagem ao Rio de Janeiro

No final de Janeiro e início de fevereiro de 2007, participei da Bienal de Artes da UNE e tive a oportunidade de conhecer o Rio de Janeiro com seus inúmeros e maravilhosos pontos turísticos, além de ir ao barracão da Portela, assistir ao ensaio técnico da Mangueira na Sapucaí e realizar uma oficina sobre ritmos e instrumentos de percussão do samba.




Motociclismo

A partir deste ano, posso dizer que entrei de cabeça no motociclismo, pois as viagens começaram a ser bem mais longas, envolvendo hospedagens, troca de informações com outros motociclistas, equipamentos mais apropriados e leituras sobre o assunto. Gostaria de destacar o incentivo do Chiquinho de Torres, as dicas do Cléber de Urussanga e a parceria conquistada na minha primeira viagem à um encontro de motociclistas, na qual durante a viagem foi muito bem acolhido pelos amigos do moto clube "Cavaleiros do Amanhã" de Criciúma/SC. Acredito que nos próximos anos, terei de reservar um local no site para esse segmento.




Shows

Posso dizer que 2007 foi o ano em que menos toquei bateria desde que tornei-me um profissional da música. Sei que este momento não foi planejado, mas se encaminhando naturalmente, abrindo diversas portas e fazendo com que a área da educação me trouxesse um retorno musical que jamais teria imaginado. Porém, pude realizar trabalhos em palco que me satisfizeram e me orgulharam muito pela qualidade musical e grandes amigos que pude encontrar, ou mesmo rever. Um desses foi o show com Jorge Nando que é compositor, cantor, instrumentista e colega de trabalho no Colégio Energia. A apresentação foi na tradicional Festa do Colono em Siderópolis/SC, fazendo a abertura para o show do Cantor Daniel. Também realizei um show com a banda Vinhas, substituindo o amigo baterista Andrei Casagrande (Satã), participando de um festival de Rock na cidade de Braço do Norte/SC.

Como havia citado no tópico anterior, realizei a gravação do DVD ao vivo do grupo de pagode "Jeito Louco" de Tubarão/SC e logo em seguida fui convidado a continuar realizando os shows com banda, aceitando fazer uma experiência por um mês. Porém não foi possível dar segmento em função dos diversos trabalhos que realizo, principalmente no colégio Energia. Minha breve passagem pelo grupo foi muito legal, pois pude tocar mais uma vez com o excelente baixista Rafael Calegari e aprender alguns macetes com toda a galera da banda sobre o swing que precisamos ter para se tocar as músicas daquele estilo.




1º Congresso Nacional de Educação Musical

Quando recebi as informações sobre 1º Congresso Nacional de Educação Musical, não hesitei em realizar a inscrição e avisar os amigos e colegas mais próximos. O evento foi realizado na Faculdade Cantareira em São Paulo/SP e reuniu muitos músicos, professores e ícones percussores do segmento da Educação Musical no Brasil. Assistimos à vários debates, mini-cursos, shows e adquirimos bons materiais durante o evento.




Musicalização

Em 2006 atuei como professor de musicalização nas unidade do Colégio Energia de Criciúma e Araranguá, mas em 2007 devido a troca de direção em Araranguá e mudanças no quadro de professores na unidade de Urussanga, optamos por atuar apenas nas unidades de Criciúma e Urussanga. Estando a 5 anos lecionando no Colégio, o trabalho começa a gerar repercussões positivas e com isso o incentivo dos colegas e gestores nos motiva a buscar novas abordagens e materiais a cada instante.

A música torna-se uma ferramenta sempre significativa quando se fala em eventos, o que dessa forma exige cuidados para que não torne-se algo sem sentido, mas sim, que possa trazer alguma contribuição no que se refere a arte. Muitos desses eventos nos trazem um orgulho muito grande quando são realizados com sucesso, o que nos exige a busca pela superação a cada nova proposta.

Neste ano, também foi lançado o desafio de trabalhar com as crianças do maternal, no qual nos surpreendemos muito pela receptividade das crianças. Também realizamos vários projetos, sendo um deles viabilizando a visita a entidade APAE, promovendo a integração dos alunos por meio de apresentações, interagindo por meio da distribuição de instrumentos e execução dos mesmos, formando um grupo unindo os alunos da APAE e Energia. Também demos ênfase a banda dos alunos do Ensino Fundamental, que pode apresentar-se com grande sucesso em diversos eventos dentro e fora da escola. Gostaria de destacar o intercâmbio cultural com a entidade beneficente Bairro da Juventude, onde a banda do Colégio realizou uma apresentação na Entidade e a Orquestra do Bairro da Juventude apresentou-se no Colégio Energia.








Visita a APAE


Data: : 2008 Idade: 34 anos

Início do ano

O ano de 2008 começa bem problemático e difícil, pelo fato de meu pai estar enfermo e nesse período começa uma espécie de "peregrinação" pelas consultas, exames e internação, constatando a frustrante mal aplicação de nossas contribuições mensais e obrigatórias para o INSS. Nessas horas mais difíceis, nas quais precisamos reivindicar nossos direitos, é que começamos a conviver com o que acontece no SUS. Embora tenho que ressaltar a extrema atenção, dedicação e profissionalismo de diversas pessoas que encontrei nessa etapa.

Infelizmente depois de praticamente quatro meses, a fatalidade foi inevitável. Aproveito esse espaço então, para deixar pelo menos o registro e reconhecimento ao meu pai, por todo o aprendizado que obtive e que tornou-se fundamental e muito significativo em todas as etapas de minha vida. Também fica uma pequena e bela homenagem feita pelo meu irmão Juliano Forte no desenho abaixo.




Nesse meio tempo também, entre minhas idas e vindas à Porto Alegre para visitar meu pai, acabei me envolvendo em um acidente de moto, que por muita sorte não tornou-se algo grave, graças a ajuda do meu "reflexo de baterista" (risos). O fato ocorreu numa tarde de domingo na qual resolvi ir à Serra Gaúcha pra dar uma aliviada na tensão de todas aquelas circunstâncias. Ao passar pela cidade de Garibaldi/RS, simplesmente um motorista atravessa o sinal vermelho e me "pega em cheio", dando apenas tempo de levantar a perna antes do carro chocar-se contra a lateral da moto, justamente no pedal onde estaria meu pé direito. Nesse acontecimento um agravante. O motorista foge do local em alta velocidade, mas felizmente é capturado alguns Km depois pela Policia Militar. Passado o susto, entrei na justiça para tentar receber os danos materiais. Depois de muita espera e um acordo judicial acertamos o pagamento que levou anos pra ser pago totalmente.




Banda TIOZEN




No final do ano de 2007, acabei substituindo meu amigo e ex-aluno Andrei da Banda Vinhas de Criciúma/SC, em um show na cidade de Braço do Norte, no qual a partir desse evento, conquistei uma grande amizade com os demais integrantes dessa banda. No trajeto de ida e volta para o show, conversei muito com o Augusto (tecladista) e percebemos nossa afinidade com relação aos sons que ouvimos e gostamos, principalmente nos momentos de "relax", onde não se tem nenhuma preocupação e análise das dificuldades técnicas da execução das músicas ou virtuosismo dos instrumentistas, mas sim a simples viagem pelas melodias das músicas que muitas vezes fizeram parte da trilha sonora de alguns períodos de nossas vidas.

Alguns meses depois ouvindo no som do carro alguma das musicas nas quais havíamos comentado, pensei: Por que não convidar o Augusto pra tocarmos aquele repertório que citamos durante nossa conversa? Imediatamente liguei pra ele e algumas semanas depois colocamos em prática o projeto no qual me orgulhou muito chamado: Banda TIOZEN - "Música para ouvir".

O interessante desse projeto é que ele não iniciou com grandes pretensões, mas simplesmente pelo prazer de tocar as músicas que gostamos de ouvir, ao contrário dos diversos trabalhamos que já realizamos, nos quais tocávamos músicas que o público gostava de ouvir. Brincamos falando que é mais ou menos a mesma sensação de ter o prazer de voltar ao início e ser uma "banda de garagem".

A partir dos primeiros ensaios percebemos que em pouquíssimo tempo nos sentimos muito a vontade para dar um passo adiante e começar a fazer uma produção e divulgação da banda, o que também tornou-se um processo muito agradável e natural, resultando em um release diferenciado e mais tarde com a realização das primeiras apresentações, uma gravação do áudio de um show ao vivo. Em seguida, a partir de uma entrevista para um programa de televisão, produzimos um vídeo-clipe da banda

Para que vocês entendam um pouco melhor toda essa história, seria interessante acessar o link abaixo, onde encontra-se maiores informações sobre a banda: www.cristianoforte.com.br/tiozen.html




Colégio Energia

Continuo lecionando aulas de musicalização no Colégio Energia, onde a música faz parte da grade curricular. Atualmente trabalho nas unidades de Criciúma e Urussanga/SC com as turmas de Maternal ao 9º ano, no qual estão inseridas aproximadamente 700 crianças e adolescentes.




Shows

Muito dos trabalhos que sou contratado como freelancer são em casos de emergência, quando por algum acontecimento especial as bandas acabam ficando em apuros. Dessa vez não foi diferente. Devido a um problema com o baterista de uma banda de amigos do início de minha trajetória, acabei indo fazer os shows de carnaval com a banda Expressão de Porto Alegre/RS. Pra variar também o tempo era curto e seriam poucos ensaios. Foi uma semana pra tirar aproximadamente setenta musicas e três ensaios na semana dos bailes de Carnaval. Os shows foram em Canela, Porto Alegre e Cidreira/RS. Foi muito bom rever esses amigos e poder relembrar um pouco dos mais de 15 carnavais que já toquei.

Nesse ano realizei shows com o cantor, instrumentista e compositor Jorge Nando da Cidade de Siderópolis/SC, em eventos de grande relevância na região sul de Santa Catarina, como a Festa do vinho em Urussanga e a Festa do Colono em Siderópolis, além de participar da primeira etapa do 2º FEMIC (Festival da Música Catarinense) no qual o Jorge Nando foi um dos finalistas e participante do CD do festival, porém não consegui tocar as demais etapas em função do tratamento de saúde e falecimento de meu pai.




Ainda em 2008 realizamos o primeiro show da banda TIOZEN no Motovinho, onde gravamos as músicas de forma informal para produzirmos o material de divulgação da banda. Foi uma satisfação muito grande fazer esse show, pois nos sentimos como estivéssemos começando na música novamente, tocando a abertura, da abertura, da abertura dos shows (risos) e mesmo assim, sentido-se os mais realizados dos mortais. Realmente foi uma energia muito boa! Nessa profissão de músico, cansamos de fazer alguns trabalhos nos quais mesmo tocando para mais de 5.000 pessoas, sabemos que provavelmente o público não reconhece quem são os músicos por trás daquele artista que esta a frente do palco. A proposta da banda TIOZEN no show "música para ouvir" é realizar apresentações com um repertório no qual perceba-se a qualidade das composições e execuções das músicas.

Em Criciúma tocamos também em um espaço muito legal chamado AOTEAROA. Nesse local o que mais nos surpreendeu é que conseguimos um público muito legal divulgando apenas pela internet. Finalizamos as atividades do ano participando da abertura de um tributo ao Queen que nos rendeu uma repercussão muito positiva.




Nos últimos meses do ano realizei uma série de show com uma meninada que à alguns anos atrás eram alunos do colégio que trabalho. Lembro muito bem quando estávamos organizando um festival de bandas na escola e derrepente aparece uma inscrição de um grupo de pagode. Depois de muitos da comissão organizadora do festival acharem estranho um grupo de pagode participar de um festival de bandas em plena ascensão do estilo Punk Rock, decidimos abrir espaço para a inscrição deles também. Alguns anos depois a surpresa, os meninos da banda de pagode estão abafando na região com seu grupo chamado Chocolate Sensual, levando mais de 2.000 pessoas toda semana na festa com o nome banda. No final do ano me ligaram para acompanhá-los em alguns shows que fariam juntamente com artistas de renome nacional e por isso gostariam de montar uma banda de apoio com músicos profissionais. Realizei então os shows, procurando dar alguma contribuição na produção musical e seleção dos músicos para a banda de apoio.

No mês de julho recebi um convite muito legal para participar como convidado especial da Orquestra da Policia Militar de Florianópolis, no evento em comemoração aos 173 anos da corporação em Santa Catarina, realizado no dia 31 de julho no Teatro Elias Angeloni em Criciúma/SC. O evento passou por várias cidades do estado, sempre chamando alguns artistas da região para participarem como convidados especiais. Em Criciúma foram Cristiano Forte, Marília Dutra e o guitarrista Fernando Rech. Na apresentação fizemos uma versão rock de um trecho da 9ª Sinfonia de Beethoven e acompanhei também a cantora Marília Dutra em sua participação.






Gravações

Com as facilidades que os programas de gravação tem auxiliado nas edições em estúdio, é cada vez mais comum que os próprios bateristas das bandas possam gravar deixando de contratar músicos mais experientes em estúdio. Levando em consideração esses aspectos, fica fácil de entender por que o mercado dos músicos de gravação tem diminuído bastante. Nesse ano realizei apenas as gravações do CD do "Coral Vozes e Acordes" de Tubarão/SC e a música "Catando estrelas" no Cd de coletânea dos finalistas do 2º FEMIC.

Workshop

Tive a honra de acompanhar o baixista Serginho Copetti em seu Workshop na cidade de Criciúma. Na oportunidade foi muito bom rever o amigo e poder rolar um som de alta qualidade, mesmo que no improviso. Serginho fez história na cidade ao instalar o Bar Baiuka, onde a banda Bixo de Pé, composta também por seu irmão e meu amigo o baterista Amauri, inspirou uma geração de músicos ao ouvirmos sua banda tocar os clássicos da MPB.

Publicações

Na edição nº 59 da revista Modern Drummer, foi publicada na seção "Fique por dentro", as matérias com meu ex-aluno Éder Medeiros e o Rodrigo Campos, amigo de vários trabalhos, no qual fiquei muito feliz pela homenagem ao citarem meu nome em ambas as entrevistas.

Faculdade

Sigo como acadêmico no curso de Pedagogia da UNESC, porém opatando por uma carga horária mais reduzida para dar conta dos trabalhos na escola e projetos musicais.
 


Viagem pela Patagônia



A partir de todos os acontecimentos desse ano, acho que o momento de virada e superação, foi a decisão de realizar um projeto que a muito tempo vinha estudando, só que não esperava colocá-lo em prática tão cedo. Após a leitura de vários relatos de viagens de moto, decidi fazer minha viagem solo pela Patagônia. A saída do Brasil seria no primeiro dia de 2009, indo assistir a arrancada do Rally Dakar no dia três de janeiro em Buenos Aires Argentina, seguindo em direção ao Chile para descer a Carretera Austral e ir até o Ushuaia, cidade mais Austral do mundo. Foram praticamente seis meses de planejamento, preparação e divulgação, sendo que o projeto ganhou uma inesperada repercussão e proporções de trabalho, devido aos diversos patrocinadores que apoiaram o projeto.






Data: : 2009 Idade: 35 anos

Motociclismo

O ano inicia de forma muito intensa, pois já no 1º dia parti para a realização de um projeto de certa forma ousado, pois realizar uma viagem solo de moto pela Patagônia, requer um grande preparo físico, psicológico e por meio de um minucioso planejamento, procurar pensar em todas as barreiras que possam aparecer durante o caminho. No Projeto "FORTES" Ventos, foram percorridos em um mês 11.500 km de moto pela Patagônia em viagem solo, relatados durante a viagem por meio de boletins ao vivo para a rádio Som Maior Premium. Também no dia 01/01/09 foi exibida uma matéria no Jornal do Almoço da RBS TV (afiliada da Rede Globo), gerando uma grande repercussão na região sul de Santa Catarina.

Não resta dúvidas que uma aventura nestas proporções propicia vivências inimagináveis e aprendizados que jamais serão esquecidos, devido as paisagens vislumbradas, seres humanos que demonstram um grande carinho e admiração pela coragem de realizar esse feito e dificuldades que aparecem e que precisam ser superadas. Algumas que podem ser destacadas foram os problemas mecânicos da moto e uma crise de cálculo renal que fizeram que eu ficasse 9 dias parado na cidade de Comodoro Rivadávia na Argentina. Felizmente recebi a fundamental ajuda de um até então estranho chamado Hugo, um guarda de supermercado que morou na fronteira do Brasil e com nossa conversa na portaria do mercado, ensibilizou-se com a situação me hospedando em sua casa durante esse período de recuperação. No final do ano foi realizado uma Exposição das fotos do Projeto "FORTES" Ventos no Corredor Cultural UNESC.




Na seção Motociclísmo do site, estarei relatando detalhes da viagem, ilustradas também com dicas e fotos.

Depois de relutar a alguns convites por achar que minha percepção de motociclista não se adequava ao estilo "Moto Clube", resolvi desfrutar da companhia de novos grandes amigos, que à alguns anos me acolhiam com muito carinho em diversos eventos motociclísticos. À convite dos amigos Joênio e Bruno, ingressei no recém formado Moto Clube Herdeiros da Liberdade de Criciúma/SC.




Shows

O ano de 2009 foi muito interessante no que diz respeito a uma retomada de minha atuação como baterista. O mercado de trabalho envolvendo a música ao vivo deu uma virada comparado aos últimos anos e posso me arriscar a dizer que muitas vezes inclusive, faltou músicos para a demanda. Tive o grande prazer de me envolver com projetos que me deram uma grande satisfação pela qualidade das propostas. Entre esses trabalhos poderia destacar os shows com o Jorge Nando Trio e sua participação no Festival FEMIC, no qual sua música foi classificada para a próxima etapa seguinte em 2010. Também participei da banda de apoio do FEMIC na etapa de Araranguá/SC, no qual a banda foi coordenada pelo amigo baixista Neto Nunes.

Estreamos também um trabalho que a pelo menos 10 anos pensávamos em fazer e que em 2009 se concretizou. O Grupo chama-se "Fazendo Bossa" e interpreta clássicos da Bossa Nova e MPB. Na formação grandes amigos de longa Data se encontram: Lony Rosa(voz e violão), Neto Nunes(contrabaixo acústico) e Cristiano Forte(bateria).




A cantora Marília Dutra, destaque na região sul e finalista do Concurso CountryStar da Rede Bandeirantes de Televisão também faz o convite para a participação em sua banda de apoio. Na sequência repassei o convite para o amigo baixista Neto Nunes que também traz ao time seu filho Eduardo Nunes para atuar como tecladista.




Éder Medeiros meu ex-aluno de bateria se classifica entre os quatro finalistas do Batuka - Concurso Nacional de Bateristas, realizado em São Paulo, no qual em 1996 participei da 1ª edição do evento e também fui um dos finalistas. Foi uma grande realização ver após 13 anos desta conquista, um grande amigo e baterista da região chegar a final do concurso que tem repercussão em todo o país. Durante o evento, substitui o Éder em seus trabalhos em Santa Catarina.

A banda TIOZEN "Música para ouvir", completa seu 1º aniversário em março e só há bons motivos para comemorar, pois é indescritível o prazer de realizar este trabalho com grandes amigos e com um repertório privilegiado, incluindo clássicos musicais que muitos de nós sempre sonhou em tocar. Neste ano a agenda foi direcionada para eventos de grande repercussão em nossa região e dessa forma, focando ao público ideal para essa proposta. Poderia destacar o shows da Festa das Etnias (Criciúma/SC), Moto Laguna (Laguna/SC) e um show exclusivo da banda no Teatro Célia Belizária em Araranguá/SC, no qual foi gravado vários vídeos que estão disponíveis em: www.cristianoforte.com.br/tiozen.html




Colégio Energia

Continuo lecionando aulas de musicalização no Colégio Energia, onde a música faz parte da grade curricular. Em Criciúma as turmas abrangem do Maternal ao 9º ano e na unidade de Urussanga, de 1º ao 9º ano, no qual estão inseridas aproximadamente 715 crianças e adolescentes.




Faculdade

Finalizo o ano encerrando também minha participação como acadêmico do curso de Pedagogia da UNESC, onde passei 5 anos de grande aprendizado e conquistei grandes amizades entre colegas, professores e coordenação do curso. Durante esse período participei de vários eventos, como apresentações de trabalhos em seminários, como ministrante da oficina de musicalização no V SEILAC e a participação como vice-presidente do C.A de Pedagogia da UNESC, representando os acadêmicos do curso. Um desses eventos foi destaque na revista "Balanço Social 2008" da UNESC, no qual além da matéria sobre as atividades do Curso de Pedagogia, também foi publicada uma foto na conta-capa.




Na apresentação de meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) tive a felicidade de conquistar a nota máxima, apresentando o tema: Diferentes olhares e concepções sobre a forma de abordagem da Educação Musical na formação dos acadêmicos de Pedagogia da UNESC.




Data: : 2010 Idade: 36 anos

Cheguei a pensar que esse ano seria muito tranquilo devido as mudanças de carga horária em minhas aulas de musicalização em sala de aula. Assim, comecei a me organizar e agendar outras atividades. Porém, 2010 acabou me pegando de surpresa e propiciando um ano muito intenso e prazeroso, fazendo trabalhos que não imaginava e ampliando muito minhas atividades profissionais. Ao buscar as anotações para registrar na seção "Biografia" do site, fiquei impressionado com a quantidade e variedades de eventos importantes realizados nesse ano e que tentarei expressar nesse espaço muito informal que reservei aqui no site para compartilhar esses momentos com os amigos.

Faculdade

Concluo o Curso de Pedagogia pela UNESC no qual a formatura aconteceu no mês de março com a presença da mãe Forte na platéia.



Musicalização

A convite a entidade Bairro da Juventude e as escolas públicas São Cristóvão e Marechal Rondon, ministrei oficinas sobre o musicalização para os professores na Semana Pedagógica das escolas.

No mês de janeiro fui prestigiar o II Simpósio de Educação Musical realizado durante o evento FEMUSC em Jaraguá do Sul. Na oportunidade conversei com o Prof. Dr. Sérgio Figueiredo e ele reforçou a proposta da possibilidade de organizarmos em Criciúma o VII Fórum Catarinense de Educação Musical.
 

Coincidentemente na mesma época em e que eu estava procurando parceiros para a realização do evento, a Fundação Cultural de Criciúma me procurou pedindo sugestões de palestrantes para o I Fórum de Música de Criciúma. Foi uma combinação perfeita e em junho deste ano realizamos os dois eventos no mesmo dia. Na oportunidade contamos com a participação do Prof. Dr. Sérgio Figueiredo falando sobre a lei da obrigatoriedade da música nas escolas. Também contamos com a presença do renomado músico, compositor e produtor musical Luiz Meira (idealizador do FEMIC e violonista da Gal Costa), que juntamente comigo e o músico/compositor Neto Nunes, formamos uma mesa de debates sobre mercado musical e políticas públicas referentes a música.

A partir desse evento também iniciamos reuniões para a possível formação de uma associação de músicos, até então denominada de AMUSC (Associação do Músicos Sul Catarinenses).




Workshops de bateria

Confesso que por aproximadamente 5 anos, em função das minhas inúmeras atividades extra bateria, principalmente como professor de música em sala de aula (cerca de 715 alunos semanais) e cursando a faculdade, acabei me considerando praticamente um ex-baterista, embora nunca me afastando definitivamente por conta dos eventuais shows e gravações.

A partir de 2009, comecei uma retomada que iniciou com o projeto da banda TIOZEN. Formamos o grupo para tocar simplesmente por prazer e foi o que realmente aconteceu, nos motivando por uma ótima sensação, semelhante a que sentimos quando na adolescência ensaiava-se nas garagens e nos finais de semana.

Posso dizer que o retorno as atividades como baterista se concretizou com os workshops de bateria que realizei no início desse ano. O primeiro workshop foi de bateria e contrabaixo, realizado juntamente com o baixista Moysés de Jesus na cidade de Criciúma. Foi um momento único, pois o evento trazia como ministrantes músicos com experiência em vários segmentos da música, como bailes, shows e gravações, mas que até então não haviam se apresentado na região com um enfoque pedagógico musical.




Algumas semanas depois fui convidado para participar do 2º Encontro de Bateristas de Blumenau, ministrando um workshop para uma fantástica platéia de bateristas com suas baterias devidamente montadas na frente do palco. O evento também contou com a participação dos renomados bateristas Walter Lopes e Cláudio Infante.




Shows

Este ano realmente foi um momento de retomada nas atividades como músico. A agenda ficou repleta de shows e melhor ainda, sempre associados a qualidade. Já iniciamos o ano muito bem, participando das eliminatórias e final do FEMIC (Festival da Música e da Integração Catarinense), acompanhando o cantor, compositor instrumentista Jorge Nando.

Logo em seguida inauguramos o bar Casa Meva. Uma casa de shows em Criciúma que tem em sua proposta a música ao vivo como maior atrativo. Nesse local, toquei quase que semanalmente nas sextas-feiras onde a noite era voltada para a MPB e Bossa Nova. Com a Banda TIOZEN tocamos no sábado que era mais voltado para o público de rock.

Para se ter uma noção mais exata desse retorno como músico em palcos, durante o ano realizei shows participando efetivamente de seis bandas como baterista : Tiozen, Jorge Nando Trio, Celina Trio, Grupo Fazendo Bossa, Hybrida, Marília Dutra e Grupo Humatumotabum. Além de uma participação especial no grupo Morena de Angola (Porto Alegre), substituindo em um show o meu grande amigo baterista Rubão.

Também em 2010, estreamos um novo projeto para a Banda TIOZEN denominado: "Banda TIOZEN convida". A nova proposta consiste em trazer convidados especiais para participar dos vocais nas apresentações da banda. Os primeiros convidados foram Alírio Neto de Brasília/DF (www.alirionetto.com.br) e Ariel Coelho de Florianópolis/SC (www.arielcoelho.com.br). Eles são grandes amigos, nos quais temos muitas histórias para contar da época que participávamos da banda de baile Etc...&tal, que na década de 1990 fazia um trabalho diferenciado e teve uma repercussão muito interessante. Foi uma enorme felicidade revê-los e principalmente voltar ao palco com esses que hoje são renomados artistas reconhecidos dentro e fora do país pelos seus trabalhos como vocalistas, professores e palestrantes.



Evento internacional

Sem ter a noção exata das proporções desse evento, aceitei o convite do amigo músico e produtor Adair Daufembach para organizarmos o Workshop do lendário guitarrista norte americano Vinnie Moore em Criciúma.

Depois de todos os detalhes confirmados, começamos a divulgação que já começou a me surpreender pelo espanto e euforia do pessoal tentando acreditar que um artista desse nível estaria passando por nossa região.

O evento foi um grande sucesso e fiquei muito feliz por contribuir para que acontecesse este momento tão especial para as tantas pessoas que conseguiram ver de perto um ídolo e ícone da história da guitarra.




Também aproveitando a vinda à Criciúma para apresentar-se com a Banda TIOZEN, organizei o workshop de técnica vocal com o cantor Alírio Netto (Brasília), amigo de longa data que agora destaca-se no cenário nacional e internacional devido as suas apresentações com a Banda Khallice e produções de Teatro Musical no Brasil e exterior, participando de musicais como O Fantasma da Ópera, Miss Saigon, Aida, A Noviça Rebelbe, A bela e a Fera, Hairspray, Rei leão (Alemanha).




Aulas

Depois de alguns anos sem lecionar aulas particulares de bateria, em 2010 disponibilizei alguns horários para o pessoal que havia reservado horários já há algum tempo. Também continuo lecionando no Colégio Energia de Criciúma e Urussanga/SC no qual aulas de musicalização são incluídas na grade curricular do Ensino Fundamental.

Premiação

Fiquei muito feliz pelo reconhecimento da Fundação Cultural da Cidade de Criciúma, concedendo o Prêmio “Homem Contemporâneo”. A homenagem é feita as pessoas que com suas ações contribuem para o progresso cultural da cidade. Sinceramente foi algo que eu jamais imaginaria receber e me motivou muito à continuar a caminhada.




Também recebi o convite para fazer parte do time de colunistas do Portal www.radiocriciuma.com.br. O espaço é destinado para falarmos sobre assuntos relacionados a música e o meio musical em geral.

Eventos SESC

Uma parceria muito legal com o SESC possibilitou a realização de apresentações e projetos muito interessantes e significativos. Iniciamos com minha participação falando sobre bateria no evento "Mundo SESC" de Criciúma e logo em seguida realizamos o Workshow com o Grupo Humatumotabum, que estava fora dos palcos desde 2004. Na oportunidade ficamos muito felizes em lotar o teatro de SESC, mesmo sendo artistas locais e tratando-se de um trabalho instrumental.

Não tenho dúvidas que foi uma das apresentações mais importantes do grupo, fazendo que nos dedicássemos intensamente na preparação do workshow e nos proporcionando um momento de reflexão, percebendo nosso crescimento e amadurecimento como músicos e educadores.




No final do ano, também realizei 20 oficinas em escolas públicas através do Projeto "No curso do Rio, ao Alcance da arte: A bateria" proposto pelo SESC de Tubarão/SC. Na oportunidade aproximadamente 2.000 alunos de diferentes faixas etárias tiveram contato com a música por meio da bateria e puderam conhecer um pouco da trajetória, dificuldades e conquistas da vida de um músico profissional.



Moto

Depois de vender a antiga moto e aguardar cerca de 6 meses sem poder viajar em duas rodas, finalmente a felicidade de ver a nova máquina chegar na loja e registrar ainda na caixa esse momento mágico.



Alguns meses depois o inesperado: simplesmente consegui a façanha de quebrar o chassi da moto. Graças ao ótimo atendimento da concessionária da Yamaha de Criciúma, conseguimos realizar a troca do chassi por outro novo na garantia. No início fiquei muito apreensivo pelo fato de ter que praticamente desmontar e montar a moto de um quadro para o outro, mas com os cuidados do mecânico Marcelo, tudo ocorreu muito bem e o problema resolvido.

 



Nova viagem/aventura.

No segundo semestre de 2010 recebi o convite de um amigo para acompanhá-lo em sua viagem de moto que seria a principio até Mendoza na Argentina, percorrendo cerca de 5.000 km. No primeiro momento achei interessante e pedi um pouco mais de tempo para dar a resposta, o que acabou acontecendo em poucos dias, pois consegui perceber que não seria tão difícil realizar essa viagem, já que a distância e a aventura eram menores da que eu já havia realizado anteriormente na Patagônia.

Durante as conversas sugeri que fossemos até Santiago e Viña Del Mar no Chile e meu amigo Cléber sugeriu que fossemos então até o Paso Água Negra. Decidido, fui buscar mais informações com meu grande amigo Rauen que acabou tornando-se meu guia para longas viagens, no qual posso sempre contar com sua gigantesca experiência viajando de moto pelo mundo.

Chegando mais próximo ao final do ano, meu companheiro de viagem acabou tendo problemas com sua agenda de compromissos e resolveu deixar a aventura para uma próxima oportunidade. Mesmo assim optei por seguir com a viagem oficializando um novo projeto agora com o título de: Projeto FORTES Ventos II.

A continuidade do Projeto FORTES Ventos I consistia em percorrer 7.000 km durante 19 dias de viagem solo de moto pelo Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, passando por lugares muito interessantes, como Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Aconcágua e Paso Água Negra (altitude de 4780 m).

Mais uma vez o projeto teve uma grande repercussão a medida em que comentava com os amigos e em seguida quando iniciei a divulgação nos meios de comunicação de minha cidade, rendendo mais uma vez matérias nos jornais e portais de notícia da região, além de realizar novamente os boletins ao vivo durante a viagem para o programa Adelor Lessa da Rádio Som Maior Premium.





Data: : 2011 Idade: 37 anos

Viagens de moto

O ano iniciou com mais uma viagem de moto pelo Projeto "FORTES" Ventos II, no qual nessa nova aventura percorri em 19 dias 7.300 km em estradas do Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. Dessa vez resolvi acrescentar algo inimaginável para o segmento do motociclismo. Sem divulgar resolvi levar uma mini bateria na bagagem para realizar gravações com a mesma em lugares interessantes e distantes como no Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Aconcágua e Paso Água Negra. Resolvi também não divulgar, pois seria algo muito ambicioso e haveria a possibilidade de ter que descartar a bateria no meio do caminho, caso não fosse possível transportá-la durante toda a viagem ou montá-la nos lugares que eu imaginava. Mesmo sem divulgar a inclusão da mini bateria, o Projeto rendeu entrevistas e boletins ao vivo durante a viagem para Rádio Som Maior e matérias em vários portais no segmento do motociclismo, entre eles o reconhecido Portal de aventuras INEMA e XT660.

Tenho muito a agradecer aos amigos Rodrigo Campos, Neto Nunes, Marcelo Campos e o Maurício das baterias Odery que me incentivaram a colocar em prática essa ideia e me ajudaram a produzir uma bateria de dimensões e configuração que possibilitaram transportá-la na moto.





Ainda no início do ano tive uma experiência desafiadora, que há muito tempo gostaria de realizar. Recebi o convite para pelo menos vivenciar a sensação de andar de moto na pista de corrida do Autódromo de Tarumã em Viamão/RS.

Logo no início da manhã, foi assustador ver outro piloto bater a moto contra o muro de proteção a mais de 150 km/h logo na primeira volta. Depois do ocorrido, tivemos informações que felizmente nenhuma consequência muito séria, levando em conta a gravidade do acidente. Os treinos continuaram e andar com uma moto XT 660, que não é preparada para pistas, dividindo espaço em alta velocidade com motos de até 1.000 cilindradas, foi indescritível!


 

Shows

Foi um ano bem intenso pois dei sequência a minha retomada aos trabalhos como baterista, nos qual mantive uma agenda quase que semanal tocando com diferentes artistas e bandas da região. Foram apresentações nos mais variados segmentos e estilos musicais. Desde trabalhos mais comerciais como o da Banda Yes Brasil, especializada em repertório para carnaval, até trabalhos mais temáticos como o Grupo Fazendo Bossa, especializado em Bossa Nova e MPB.

Com a banda TIOZEN também realizamos dois shows muito especiais em comemoração ao aniversário de 3 anos da banda. Para esses shows convidamos novamente nosso amigo vocalista Ariel Coelho que vem se especializando em aulas direcionadas a técnica vocal para o Rock. Os shows foram excelentes e conseguimos manter a tradição de apresentar um repertório de clássicos do rock com uma qualidade que nos orgulha muito, sempre acompanhados de um grande público que vem prestigiando sempre nossas apresentações.


Gostaria de destacar também os shows em Teatro envolvendo gravações em vídeo, o que requer atenção redobrada. É sempre um momento de muita tensão e responsabilidade, pois por mais recursos que se tenha para as edições, fazer uma gravação sem retoques é algo que facilita o trabalho de todos e eleva nosso nível profissional a cada desafio, fazendo valer todo o conhecimento e experiência adquirida em mais de 20 anos de profissão e valorizando o investimento por parte da produção do show na escolha dos músicos.

Os 2 shows com gravações foram da cantora Marília Dutra no Auditório da UNESC e o lançamento do CD de Jorge Nando no Teatro Municipal de Criciúma.




Aulas de Bateria, Musicalização e Banca de TCC

No início do ano o colégio Energia de Urussanga finalizou suas atividades na cidade. Então me mantive dando aulas somente na unidade de Criciúma.

Neste ano intensifiquei as aulas de bateria concretizando a parceria com o Wolf Studio de ensaios, realizando as aulas particulares em duas tarde/noites. O Studio possui duas salas de ensaio com ambiente climatizado, internet e equipamentos de ótima qualidade. Foi uma ótima decisão, pois além de melhorar a qualidade das aulas para os alunos, também comecei autilizar o espaço e horas disponíveis para estudar bateria também.


Neste ano de 2011 recebi o primeiro convite para fazer parte como membro da Banca Examinadora dos Trabalhos de Conclusão de Curso em Artes Visuais da UNESC.

Projetos nas Escolas Workshop de Bateria

Repetindo o sucesso das oficinas de bateria em projetos do SESC nas escolas públicas de Tubarão, realizamos mais uma etapa envolvendo as cidades de Tubarão e acrescentamos Criciúma/SC, contemplando aproximadamente mais 30 escolas e cerca de 3.000 alunos.

Nas apresentações que acontecem em diferentes bairros da cidade fica nítida nas interações com as crianças, a importância e os benefícios das atividades musicais na escola, pois não há pré-requisitos para participar da oficina e percebe-se a manifestação espontânea do público e a alegria de estar fazendo música. Sem dúvida é um momento muito gratificante a cada escola que circulo com o projeto.


Coincidentemente ao finalizar a última aula do projeto nesse ano, tive um acidente de carro que por pouco não teve consequências mais graves. Nesse dia estava chovendo e em frente à sinalização de PARE havia uma árvore comprometendo a visão da placa. Não havendo mais tempo de frear, acabei cruzando uma avenida preferencial e provocando um acidente envolvendo dois carros. Felizmente nenhum ferimento.

Com o acontecimento, achei que teria comprometido financeiramente minha viagem de moto para a Patagônia programada para o final de dezembro, porém no decorrer do ano consegui contornar a situação e tudo se normalizou.



Workshop de Bateria

Em novembro tive a imensa felicidade de realizar um Workshop de Bateria na cidade de Araranguá, cidade que foi minha porta de entrada em Santa Catarina em 1996. A apresentação foi organizada pelo Cristiano da Loja Crissom, Escola de Música Fama e o baterista Jessé Vieira. O evento foi um sucesso e um momento muito importante nesta retomada como baterista, me motivando muito a estudar bateria novamente e montar o meu kit completo.







Publicações

Quando comecei a ver as divulgações da edição especial nº 100 da versão brasileira da revista Modern Drummer (mais conhecida revista sobre bateria no mundo), tendo como tema “A História da Bateria no Brasil”, fiquei ansioso para comprar e ler sobre o rico material que deveria ter, pois o Brasil é reconhecido mundialmente pela diversidade rítmica e inspiradora para tantos outros povos.

Estava em uma amanhã trabalhando na cidade de Tubarão, quando resolvi passar na loja de instrumentos musicais do amigo Alyson. Chegando lá ele veio me mostrar a revista Modern Drummer que já havia chegado à ele antes das bancas, pois possuía a assinatura mensal. Folhei a revista rapidamente e fiquei ainda mais ansioso em comprá-la, pois percebi que a pesquisa havia sido ampla.

Ainda sem a revista, cheguei em casa à noite e ao abrir os e-mails, iniciaram as mensagens de vários amigos parabenizando pela citação de meu nome em dois momentos nessa revista histórica. Fiquei boquiaberto com a situação e liguei imediatamente para o Alyson olhar com mais calma a revista e averiguar se realmente meu nome estava lá e em quais segmentos.

Dizer que fiquei feliz é pouco, pois realmente era algo inimaginável em um registro para jamais ser esquecido. Trabalhamos com música sem ter a noção de até aonde chegaremos e quantos poderão ser beneficiados com nossa dedicação. Ser lembrado tendo o reconhecimento pela trajetória que percorremos, torna-se uma verdadeira premiação.



Nesse mesmo ano resolvi enviar para a revista Modern Drummer americana minha história como baterista e minhas viagens/aventuras com a moto e a bateria. Alguns dias depois, tive a surpresa do retorno da equipe da revista comunicando que em breve o material seria publicado no Portal internacional da Modern Drummer. Embora ficando extremamente contente com essa possibilidade, confesso que não tive esperança de isso realmente se concretizar.

Passada algumas semanas, numa tarde de sexta-feira percebi que meu perfil na rede social Facebook, de uma hora pra outra começou a receber convites em maior número do que normalmente recebo e na maioria de bateristas de outros países. Alguns minutos depois, me veio a lembrança da possibilidade da publicação no Portal da revista americana. Quando acessei o site da Modern Drummer(USA) e vi minha foto na página inicial com o link para uma matéria sobre minha trajetória, bateu uma tremedeira geral e começou a passar um filme na cabeça.

http://www.moderndrummer.c om/site/2011/06/cristiano- forte/

A matéria no Portal internacional da revista Modern Drummer (EUA), rendeu também  repercussão e outras publicações em jornais e portais no Brasil.



Nessas horas vem sempre a cabeça aqueles momentos difíceis nos quais chegamos a pensar que os caminhos que decidimos para nossas vidas poderiam estar errados e que o sacrifício talvez não valesse tanto a pena. Mas também vem a lembrança das pessoas que nos incentivaram e nos abriram portas que nunca imaginávamos levar a situações que nos dão uma sequência de acontecimentos importantes para ampliar e encarar as novas etapas.

São essas lembranças que me remetem a muitas histórias que venho relatando nessa biografia, desde as baterias montadas na infância com caixas e peças de bicicletas, compra da primeira baqueta com o primeiro salário aos 14 anos de idade, as bandas de garagem que ensaiavam muito pra tocar pouco, mas que a cada ensaio nos imaginámos no grandes shows, as bandas de bailes que nos trazem experiências musicais e de vida que nos norteiam como bons ou maus profissionais, os eventos que organizamos muitas vezes tirando dinheiro do bolso para arcar com as responsabilidades assumidas, as aulas particulares de bateria onde ficamos por muitas vezes até 10 horas ao lado da bateria com um volume sonoro que sabemos ser prejudicial a saúde e em fim, todos os dias dedicados a esse instrumento musical que nos completa e nos traz tantos momentos felizes.

Entre esses momentos felizes e tão importantes, os muitos shows e cidades que conheci por esse país, os alunos que vemos seguir seu caminho com sucesso e muito deles sustentando suas famílias também por meio da música, os eventos e concursos que projetaram meu nome à outras regiões, onde há pessoas que eu não teria acesso se não houvesse essa divulgação, as crianças que tiveram contato com a música por meio das aulas de musicalização e que como uma semente plantada, tiveram acesso a música como arte e não apenas como entretenimento.

Mas também não posso deixar de citar as boas lembranças e ensinamentos dos meus professores de bateria que fizeram parte da minha formação:

Luís Carlos (Músico de baile no RS), Barel (Músico de baile no RS), Daniel Lima (1º Percussionista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre/RS), Argos Montenegro (RS), Zé Montenegro (RS), Kiko Freitas (RS), Pato Romero (PR)...

Há também aqueles que não esquecerei pelos serviços prestados à bateria no Brasil e pelo incentivo que me deram. Entre eles o Duda Neves que realizou o primeiro workshop de bateria que assisti e depois me recebeu muito bem em minha 1ª ida à São Paulo. A Vera Figueiredo pelo belíssimo Festival Batuka e ao grande amigo Maurício Leite por ter sido muitíssimo acessível quando fui assisti-lo tocar no Festival Sul Brasileiro em Florianópolis no início da década de 90, conversando comigo após o evento e retornando também a carta que enviei à ele (na época sem internet). Alguns anos depois quando o reencontrei em minha participação na final do 1º Batuka, acabou me pedindo que enviasse material para as revistas especializadas e que a partir desse contato, fizeram minhas primeiras publicações.

Baquetas C.Ibañez

Conheço as baquetas C.ibañez há muito tempo, mesmo. Digo isso pelo fato que o primeiro par de baquetas que comprei foi justamente dessa marca. Eis a prova da nota fiscal que guardo até hoje.

Encontrei várias vezes o Clóvis Ibañez, fundador da empresa. A primeira vez possivelmente foi no primeiro workshop de bateria que assisti em Porto Alegre/RS, com o baterista Duda Neves, no qual também guardei essa lembrança.

No início da década de 2000, ajudei um ex-aluno de bateria que com seu pai resolveram construir alguns protótipos de baquetas, apenas para utilização própria. A cada novo acabamento, as baquetas foram ficando com uma qualidade muito interessante e alguns anos depois acabou transformando-se em uma marca chamada “Super Safira”, que alcançou um público cativo e patrocinados de peso, como; Ramon Montagner, Alexandre Cunha, Alex Reis e Pato Romero. Passado alguns anos, acabei me afastando do projeto e a empresa também acabou trocando de dono.

“Num belo dia” no ano de 2011, para minha grande surpresa recebo a ligação diretamente do Clóvis Ibañez, que com seu jeito formal e direto de falar com as pessoas, me fez o convite para integrar o time de patrocinados da empresa. Eu fiquei muito feliz mesmo, principalmente por se tratar da maior fabricante de baquetas da América Latina e por ser um time muito seleto que raramente ele ampliava. Clóvis sempre foi um baterista e expectador muito detalhista e por isso suas baquetas eram tão cuidadosamente fabricadas. Uma qualidade que ele não abria mão e os patrocinados tinham ainda um toque a mais de carinho na seleção dos pares, que eram selecionados criteriosamente por ele, antes de nos entregar. A partir desse telefonema, começamos a nos encontrar mais vezes e nossas conversas eram sempre muito produtivas, sendo cada encontro uma aula, pela sua fantástica história e dedicação ao nosso instrumento.


OMB - Ordem dos Músicos do Brasil

No ano de 2000 havia uma manifestação nacional questionando a atuação da OMB (Ordem dos Músicos do Brasil). Informados e participando dos debates pela internet tivemos também experiências desagradáveis com a fiscalização da OMB em Santa Catarina, chegando a conclusão que não teria sentido ficar "batendo boca" com os fiscais da OMB. Então resolvemos entrar com uma Ação Judicial contra a OMB pedindo a não necessidade da obrigatoriedade da utilização da carteira de músico nas apresentações, pois por meio dos debates, vimos que o papel da OMB havia se tornado apenas de um órgão que cobrava dos músicos a anuidade, sem representar a classe e muito menos fortalecer ou criar formas de aprimoramento profissional.

Juntamente com meus colegas da antiga banda Etc...& Tal de Araranguá, tivemos uma liminar favorável concedida coincidentemente no dia 22 de novembro de 2001, Dia do Músico, mas seguimos aguardando o julgamento da Ação.

Em agosto de 2011 foi noticiado em vários jornais em rede nacional a primeira Ação julgada no STF desobrigando a necessidade da utilização da carteira da OMB (Ordem dos Músicos do Brasil). Fiquei contente com a notícia na qual um músico de Santa Catarina estaria presente nessa 1ª ação julgada no STF e pensei em nos próximos dias entrar em contato com nosso advogado para nos inteirarmos do assunto e da situação de nossa Ação.

Alguns dias depois levo um choque ao receber uma mensagem do Portal G1 da rede Globo, pedindo que eu desse uma entrevista sobre o julgamento do STF ao qual estávamos presente. A partir daí vimos que na realidade não era apenas um músico, mas sim um grupo de Músicos de Santa Catarina, ou seja, realmente era nossa Ação que havia sido julgada. Nesses casos, a justiça acaba divulgando apenas um dos nomes conforme digitado na ordem dos inscritos no processo.

A notícia teve enorme repercussão nacional, mudando a história da OMB que há muito tempo vinha sendo motivo de discussões sobre sua atuação. Várias entrevistas foram dadas e foi difícil de acreditar que um grupo de músicos de baile de uma cidade do interior de Santa Catarina, teria uma participação tão importante nessa mobilização nacional por justiça.


Clique aqui para ver o Link da matéria sobre o julgamento no portal G1



Vídeo piloto sobre Motociclismo

Recebi o convite para participar como um dos personagens para um possível documentário sobre motociclismo. Fiquei muito contente em saber que o convite partiu do Chardô, que é um famoso motociclista de grandes viagens, no qual me inspirei muito através da leitura de seus livros relatando viagens de moto pela América do Sul. O enredo que teria como personagem principal o Chardô, seria sobre uma viagem a Península de Yucatán no México, tendo como foco a história da civilização Maia e suas professias sobre 2012, que vem sendo constantemente comentadas.

Realizamos um vídeo piloto denominado "Caminho para Yucatán". O vídeo foi inscrito e selecionado entre os finalistas do FESTIVAL INTERNACIONAL DE TELEVISÃO 2011 realizado no Rio de Janeiro.


Projeto "FORTES" Ventos III

No início do ano havia realizado a viagem pelo projeto "FORTES" Ventos II, levando uma mini bateria na bagagem sem ter divulgado amplamente. Durante o ano conversando com o amigo motociclista Rauen, surgiu a possibilidade de realizar mais uma viagem no final deste ano ainda. Iniciamos as conversas, mas acabamos não conseguindo conciliar nossas agendas de férias, o que foi uma pena, pois estava muito empolgado em fazer a minha primeira viagem em dupla, já que sempre viajei para longas distâncias sozinho e ainda mais, podendo ter um parceiro e amigo tão renomado no meio motociclístico.

www.rauenmotoviagem.com.br/

Felizmente comecei a conversar com o Fabio Copetti, outro amigo e parceiro de viagens na região sul e então iniciamos os planejamentos em agosto para uma viagem ao Ushuaia na Terra do Fogo, que iniciaria no final de dezembro, completando o trecho que eu não havia finalizado no projeto FORTE Ventos I, devido a problemas de saúde (crise de pedras nos rins) e problemas mecânicos na moto. Dessa forma coloquei o nome do projeto de "FORTES" Ventos III (ou um e meio), pois retomaria o roteiro do 1º projeto, porém acrescentando a mini bateria, agora com a divulgação da filmagem que faria tocando bateria ao lado da placa do "Fim do Mundo" no Ushuaia.

O projeto teve o apoio de grandes empresas como: Mormaii, Baterias Odery, Baquetas C.Ibañez, Malas para moto Frontside, Ótica Lino e Rádio Som Maior e iniciou no dia 27 de dezembro de 2011.

Mais informações estarão postadas nos links específicos do site:

 http://www.cristianoforte.com.br/projeto_3.html




Data: : 2012 Idade: 38 anos

 

Viagens de moto

No ano de 2009 realizei minha primeira grande viagem de mota fora do país. A proposta do Projeto “FORTES” Ventos I, era alcançar o extremo do continente do sul da América, porém 1.000 km antes de alcançar essa meta na passagem pela cidade de Comodoro Rivadavia na Patagônia Argentina, a moto apresentou problemas mecânicos e no dia seguinte, enquanto aguardava o concerto da mesma, após sentir dores abdominais muito fortes e ser encaminhado ao hospital, foi diagnosticado uma crise de cálculo renal, mais conhecido como pedras nos rins.

Depois de aguardar durante nove dias o concerto da moto e recuperação da crise renal, a decisão mais sensata foi de retornar de moto ao Brasil a partir deste ponto.

Após realizar mais uma viagem de moto no ano de 2011, resolvi que minha 3º grande viagem de moto denominada Projeto “Fortes” Ventos III, seria a retomada da idea de chegar ao “Fim do Mundo” de moto, mas agora acrescentando o desafio de levar como diferencial, uma bateria na bagagem para tocar neste local tão único, ao lado da placa do “Fim do Mundo”.

Nesse  projeto foram percorridos durante um mês, um trajeto de 12.700 km em 29 dias de viagem até o Ushuaia na Terra do Fogo, onde realizei uma gravação com a mini bateria ao lado da placa do "Fim do Mundo" e produzindo um vídeo tocando uma música em homenagem ao lendário baterista Neil Peart, da banda canadense RUSH, que além de ser um dos maiores bateristas da história, também é um motociclista de grandes viagens de moto pelo mundo.

Dessa vez tudo ocorreu perfeitamente e os relatos e registros em fotos e vídeos podem ser acessado nos links específicos encontrados na página inicial desse site.

 

Um ano de grandes mudanças, um ano pra não ser esquecido.

Logo no início do mês de fevereiro, poucos dias ao retornar das férias, uma notícia deixa estarrecida toda a cidade de Criciúma/SC. O Colégio Energia considerado como a melhor escola  da cidade, simplesmente fecha as portas deixando, alunos, pais e professores sem maiores esclarecimentos ou assistência.

Durante 8 anos desenvolvia um trabalho de aulas de música na grade curricular sendo a única escola que oferecia essa disciplina no currículo escolar.

A cidade praticamente parou, pois além dos funcionários que precisariam receber seus salários e indenizações e procurarem novas atividades, mesmo sabendo que o quadro de funcionário das outras escolas já estavam completos, pais e alunos também precisariam conseguir vagas para seus filhos, restando apenas uma semana para o início do ano letivo. Além também de tentar reaver seus investimentos de matrículas ou mesmo mensalidades pagas antecipadamente.

 

Na semanas seguintes também a notícia de última hora do cancelamento dos shows de carnaval que realizaríamos no sul de Santa Catarina.

Foram semanas de reflexão e reavaliação sobre se deveria me manter nesse segmento da educação musical em sala de aula ou seguir o caminho em outras atividade como músico/ baterista profissional, pois era algo que já estava se encaminhando nos últimos anos após eu ter finalizado a graduação de Pedagogia e ter mais tempo para voltar a me dedicar à música.

Após iniciar alguns contatos com amigos de vários estados, cheguei a conclusão que a opção mais interessante no momento, seria a mudança para Florianópolis/SC, pois estando em Santa Catarina, teria mais respaldo pelo trabalho que já venho realizando no estado. O convite inicial partiu do baixista Moysés de Jesus, para tocar em uma banda cover que estava sendo montada pra estréia nas próximas semanas. Nessa banda conheci  os músicos Fernando Brasil (percussionista) e o trumpetista e arranjador Jean Carlos, grandes seres humanos e músicos nos quais criei grande amizade e parceria para novos trabalhos. Infelizmente também convivi com pessoas de atitudes lamentáveis e situações vergonhosas, nas quais não havia ainda visto em minha longa trajetória de músico responsável, ético e digno de levar a profissão de músico ao respeito da sociedade.

Nesse início de ano, também concluiu a Pós Graduação em Música: Práticas Sociais, me proporcionando ampliar meus conhecimentos e opções de trabalho como músico, educador musical e pedagogo.

 

Shows.

Em 2013 estreamos um projeto que há alguns anos  tinha muito vontade de colocar em prática, mas que devido a dificuldade de encontrar músicos que topassem encarar esse repertório cheio de detalhes, arranjos diferenciados e vocais  únicos,  acabou sendo adiado para esse ano.

A estréia foi no palco do Ventuno Pub em Urussanga/SC em uma noite especial e memorável, com um grande público que impulsionou a banda do começo ao fim do show. Na sequência também realizamos o show no bar Santo Réu em Araranguá/SC.

 

Gostaria muito de agradecer os vários trabalhos que realizei nas cidades do sul do estado de Santa Catarina durante os 16 anos que permaneci nessa região, nos quais seria injusto citar agora alguns deles e deixar de lembrar tantos outros, embora acredito já ter  registrado todos esses trabalhos nos relatos dessa biografia detalhada.

Porém não posso deixar de destacar ao menos os dois últimos shows que participei,  onde recebi algumas homenagens durante as apresentações que ficarão na minha lembrança. Uma delas foi a surpresa que os integrantes do Moto Clube Herdeiros da Liberdade me prepararm no show com o cantor Jorge Nando em Criciúma/SC. A outra no show da cantora Marília Dutra em minha última apresentação em sua banda de apoio, na qual sempre tive muito prazer em participar pelo seu profissionalismo e valorização dos músicos que a acompanham.

Alguns meses depois de já estar estabelecido em Florianópolis voltei a encontrar meu grande amigo Ariel Coelho, companheiro na ex-banda Etc...& Tal e morador da ilha já alguns anos. Nesse encontro recebi o convite para integrar a banda CODA, uma das bandas mais respeitadas no estado no que diz respeito ao  segmento de Rock Clássico, tendo como base de seu repertório as bandas, Deep Purple, Led Zeppelin e Pink Floyd.

Na banda CODA encontrei grandes músicos e excelentes pessoas, competentes e objetivas no trabalho fazendo com que em poucos ensaios montássemos um tributo ao Deep Purple. No repertório dessa banda obtive enorme aprendizado ao conhecer as performances do baterista Ian Peace, fazendo eu me dedicar a estudar  a incrível concepção de bateria desse ícone do rock.

 

Nessa minha retomada como baterista de profissão, consegui em pouco tempo fazer bons contatos na nova cidade, principalmente por procurar assistir aos shows que por aqui estavam acontecendo. Ao mesmo tempo que entendia como funcionava o mercado, também  aprendia com os diferentes músicos que prestigiava e muitas vezes inclusive acabava também dando as famosas canjas.

Foi muito interessante perceber que ao contrário do que eu precisava fazer no sul do estado, idealizando e viabilizando os projetos,  numa capital, o fluxo de trabalho consegue fazer com que se possa contar também com os convites dos artistas, que começam a chamar para você inserir-se aos seus projetos, ou mesmo muitas das vezes chamando de última hora para shows. Entre esses contatos também tornou-se frequente novos amigos bateristas  indicarem para substituí-los quando há acúmulo de shows em suas agendas.

Nas apresentações que aconteceram nesse ano acompahei os seguintes trabalhos: Coda Rock Classic, Jorge Nando, Marília Dutra, Yes Brasil, Leko Pereira, Rossano, Eluan & Banda, Brazilian Sound Club, Sampraia samba de raiz, Janete e Joel Brito, Marcondes e a Função, Trio Long Play.

A convite do amigo baterista Filipe Maliska que estava em viagem pela europa, fiz uma tour  substituindo-lhe na tour do cantor/compositor Tom Custódio da Luz, que vem se destacando com seu trabalho diferenciado e de qualidade reverenciada pela crítica.

 

Também recebi o convite do guitarrista Gustavo Messina  para realizar meu primeiro show instrumental na ilha como convidado do Garatéia Project.

 

Aulas de bateria.

Intensificando os trabalhos como músico baterista, as aulas particulares de bateria tornaram-se uma de minhas atividades, fechando parcerias nas cidades de Araranguá, Criciúma no Estúdio Wolf e no IMGN (Instituto de bateria Gilson Naspolini) e em  Florianópolis nas escolas Rafael Bastos, GTR e Bateras Beat.

 

Workshops, Oficinas e Eventos.

2012 foi um ano muito importante também para minha trajetória, pelo fato de perceber que a retomada como baterista começa a ter visibilidade, reconhecimento e ampliação dos contatos por todo o Brasil, surgindo convites para eventos voltados especificamente para bateristas.

Sem dúvida foi o ano mais intenso  como ministrante, realizando Workshops nas cidades de Criciúma, Tubarão, Orleans e Videira/SC;   Master Class na Bateras Beat Floripa e no Acampadrums em Blumenau/SC; Oficinas de Bateria no Festival de Música de Navegantes, juntamente com os renomados músicos Alegre Corrêa e Beto Lopes, além da abertura do workshop do baterista Ricardo Confessori na GTR Floripa.

   

 

 

 

Nesse ano as oficinas de bateria em projetos do SESC em escolas públicas foram ampliadas sendo realizada pela 1ª vez na capital Florianópolis/SC.

As apresentações também foram ralizadas  novamente em Criciúma, onde tive a feliz oportunidade de ministrar uma apresentação especial para o  grupo da terceira idade durante as atividades da comemoração da semana do idoso, rendendo matérias e repercução muito positiva.

 

Pela segundo ano fui convidado para participar como membro da Banca Examinadora de Trabalhos de Conclusão de Curso de Bacharelado em Artes Visuais da UNESC, no qual tive a honra de ter como companheiros de avaliação a Professora Mestre Édina Regina Baumer e o Professor Doutor Gladir Cabral.

 

Baterias ODERY

Depois de uma pausa de praticamente quatro anos nos trabalhos mais específicos como baterista para dedicar-me a área de Educação, lecionando a disciplina de Música em sala de aula no Ensino Fundamental e concluindo a graduação em Pedagogia e Pós Graduação em Música: Práticas sociais, a partir de 2010 vários eventos iniciaram essa retomada à carreira de atuação como baterista profissional e educador musical.


Uma das melhores notícias desde esse retorno, sem dúvida foi meu retorno ao vínculo oficial com as baterias Odery, integrando o site juntamente com o seleto time dessa marca que tanto orgulha o Brasil.
http://www.odery.com.br/endorsee/cristiano forte endorsee/-1800

Foto da nova bateria Odery que chegou no final de 2012

Foto da minha passagem pelo stand da Odery na Expomusic, maior feira de instrumentos musicais  da América Latina.

 

Gravações

Tive o prazer de realizar belas gravações nesse ano. Ainda na região sul de SC,  com a cantora Marília Dutra e o músico, cantor e compositor André Hemmati. Já em Florianópolis gravei o CD do cantor e compositor Tito Lys com a produção de Oliver Dezidério e a o trabalho da banda Blue Holiday com produção de Ivan Beretta.

 

 

Novo site.

Em 2012 finalmente conseguimos realizar a reformulação do meu site criado em 2003 pelo amigo baterista Éder Medeiros. O novo formato foi produzido pelas mãos do meu irmão Juliano Forte.
Inicialmente desenvolvido com informações sobre minha trajetória musical, agora conta também com novos links voltados para o motociclismo e relatos das minhas viagens, destacando o Projeto FORTES ventos.
 

Data: 2013 Idade: 39 anos

 

Meus primeiros professores de bateria.

No final do ano de 2012 realizei algo que há muito tempo planejava fazer. Promover um reencontro tocando com meus primeiros professores de bateria. Depois de fazer o contato, eles aceitaram prontamente e marcamos na semana entre o Natal e o Ano Novo, datas que costumo ir à Porto Alegre ver a família.

O encontro foi repleto de muita conversa e recordações sobre tudo o que já realizaram em suas carreiras de tantos anos na música. O momento alto desse encontro foi quando montamos duas baterias e pude tocar novamente com eles filmando um duo entre eterno aluno e professores.

No vídeo falei um pouco sobre cada um deles e as influências que se mantém até hoje, tanto na minha maneira de tocar bateria quanto na postura profissional.

 

Luiz Carlos (Magrão) 1º professor de bateria (1987)

Homenagem ao meu primeiro professor de bateria: Luiz Carlos, mais conhecido como Magro ou Magrão (aulas 1987). Um grande Amigo, Músico e Pessoa, que com sua esposa Ângela me incentivaram e deram a primeira oportunidade para entrar no mundo da Música.

Além de me ensinar a ética profissional nas suas práticas diárias ao longo dos anos dedicados a Música tocando em bandas de baile e artistas de Porto Alegre/RS, também me influenciou muito pela sua maneira de tocar, principalmente na “pressão” ao tocar o bumbo, pegada, swing, samba e funk incomparáveis.



 

Barel - 2º professor de bateria (1990)

Homenagem ao mestre e amigo Barel, meu 2º  professor de bateria, mas que deu o início ao meu estudo formal por meio da teoria musical, utilizações de paradiddle e rudimentos em geral, além de me apresentar os ritmos afro-cubanos e jazz.

 


Início dos trabalhos como músico em Florianópolis

 

No início de 2013 completei seis meses residindo em Florianópolis. Inicialmente vindo para tocar numa banda cover, agora vejo a possibilidade de seguir sozinho intensificando os trabalhos como músico free lancer e as aulas particulares de bateria. Começar de novo é sempre uma tarefa difícil e desafiadora. Tocando até dezembro de 2012 a média de oito shows por mês com a antiga banda, uma semana antes de iniciar 2013 vejo que na minha agenda de janeiro como free lancer haviam apenas três datas marcadas. Nesse momento deu um frio na barriga e comecei a pensar em todas as hipóteses que poderiam acontecer inclusive a possibilidade de voltar para Criciúma/SC ou Porto Alegre/RS.

Felizmente de uma hora pra outra o telefone e os contatos por internet começaram a “bombar” e rapidamente consigo fechar o meu primeiro mês como free lancer com treze datas em janeiro de 2013.

Agradeço nesse momento principalmente aqueles que me deram aquela força inicial para que tudo se encaminhasse da melhor maneira. Rossano, Rodrigo Lúcio e Wslley no meu 1º trabalho free lancer, Eluan por sempre oferecer trabalhos e divulgar meu nome, Rafael Calegari e Jean Carlos que me colocaram em tantos projetos de alto nível músical e profissional, Ariel Coelho e a Banda Coda por me darem visibilidade no cenário rock de Florianópolis.

Só me resta então agradecer e citar esses mais de 30 artistas e bandas que me chamaram dando seu voto de confiança e a oportunidade de conhecer novos trabalhos e músicos. 

Obrigado ao Rossano Cancelier (minha 1º gig free lancer - Rodrigo Lúcio, Aurélio, Wslley e Tie Pereira), Banda Coda ( Baba Junior, George Koerich, Rodrigo Broering Koerich, Celinho e Ariel Coelho), BRASS Groove Brasil (Jean Carlos, Cristiano Ferreira, Aurélio Martins, Fabio Melo, Carlão, Calegari, Braion Johnny), Dudu Fileti e banda (Mateus Schaffer, Fabinho Ferreira), Grupo Mania de Você de Torres/RS (Batista), KARIBU Trio (Max obrigado pela confiança nessa responsa), Banda O Grito, Gustavo Messina (minha 1º gig instrumental), Marcondes Ea Função, Janela Cultural (François Muleka, Gustavo Barreto, Buiu Modanezi, Léo Vieira, Marco Aurélio Oliveira Neto e Francis Pedemonte), Luiz Meira (Alexandre Damaria, Jorge Lacerda, Zé Catarina), Ernesto, Nunno, Deborah Blando, Renata Swoboda, Leko Pereira, Watchout Jazz (Victor Bub obrigado por tantas oportunidades), Eluan Silva (Viny), Adriano Trindade, Trio Instrumental (Carlos Schmidt), Marelua (Léo, Nilinho Adriano, Sandro Dido, Uiliam Pimenta e agradecimentos ao Neto Fernandes por tantas indicações), Joey Soul Trio (Herton Tancredo), Mania de você, Banda Yes Brasil (Henrique Trombim, Eduardo Trombim, Nany Zanelatto, Neto Nunes, Adroaldo De Brida, Bicudo, Jeff Serafim, Erasmo Carlos Pereira, Geaderson, Gilnei De Medeiros, Daniel Pereira, Toninho) Humatumotabum ( Neto Nunes e Rodrigo Campos Percussionista), Trio BBB (com os baixistas Thiago Bratti Schmidt e Rodrigo Lucio), Instrumental com Glauco Valença e Fidel Piñero, Eduardo Stormowski e banda, Trio instrumental com Wslley Risso e Trovão Rocha.

 

Brass Groove Brasil

 

Um dos maiores desafios que tive a honra de participar a partir do no início do ano, foi o convite para fazer parte da estreia do grupo Brass Groove Brasil. O projeto iniciou com um Tributo a música de New Orleans, tendo como convidados especiais o guitarrista e cantor de blues Cristiano Ferreira, Bruna Góes (The Voice Brasil), Carolina Zingler, Marina Coura (sapateado), e Mila Spigolon (lindy hop).

 

Na sequência o grupo ampliou seu trabalho com os projetos de música Funk Soul contando com as participações especiais de Nos Trink Crew (dança de rua), Gustavo Barreto e “Nego”, da Sociedade Soul.

Durante as apresentações começamos a perceber a necessidade de um trabalho autoral, então iniciamos o projeto para a gravação do  primeiro disco, sendo nosso primeiro tema a música "Série A".

Fan page:

 https://www.facebook.com/BrassGrooveBrasil

 

Gravações

Nesse ano também tive a oportunidade de gravar em mais alguns estúdios da cidade com os artistas Joe Papaya, banda O Grito e Renata Swoboda

 

Aulas de Bateria

Em 2013 iniciei uma parceria muito legal com o estúdio do guitarrista Hique no bairro Itacorubi em Florianópolis, onde leciono aulas particulares de bateria.

Também durante esse ano conheci o Márcio Bicaco, percussionista da Camerata de Florianópolis. Conversamos sobre meu interesse em pegar aulas com ele sobre leitura e esse encontro acabou rendendo também uma indicação para eu dar aulas de bateria na Case Escola de Música na Lagoa da Conceição. Dessa forma, vejo que quando nos mantemos abertos para aprender e ter contato com novos músicos, as portas acabam sempre se abrindo pra lugares que nem imaginamos.

 

Tributos

Recebi muitos convites para fazer eventos relacionados a Tributos. Aprendi muito a cada trabalho, pois estudar tão a fundo as músicas desses artistas e tocar com grandes músicos aqui da ilha, me proporcionou um crescimento profissional muito intenso. Nesse ano realizamos homenagens à: João Bosco, Trem de Minas (ambos com Rossano), Gilberto Gil (Dinho Stormowski), Dorival Caymmi e Gonzaguinha (com Denise de Castro),  Chico Buarque (Leandro Fortes), Abba, The Carpenters e 100 anos de Vinícius de Moraes (Maestro Zago e Rute Gleber). 

 

 

Trio BBB

Em 2013 resolvemos montar um grupo de estudo com uma formação de trio nada convencional: Baixo, Bateria e Baixo (não necessariamente nessa ordem). A partir das iniciais de cada instrumento acabamos nomeando como Trio BBB. A ideia surgiu a partir da iniciativa de me reunir com os amigos músicos Thiago Bratti (baixo) e Rodrigo Lúcio (baixo) e desenvolver temas justamente nos instrumentos conhecidos como a “cozinha da banda”, no qual o desafio seria buscar uma sonoridade diferenciada das formações convencionais.

Em poucos ensaios notamos o potencial para futuras apresentações com versões para músicas de artistas já consagrados no meio instrumental, como Billy Cobham e Pat Metheny ou versões instrumentais de músicas de João Bosco, Screaming Headless Torsos, entre outros.

 

 

 

Shows

Acompanhei também nesse ano artistas de destaque nacional, entre eles Dudu Fileti, participante do The Voice Brasil 2013, a cantora Deborah Blando em seu show de músicas Italianas e Luiz Meira, violonista do show acústico da Gal Costa e idealizador do FEMIC (Festival da Música e da Integração Catarinense);

Realizamos também um show muito legal no evento “Floripa Tem” acompanhando Renata Swoboda na abertura do show de Arnaldo Antunes.

 

Continuo como baterista oficial das bandas CODA (especializada nos repertórios de Deep Purple, Pink Floyd, Led Zeppelin e Black Sabbath) e DOWN THE SYSTEM (especial System Of A Down).

 

Nesse ano tive a honra de participar como baterista do evento "Janela Cultural", projeto que reuniu no mesmo palco, artistas representantes de vários grupos de diferentes vertentes e sonoridades de Florianópolis (Sociedade Soul, Karibu, Marelua, Caraudácia e Brass Groove Brasil).

 

Karibu Trio

Uma das bandas que mais me impressionaram ao chegar em Florianópolis foi a Karibu Trio. Identifiquei-me muito com a sonoridade do grupo que me cativou com a qualidade das suas músicas compostas por François Muleka envolvendo lindas melodias e arranjos diferenciados utilizando inclusive compassos alternados. Porém não imaginaria que alguns meses depois, seria requisitado para realizar um show com eles no SESC de Chapecó/SC devido à necessidade de auxiliar o baterista Max que estava se recuperando de uma lesão na mão. Embora as circunstâncias fossem por uma enfermidade, recebi o convite com imenso prazer e ciente da responsabilidade que teria nessa participação.

O show seria no sábado, porém no dia anterior eu tocaria em São Paulo com a cantora Deborah Blando. Acabei pedindo as passagens para retornar a Florianópolis ao invés de ir direto para Chapecó. Dessa forma encontraria o pessoal da Karibu para seguirmos viagens juntos. Devido a um mal entendido, a combinação dos horários de voos acabou não dando certo, fazendo com que eu chegasse praticamente no mesmo horário que eles estariam decolando. Quando descobrimos isso, foi uma correria para tentar solucionar. Porém devido ao mal tempo, os horários acabaram se alterando e inclusive quase não conseguimos embarcar com a Karibu para Chapecó, pois o voo que seria às 10 da manhã foi transferido várias vezes até que finalmente embarcássemos somente às16 horas. Tudo isso acabou tornando-se uma  grande aventura, pois chegamos em cima do horário da apresentação. Resumindo, no final deu tudo certo.

Publicação na Fan Page Oficial das motos Honda

Publicação das fotos de minhas viagens de moto na Fan Page Oficial da Honda no Brasil:

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.502184819859626.1073741835.325623624182414&type=1

 

Workshops, Workshows e Oficinas

Uma das situações mais gratificantes pra mim são os eventos relacionados a workshops ou workshows. É nesses eventos que acabo me dedicando de uma maneira diferenciada, pois lá encontrarei bateristas buscando aprimorar sua técnica ou mesmo levar algo inspirador para sua prática no instrumento.

Em 2013 realizei workshops de bateria nas cidades de Urussanga, organizado pelo amigo Felipe Mazzucco, o acampamento de bateristas (Acampadrums) na cidade de Blumenau organizado pelo amigo JP batera e um Workshow sobre Música e Motociclismo no Teatro do SESC em Criciúma

 

Acampadrums

 

Teatro do SESC Cricúma

 

Urussanga

 

Também fui convidado para acompanhar o cantor Ariel Coelho em seu Workshow sobre "Técnica Vocal Aplicada ao Rock". Ariel tem se destacado nesse segmento didático levando suas palestras para diversas cidades do país. O repertório me exigiu muito empenho, pois haviam músicas bem diferentes dos estilos que eu já havia tocado e com um nível técnico muito alto, como no exemplo da música Destiny da banda Galneryus com a levada de pedal duplo a 180 bpm's.

 

 

Mais uma vez realizei a parceria com o SESC levando apresentações de música nas escolas públicas dos município, dessa vez em Criciúma.

É um projeto que sempre dá excelente retorno para todos os envolvidos plantando uma sementinha da arte/música por onde passa.

 

Novo patrocínio

Ano que consolidamos os patrocínios como endorsee oficial das Baterias Odery, Baquetas C.ibañez, Drummer's Capas e recentemente a ótima notícia de final de ano com o início do patrocínio dos pratos Impression vindos da Turquia. Muito Obrigado a todos esses fabricantes que me dão esse voto de confiança e especialmente ao Victor Bub por me proporcionar essa nova parceria com a Impression. 

 

 


Data: 2014 Idade: 40 anos

Um ano de muitas conquistas e compromissos cada vez mais desafiadores nesta minha nova etapa retomando os trabalhos como baterista de profissão.

No terceiro ano de minha mudança de residência para Florianópolis/SC, percebo que o momento já é de começar a colher os frutos por ter mantido o foco no âmbito profissional, desde que aqui cheguei. Algumas escolhas tiveram de ser feitas este ano para que a quantidade de shows diminuíssem, mas a qualidade aumentasse, optando por recusar trabalhos que a curto prazo podem resolver algumas necessidades financeiras, mas  colocam você num patamar de cachês que acabam atrapalhando o mercado. Algumas portas podem se fechar, mas alguém precisa iniciar essa mudança de "maus hábitos."

Circuíto SESC de Música SC com Karibu Trio

O ano começou com a responsabilidade de realizar a turnê por todo o estado de Santa Catarina com a Karibu Trio no Circuito SESC de Música. Embora o motivo não fosse bom, pois o baterista Max estava se recuperando de uma lesão no pulso, fiquei muito feliz com a honra do convite. Desde a primeira vez que ouvi a banda, fiquei fascinado com o som e jamais imaginaria estar no palco com eles, principalmente neste circuito de shows que é a "menina dos olhos" de qualquer músico catarinense.

Foram duas etapas com 14 dias de apresentações. Uma em fevereiro e a outra em junho. Foi tudo muito tranquilo, organizado e o som flui de maneira bem aberta, pois os integrantes me deram total liberdade de reinventar os arranjos que até então eu havia me esmerado para tentar fazer o mais fiél possível. Realmente esse foi um dos pontos altos deste ano de muitas alegrias.

Registro de uma das músicas que mais admiro da Karibu Trio, chamada "Ado menino". Fiquei mais fan dela ainda, depois de descobrir que trata-se da história real de um menino de cinco anos de Palmeira/SC, que salvou um bebê ao entrar na casa e resgatá-lo durante um incêndio. Ao ser perguntado se não sentiu medo, ele respondeu que não, pois estava com sua roupa de Homem Aranha.

http://www1.folha.uol.com.br/agora/brasil/br1011200701.htm

 

Workshops e Workshows

Durante a tour da Karibu Trio pelo SESC, também foram realizados workshops com alguns integrantes do grupo. Minha apresentação sobre bateria aconteceu na cidade de São Bento do Sul.

Também realizei workshop de bateria no estúdio RF de Lages/SC, onde conheci o Rafael Floriani. Além de organizar o evento em seu estúdio, ofereceu uma hospitalidade que jamais esquecerei, iniciando uma nova e longa amizade.

Em março deste ano realizei também dois Workshows no Teatro do SESC Criciúma. Um com o grupo Humatumotabum e outro com o Trio BBB.

O workshow com o grupo Humatumotabum foi muito interessante, pois a quatro anos não nos encontravamos para ensaios e mais de dez anos não criávamos um novo tema. Na oportunidade nasceu a música "Reencontro". o evento também teve a participação especial de François Muleka, Marília Dutra, Anísio Fraga e Abinal Medeiros.

Registro da música Reencontro na passagem de som do evento.

O Trio BBB (baixo, batera e baixo) também marcou presença no SESC Criciúma, onde tivemos o prazer de realizar o workshow com um publico muito interessado em conversar sobre música.

Segue o vídeo da nossa participação no evento beneficente ReUnion Rock Solidário em Florianópolis/SC onde tocamos esse medley de temas de rock, criado especialmente para o evento.

 

Musicalização

Em novembro realizei uma série de Concertos Didáticos pelo SESC Jaraguá do Sul/SC, envolvendo dezesseis escolas públicas da região. É sempre um momento muito gratificante ter esse contato com crianças e ver suas reações diante da música vista como arte, diferente dos segmentos musicais que geralmente são apresentados à elas. A interação acontece de forma muito espontânea, independente do tamanho da escola ou da cidade, mas confesso que quanto mais no interior são as apresentações, mais fascinante se torna esse trabalho.

 

 

Brass Groove Brasil

Brass Groove Brasil foi um capítulo a parte em 2014, e por que não dizer em toda minha trajetória. Trata-se de um grupo instrumental que tenho muita honra de participar, pois conseguiu reunir músicos de grande qualidade musical, pessoas muito responsáveis e respeitadas em nosso meio.

O que mais nos surpreende neste trabalho é a aceitação do público, tanto em shows nos teatros, quanto em casas noturnas e concertos didáticos.

Neste ano foram várias conquistas. Realizamos nossa primeira viagem fora do estado de Santa Catarina ao nos classificarmos para a 16ª Mostra SESC Cariri de Culturas no Ceará;  Participamos do Jurerê Jazz Festival (SC), onde também subiram ao palco o baixista Avishai Cohen e o Trio Corrente, ganhador do Grammy Award e do Latin Grammy em 2014, ambos na categoria Melhor Álbum Latin Jazz.

Também apresentamos nos eventos FIESC 6 e meia, Circuito Cultural no Parque (Parque Ambiental Tractebel - SC) e fomos contemplados nos editais TAC 7:30 — com o espetáculo Brass Groove e Nos Trink Crew — e Música Didática no Cinema, ambos da Fundação Catarinense de Cultura.

No final do ano recebemos a notícia  que fomos selecionados para o Circuito SESC de Música, para percorrer no segundo semestre de 2015, 25 cidades do estado de Santa Catarina. Em 2014 realizei essa mesma turnê com a Karibu Trio, porém como baterista susbstituto. Agora como participante oficial, a felicidade é ainda maior, pois era algo que eu almejava muito quando via os grupos passarem pelo teatro do SESC em Criciúma.

Também nos últimos dias desse ano, recebemos o convite para participar de um Festival de Jazz muito importante que passará por Florianópolis no início de 2015, trazendo artistas consagrados do jazz mundial. Será o 1º Festival Internacional de Vinho e Jazz, e nos apresentaremos na mesma noite em que também sobem ao palco Alex Sipiagin e Hiske Oosterwijk;

 

Gravações

Realizamos a gravação de áudio e  vídeo do trabalho instrumental autoral do baixista Thiago Bratti. Participante também do Trio BBB, Thiago me apresentou duas músicas muito interessantes e que foram muito prazerosas de serem gravadas.

 

Tributos

Foi mais um ano que aprendi muito com novos repertórios de artistas para a realização de shows no segmento Tributos. Inclusive estou começando a ficar um especialista nestes trabalhos devido a prática que venho desenvolvendo para tirar e escrever repertórios tão extensos para esses shows. Em algumas semanas chegaram a aproximadamente 50 músicas a serem estudadas para os eventos.

Em 2014 aconteceram os seguintes tributos: Gilberto Gil (Dinho Stormowski), Deep Purple (Banda Coda), Mutantes (Dinho Stormowski e Gustavo Barreto), Rock Gaúcho (Ariel Coelho), Djavan (François Muleka) e  Rita Lee (Lorena Amaral de Belo Horizonte/MG).

Com a banda Down The System realizamos shows em Urussanga, Blumenau, São Bento do Sul, em Florianópolis na Célula Show Case e encerramento do show do Sepultura no 2º Floripa Metal;

Gostaria de destacar dois shows/tributos que aconteceram em 2014. Um deles foi com a banda Down The System que realizou o especial System Of A Down no Floripa Metal, na mesma noite do show do Sepultura. Foi um grande desafio, pois tocar depois deles em um festival de rock, torna-se uma tarefa nada fácil mesmo. Felizmente o público ficou para nos assistir e o show foi memorável. Segue um dos registros desse show.

Outro tributo importante foi o show com a Brazilian Pink Floyd no Teatro do CIC em Florianópolis/SC. A banda especializada em reproduzir com fidelidade as músicas do Pink Floyd, realizou um show baseado na turnê Pulse da banda inglesa.

Foi também um momento muito desafiador, pois a produção era da própria banda e contava com equipamentos diferenciados, entre eles o sistema Surround DTS 5.1 e luz computadorizada, sincronizando as imagens do telão, iluminação e efeitos sonoros. Felizmente ocorreu tudo perfeito, esgotando os ingressos uma semana antes do show. Possivelmente foi a maior produção que já participei em toda minha trajetória profissional.

Endorsee

Neste ano iniciamos as conversações para uma nova  parceria como endorsee da renomada  empresa norte americana de peles para bateria, Aquarian(EUA);

Link Endorses:

 http://aquariandrumheads.com.br/site/endorses/

Aulas

Continuo lecionando aulas particulares de bateria e nesse ano com as parcerias da escola CASE, Estúdio Pimenta do Reino e  Hique d'Avila.

Shows

A convite do trompetista e arranjador Jean Carlos, realizamos cerimoniais com a Royal Wedding Coral e Orquestra.

É sempre muito prazeroso fazer parte dos eventos que a Janela Cultural promove com os artistas locais, contando sempre com músicas de grade qualidade. Mais uma vez nos reunimos com o coletivo formado por representantes dos grupos Sociedade Soul, Karibu, Marelua, Caraudácia e eu como convidado especial representando a Brass Groove Brasil. Na oportunidade tivemos a honra de participar do evento em comemoração ao aniversário de 3 anos da Casa de Noca em Florianópolis/SC. Casa de eventos que é uma referência em boa música trazendo artistas locais e de todo o Brasil.

Show de abertura do projeto Misturada UDESC com o Trio BBB.

Também foi uma honra acompanhar em um evento na Casa de Noca, François Muleka e a incrível cantora, compositora  e instrumentista Ana Paula da Silva. Contamos também com a  participação especial do baixista argentino Marcos Archetti e da cantora Marissol Mwaba.  Foi uma noite de música da maior qualidade e uma grande responsabilidade em estar ao palco ao lados destes músicos excepcionais.

 

Neste ano recebi o convite para fazer parte da banda de apoio do Concerto ROCK III da Associação Coral de Florianópolis. Musical que apresenta clássicos de grandes bandas, entre elas, Queen, Led Zeppelin, Supertramp, AC/DC, entre outras. O resultado do trabalho ficou muito interessante e gerou alguns registros em vídeo.

Apresentação com Renata Swoboda na abertura do show de Arnaldo Antunes no evento Floripa Tem e na Maratona Cultural de Florianópolis na mesma noite e palco da cantora Tulipa Ruiz.

Durante o ano susbstitui algumas vezes o amigo baterista Victor Bub em apresentações do seu quarteto instrumental Watchout Jazz. Admiro muito a forma como o Victor toca. Em sua concepção na bateria, o improviso e a criação são fundamentais. A impressão que se tem é que ele não repete sequer, dois compassos com a mesma levada. O restante do grupo é formado pelos feras da boa música de floripa Trovão Rocha, Wslley Risso e Gian Tomasi, grandes amigos de outros trabalhos que fizemos por aqui também.

Como músico free lancer, nesse ano acompanhei também o artistas: Dudu Fileti(The Voice Brasil), Luiz Meira (no evento "Feijoada do Cacau"), Marelua Samba Rock, Marcondes e a Função, Leko Pereira, Yes Brasil, Adriano Trindade, Jajá de Souza, Banda Dezadoze, Banda Redneck Bone, Dextroy, Pepê Damerau, Idézio Silvestri, Joel & Janete, Guilherme Ribeiro (John Bala Jones), banda Nunno, Susana Steil e participação na banda de apoio de uma das noites do Festival da Canção de Timbó (FESCATI).

Participei também do Concerto Festa da Vindima, em São Joaquim, com direção musical do repespeitado Maestro catarinense, Luiz Gustavo Zago. Sempre uma uma honra tocar em seus trabalhos.

Motociclismo

Embora esteja sem moto já algum tempo (desde 2012), ainda continuo mantendo contato com companheiros motociclistas e principalmente aventureiros de longas viagens. Recentemente tive a honra de fazer uma participação no documentário Caminhos da América 3 do experinte motociclista e documentarista Vantuir Boppre. Nessa edição ele e mais dois companheiros percorreram o litoral brasileiro de ponta a ponta e em sua passagem por floripa, gravamos um trecho  falando sobre minhas aventuras em viagens pela América do Sul carregando uma mini bateria na bagagem. Vale muito a pena conferir todas as edições desse material.

 


Data: 2015 Idade: 41 anos

Foi um ano diferenciado. Resolvi fazer algumas escolhas e diminuir a quantidade de trabalhos, selecionando e buscando qualificar mais o nível profissional e questionando os valores dos cachês, a fim de tentar conscientizar os colegas sobre as condições mínimas de trabalho em nossa profissão. Acabei ficando também mais atento a destinar um tempo para cuidar da qualidade de vida, exercícios, lazer e vida social.

Foi interessante perceber que o mercado não reage muito a essa atitude sendo realizada apenas por um profissional, ou seja, não mudou praticamente nada relacionado a cachês, tempo de trabalho, enfim, as situações que envolvem o nosso ofício. Recusei alguns trabalhos, dei bronca no pessoal e vi que acabei muitas vezes passando por mau. Bom, ao menos tenho a esperança que alguma semente possa ter sido plantada. Achei muito interessante inclusive, que no final do ano, o grande músico Luiz Meira, no qual faço shows eventualmente também, promoveu um encontro para a discussão de assuntos relevantes a nossa classe. O Evento chama-se: “Debate - Realidade e Perspectivas da Classe Musical de Florianópolis” e tem a proposta de no início de 2016, iniciar o processo para a criação de uma Associação de Músicos de Florianópolis.

Outra particularidade que observei nessa experiência é que os projetos maiores acabam acontecendo durante os meses do meio do ano, pois na temporada de verão, os trabalhos ficam mais voltados as festas da alta temporada no litoral. Mais trabalho, porém em eventos menores e de menos remunerações.

Shows

Iniciamos o ano da melhor maneira possível, com grandes amigos e músicos da mais alta qualidade! O evento Dia de Brasil realizado na Casa de Noca , tem direção musical de Dinho Stormowsky(voz e violão), Wslley Risso(guitarra), Alexandre Damaria(percussão) e Edu Almeida(contarbaixo).

Com o Dinho, realizei também vários tributos muito legais na Casa de Noca em Florianópolis, como os especiais Gilberto Gil, Mutantes e Rita Lee, sempre com sucesso de público.

Como músico freelancer, fui chamado para trabalhos em diversos estilos com os artistas: Luiz Meira, Maestro Zago, Jimi santos, Pepê Damerau, Marcondes, Rafa Brasileiro, Yes Brasil, François Muleka canta Djavan, Marissol Mwaba, Renata Swoboda, Lorena Amaral, Nado Malicheski, Thiago Pires, Staguim 10 Big Band, Nelson Viana, Daniel Aloliver, Tributo Nacional, Mama Gourmet, Snakesun, Susana Steil, Joel Clasen e Tapehead.

Também tive a oportunidade de participar de uma noite de muita boa música, como convidado especial do trio de Guinha Ramires, Pedro Loch e Rodrigo Lúcio Trio.

Shows muito legais também aconteceram com o pessoal super competente e alto astral da Marelua Samba Rock.

Com a banda cover de System Of A Down(Down The System), tocamos pela primeira vez no Rio Grande do Sul na cidade de Torres/RS e fizemos shows muito legais em Santa Catarina nas cidades de Blumenau, São Bento do Sul, Urussanga, Içara, Araranguá e em Florianópolis no Metal Mecânica, para um público aproximado de 4.000 pessoas.

O projeto “Brazilian Pink Floyd” teve um ano de shows grandiosos e com sucesso absoluto de público nas cidades de Criciuma e Florianópolis.

Na oportunidade toquei com o maior kit de bateria que já havia montado até então.

 

No ano de 2015, tivemos a felicidade da vinda de David Gilmour pela primeira vez no Brasil e a honra do encontro de alguns integrantes da Brazilian pink Floyd, com os membros da banda dessa tour mundial, nos bastidores do show do dia 23/09/15 em Londres!

A Associação Coral Florianópolis, com cerca de 70 vozes, mais uma vez deu um show no seu Concerto Rock III no Teatro do CIC em Florianópolis. No vídeo alguns trechos do show no Teaser do evento.

 

Gravações

Iniciamos o ano gravando o projeto Blue Peter do compositor Guma, gravado no Estúdio Ouié/Tohosound. Também gravamos a música inicial do novo projeto do sambista e intérprete de samba-enredo da Escola de Samba Consulado, Thiago Pires, gravado no The Handmade Stúdio e que será concluído em 2016.

Concluímos o primeiro registro do trabalho Luz-A-zuL de Marissol Mwaba, cantora, instrumentista e compositora. CD cheio de experimentações e com composições muito legais.

 

Brass Groove Brasil

A Brass Groove Brasil, sem dúvida alguma foi um capitulo a parte em 2015, pois foi um ano de muitas conquistas para esse grupo que vem surpreendendo todos a cada momento.

Iniciamos o ano já com a notícia da seleção para uma tour no estado de Santa Catarina, pelo Circuito SESC de Música. Esse anúncio já nos deu uma espécie de termômetro, do quanto este ano seria intenso para o grupo.

E foi nessa pegada que o ano começou. Janeiro iniciou com Brass Groove Brasil sendo uma das atrações do 1º Festival Internacional de Vinho e Jazz em Florianópolis, subindo ao palco na mesma noite do trompetista Alex Sipiagin e a cantora Hiske Oosterwijk.

No mês seguinte fomos convidados para ser a banda base do Concurso de Marchinhas de Carnaval de Florianópolis e participar do 2ª Vindima de Altitude de Santa Catarina.

Um momento muito especial também, foram as apresentações em comemoração ao International Jazz Day, onde realizamos diversos pocket shows em mais de 10 locais de Florianópolis. Fizemos também um show memorável no Jurerê Open Shopping dentro da programação do Jurerê Jazz Festival, no qual participamos pelo segundo ano consecutivo.

Tivemos o prazer também de estar na seleção de grupos que representou Santa Catarina na 10ª Virada Cultural de São Paulo.

Sobre a turnê pelo Circuito SESC de Música. Simplesmente o sonho de qualquer músico e banda, passar por 25 cidades do estado de Santa Catarina, com uma logística impecável de som, transporte e hospedagem, tocando música instrumental para um público super-receptivo e uma remuneração justa. Inclusive em Criciúma, a cidade onde morei os últimos 8 anos antes de vir para Floripa, o público foi o maior de toda a turnê, colocando mais de 400 pessoas no Teatro Municipal da cidade. Tive muita sorte de ter realizado essa mesma tour no ano anterior a convite da Karibu Trio. Infelizmente foi por um motivo delicado, pois o baterista da banda estava com uma lesão no pulso, mas a experiência foi incrível.

Durante o Circuito SESC de Música, idealizamos um projeto ousado denominado “Estrada Criativa”, que tinha como principal desafio criar uma música em homenagem a cada cidade por onde passávamos, totalizando 26 composições em 30 dias de turnê. No início eu achei que seria impossível, pois pelo fato de já ter feito esse mesmo circuito, sabia da correria que era essa viagem por todo o estado. Porém,  projeto foi realizado com maestria e não deixou nenhuma cidade na mão sem sua devida homenagem, sendo que no último show ainda acrescentamos uma música em homenagem a equipe toda que nos acompanhou nesta maratona. Foi um trabalho muito produtivo para o grupo, pois esse processo de criação e o contato com um público que não imaginaríamos ter a oportunidade de conhecer, nos incentivou a aperfeiçoar os temas a cada novo dia.

Durante os shows também, vendemos muitas camisetas e um EP que produzimos especialmente para a turnê.

Segue umas das músicas criadas para o projeto e uma mostra do processo de criação.

Ao término dessa turnê, ficamos ansiosos em apresentar ao público de nossa cidade, o resultado dessa experiência tão intensa de composições. Para isso, elaboramos o show Estrada Criativa apresentado no Teatro Álvaro de Carvalho(TAC) em Florianópolis. Na ocasião, convidamos artistas de peso do cenário catarinense: Luiz Meira, Alegre Corrêa, Chico Martins, Nos Trink Crew e Gloire Eolnedi.

 

No início do ano, já havíamos planejado a gravação do 1º CD da Brass Groove Brasil e iniciamos a gravá-lo com nossos próprios recursos, porém nos inscrevemos também no edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, no qual o prêmio seria a gravação do CD. Ao verificar o resultado do edital, ficamos muito frustrados ao não ver nosso nome na lista, alcançando apenas uma vaga como suplente. Claro que nunca imaginávamos que haveria a possibilidade de algum dos premiados não apresentasse toda a documentação necessária, mas para nossa surpresa, isso aconteceu. Dessa forma, recebemos a notícia da conquista desse prêmio e conseguimos dar sequência a gravação do primeiro registro do nosso trabalho, que terá uma participação mais que especial da lenda do trombone mundial, Raul de Souza. Inclusive tive o privilégio de realizar um solo, na sequência de seu improviso na música “Partiu Partido”.

No mês de novembro, inscrevemos o CD no Prêmio da Música Catarinense, concorrendo na categoria Melhor Álbum Instrumental de 2015. No início ficamos bem receosos de entrar nesse espírito competitivo, mas aos poucos fomos assimilando a oportunidade, que poderia ser uma forma de divulgação do grupo e de certa forma, da música instrumental de Santa Catarina.

Felizmente o resultado foi muito positivo e mesmo com o alto nível dos participantes e amigos, pois na música instrumental a qualidade dos músicos é sempre muito evidente, conseguimos alcançar o prêmio de Melhor Álbum Instrumental do ano de 2015.

No final do ano, para festejar e brindar esse período de tantas conquistas, realizamos shows na Semana Gustavo Kuerten, uma tour pelos bairros de Florianópolis fazendo nossas versões para os clássicos natalinos e fomos convidados para realizar um show especial no famoso Réveillon da Beira Mar Norte de Florianópolis. Na ocasião convidamos intérpretes catarinenses para participações especiais, cantando clássicos da música brasileira.

 

Workshops, workshows, aulas e oficinas

Em 2015 realizei o workshop de bateria no Teatro do SESC de Criciúma, onde a participação do público é sempre muito interessante e as abordagens da apresentação ficam sempre muito produtivas. No meio do ano realizamos também um workshow com o Trio BBB (baixo, baixo e bateria) no teatro do SESC de Lages.

É sempre muito valiosa a experiência com as apresentações de música na escola, no qual venho desenvolvendo há muitos anos em parceria com algumas unidades do SESC de Santa Catarina. Neste ano, as cidades por onde passei foram Criciúma, Araranguá e Tijucas, contabilizando mais de 170 escolas e mais de 17.000 crianças que já assistiram essa apresentação.

Sobre as aulas particulares de bateria, meus parceiros que cederam seus espaços para as aulas, foram: Estúdio Pimenta do Reino, HD Music Studio, Estúdio Expedição, Biruta Arte Cultura e Café dos Artistas, além das aulas a domicilio.


Data: 2016 Idade: 42 anos 

Aulas de bateria

No ano de 2016, consegui me dedicar bastante as aulas particulares de bateria, ampliando os alunos e abrindo vagas em outros bairros em Florianópolis, além das aulas a domicílio. Os parceiros neste ano foram: HD Music Studio e o Diógenes Espaço Musical.

Concurso Fotográfico

Sou associado da ACIF (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis) e em um dos informativos por e-mail,  constatei o chamado para um Concurso Fotográfico, cujo o tema era: "Registre antes que desapareça", em comemoração aos 100 anos da entidade.

Rapidamente lembrei de uma foto que eu havia tirado logo que cheguei em Florianópolis, no ano de 2012 e imaginei que poderia ser um bom cenário para esse assunto. A questão é que minha foto foi registrada em uma máquina digital muito simples, uma das mais básicas e baratas na época, mas mesmo assim me empolguei com a ideia.  Vi que haviam duas modalidades: amadores e profissionais, então, sem dúvida alguma, me inscrevi na categoria dos amadores.

Escolhi o título: "Até quando" e coloquei a descrição: "Um olhar anônimo para um futuro incerto". Estava em dúvida entre duas poses semelhantes, então pedi a opnião do meu amigo e mega fotógrafo Eduardo Trauer. Escolhemos a foto e pedi para o meu vizinho Edilson, que era design gráfico, ajustar as medidas para o padrão do concurso. Ele não me cobrou nada, mas falei que se ganhasse, uma cerveja especial seria por minha conta. Segui então para a impressão do material e lembro que na época a grana estava curta para imprimir e que para dar mais uma desanimada, fui multado por estacionar em local errado, devido a mudança recente de algumas vagas que eram livres e que a poucos dias haviam sido transformadas em vagas para taxi. Pensei, agora mesmo é que vai ter que dar certo esse concurso.

Alguns meses depois, recebo a ligação do Trauer me parabenizando. Fiquei sem entender, pois havia esquecido pelo fato de não ter criado  muita expectativa levando em consideração que estava numa capital com artistas excelentes vindo de várias partes do país e do mundo morar aqui e com equipamentos de alta qualidade. Demorei um pouquinho a entender o que ele estava me parabenizando e quando caiu a ficha, foi algo surreal pra mim. Me senti uma pessoa que faz um "arroz carreteiro" em casa, que se inscreve num concurso do tipo Master Chefes e acaba ganhando um prêmio.

Minha foto ficou em 2º lugar na categoria amadores e além do prêmio artístico, houve uma remuneração em dinheiro. Como já não bastasse tudo isso, aí veio algo que me deixou muito estarrecido e pensativo. A ACIF ao entrar em contato, me dá a seguinte notícia: Nossas fotos vencedoras e alguns registros históricos dessa data  seriam colocados em uma "Cápsula do Tempo", para ser aberta no dia 13 de maio de 2115, no aniversário de 200 anos da ACIF. Por muitos dias eu fiquei pensando sobre isso. Confesso que me deu uma sensação muito estranha imaginar que daqui a 100 anos, de alguma forma meu nome será citado, lembrado e relacionado a um registro histórico desse lugar.

Pra se ter uma ideia da proporção dessa distância temporal, meu irmão comentou para eu deixar alguma declaração pros filhos dele estarem lá na data de abertura da cápsula. Porém, alertei ele que nessa data seu filho mais novo, hoje com 6 anos, teria 106 anos. Ou seja, temos que pensar em alguém que ainda não nasceu para se fazer presente no dia da abertura da "Cápsula do tempo". Resolvi então pedir uma declaração da ACIF garantindo que minha foto está nessa cápsula, plastifiquei e entreguei algumas cópias pros meus irmãos e sobrinhos. Espero que ese dia seja um momento muito especial para eles também.

http://www.acif.org.br/novidades/confira-os-vencedores-do-concurso-fotografico-registre-antes-que-desapareca

 

Workshops, workshows, aulas e oficinas

Houveram atividades como os workshops de bateria no Sesc de Criciúma e Araranguá, o Masterclass  na Escola de Música Diógenes Espaço Musical e pela primeira vez, realizei o Workshop de contrabaixo e bateria, com o baixista Rafael Calegari, companheiro de vários trabalhos desde quando morávamos no sul de SC. As apresentações foram nas cidades de Tubarão, Imbituba e Criciúma. Abordamos assuntos relacionados à interação entre contrabaixo e bateria e utilizamos vários exemplos por meio do repertório da Brass Groove Brasil, na qual somos integrantes desde o início do grupo. Rafael Calegari, foi uma pessoa muito importante em minha vinda para Florianópolis, pois me indicou para diversos trabalhos, onde iniciei o contato com diversos músicos e produtores, me dando um respaldo muito positivo para minha entrada no mercado de trabalho da capital catarinense.

Em mais um ano, realizei os Projetos de Música na Escola, envolvendo nessa etapa, as unidades do SESC de Criciúma, Araranguá e Tubarão/SC. O projeto dessas oficinas já percorreu mais de 200 escolas e cerca de 20.000 crianças e adolescentes, já assistiram as apresentações. O resultado é sempre muito produtivo e ainda penso em expandir essas apresentações para o todo o estado e por que não, pelo Brasil.

Gravações

Gravamos os discos dos artistas: Marcos César Tortato (Estúdio Expedição) e Thiago Pires (Estúdio Valve State), ambos em Florianópolis/SC.

No trabalho do Thiago Pires, resolvi fazer algumas experiências com afinações que não costumo usar. Optamos por tirar as peles de respostas dos tons e surdo, pra chegar a um som que lembra a sonoridade das bandas de Black Music dos anos 70. No meu caso, com uma forte influência da banda brasileira Black Rio, na qual, ouvi bastante e utilizei a sua versão de "Na baixa do sapateiro", na final do concurso Batuka em 1996, onde fui um dos finalistas, juntamente com Rafael Barata, Guilherme Santana, Frederico Valle e Flavio Teixeira.

Shows

O ano começou tradicionalmente no evento "Dia de Brasil" da Casa de Noca em florianópolis, no qual me encontro já por 4 anos seguidos no dia 1º de janeiro, com meus amigos e grandes músicos: Dinho Stormowsky, Alexandre Damaria, Edu Almeida e Wslley Risso. Nível altíssimo de boa música e amizade.

Como Freelancer em 2016, realizei trabalhos em diversos estilos musicais: Evento de comemoração do aniversário de Florianópolis com Luiz Meira,  Dinho Stormowski, Marelua, On Track, Luiz Meira e Sabarah, Marcondes & a Função, Marcelo Duani, Grupo Aroeira, Regi Barcelos, Surdina Jazz, Tributo aos Mutantes, Glaci Pacheco, Snakesun, Léo Vieira, Beto Vaccari, Möngrel, Trio de Jazz com Carlos Ribeiro e Bianca.

No carnaval de 2016, acabei batendo o meu recorde, tocando quatro shows no mesmo dia. Três deles  na tradicional "Feijoada do Cacau", acompanhando Nelson Viana, Luiz Meira e em especial, a cantora Sandra de Sá. Logo mais a noite, encontrei os amigos da Marelua, para finalizar esse dia incrível, com quase três horas de Samba Rock. Foi muito puxado, mas extremamente prazeroso. Contei com a ajuda do grande amigo Kleber, que deu uma assistência importantíssima na logística da batera, para que fosse possível concluir com êxito essa maratona.

Sandra de Sá

Sobre o show com a Sandra de Sá. Recebi o convite do Nelson Viana que ficou encarregado de montar uma banda de apoio para a apresentação de Sandra de Sá no evento "Feijoada do Cacau". Fiquei super feliz com o convite e apreensivo de como seria apresentado o repertório, com relação aos arranjos, partituras, ensaios e logística para o show.  

Para nossa surpresa, o contato foi muito simples. Enviaram apenas o nome das músicas e a tonalidade. Ficamos meio que sem ação, pois não havia muita comunicação e não indicaram qual versão fazer. Então sugeri que pesquisássemos algum material na internet, sobre vídeos de apresentações ao vivo, no qual percebêssemos o mesmo perfil de show que realizaríamos. E assim fizemos. Fizemos apenas um ensaio, pois o grupo foi bem responsável chegando pronto para passar o set list combinado. O repertório era de poucas, músicas com previsão de 30 minutos de show, mas percebemos arranjos interessantes nos vídeos que buscamos. A surpresa ainda maior foi ao descobrir que a Sandra de Sá, chegaria só no momento do show mesmo e não ensaiaríamos com ela. Seria tudo na hora, em cima do palco.

No dia do show, como havia comentado anteriormente, estaria acompanhando mais dois artistas nesse evento, e um deles em outro palco. Foi meio tenso, pois a programação tinha que acontecer dentro do previsto para realmente ficar tudo alinhado. Por volta das 15h me chamaram, pois ela havia chegado ao evento. Nos preparamos no palco e dentro de alguns minutos o produtor da Sandra de Sá nos entregou o set list escrito a mão. Em seguida, nos deu o OK pra iniciarmos com uma música livre de abertura, que não havia sido combinada até então.

Ela subiu ainda em nossa música de abertura, ficou ouvindo ao lado do palco e logo foi até o percussionista tocar junto com ele. Finalizada a música, ela entrou pra valer com aquele vigor e energia surpreendente. Iniciamos a 1ª música e seguimos no arranjo que imaginávamos ser o correto. Quando chegou aos últimos compassos, ela olhou pra trás e fez referência com as mãos dando a divisão justamente do mesmo arranjo que havíamos escolhido. Acabou redondo e ela olhou pra gente e disse ao microfone pro público: "Tá vendo, é isso aí. Por isso que eu sou fã do Romário. Treinar pra  quê, ensaiar pra quê? [...] a música acha a gente."

Foi uma sensação muito, muito boa. Ainda bem que registrei com uma câmera simples atrás da bateria, essa parte que acabei de comentar..

O show transcorreu dentro desse astral e finalizamos com aquele sentimento de dever comprido. O único porém, foi que até hoje, não conheço pessoalmente a Sandra de Sá. Da mesma forma que chegou, em meio a confusão dos fãs tentando se aproximar, saiu da mesma forma. Sem dúvida foi uma experiência incrível e se não fosse dessa forma, possivelmente não teria tanto assunto pra relatar aqui.

Outro fato inusitado foi uma ligação que recebi do produtor Nani Lobo, me perguntando se eu teria compromisso no próximo sábado, pois um cantor norte americano de Soul/R&B, chamado J. J. Jackson estaria vindo a Santa Catarina para uma apresentação e queriam ver minha disponibilidade para acompanhá-lo. Na hora gelei, por que seria uma oportunidade bem interessante de conhecer esse artista e sua música, porém eu já tinha um show agendado com minha banda cover do System Of A Down na cidade de Jaraguá do Sul nesse mesmo sábado. Seria um show cover que já estou bem acostumado a fazer, ou seja, não seria tão produtivo, quanto conhecer esse novo cantor. Ainda inconformado com essa situação, antes de dizer que estava ocupado, resolvi perguntar onde seria o show e em qual horário, pois imaginava que possivelmente seria em Florianópolis. Pra minha surpresa, o show seria a aproximadamente 50 km de Jaraguá do Sul, na cidade de Corupá e justamente no meio da tarde. Ainda perplexo, confirmei que poderia fazer o show, pois daria tempo inclusive de passar o som no início da noite e fazer o show mais tarde com a System Of A Down cover.

Realizamos em 2015, a gravação do Álbum "Luz Azul" da cantora, instrumentista e compositora, Marissol Mowaba. O show de lançamento aconteceu em 2016 no Teatro do SESC Prainha, em Florianópolis. Fiquei muito impressionado com seu talento e musicalidade, que podem ser comprovado já na primeira música do trabalho, que está disponível na internet. Nessa composição, embora pareça um efeito especial, na realidade ela esta cantando em real time, a letra da música ao contrário.

Projetos

Com a banda cover do System Of A Down (Down The System), estivemos em várias casas de Santa Catarina estreando o novo show homenageando o álbum "Toxicity" do SOAD. É muitíssimo prazeroso realizar este trabalho, pois conheci um público ímpar, como nunca havia presenciado.

 Com banda Coda, especializada em Rock Clássico dos anos 70,  além do repertório tradicional dos seus 17 anos de existência, nos dedicamos aos especiais: Deep Purple e Pink Floyd.

Sem dúvidas, o Brazilian Pink Floyd pode ser considerado uma das melhores bandas covers do Pink Floyd. A dedicação deste grupo em reproduzir com fidelidade os clássicos dessa banda lendária, impressiona a todos por onde passa. Neste ano estivemos na cidade de Criciúma/SC e em seguida, estreamos nosso maior espetáculo produzido até o momento. "The Wall" é o show que traz na íntegra, esse que é um dos álbuns mais marcantes da banda e da história do rock. A nova tour passou em 2016 pelas cidades de Jaraguá do Sul e Florianópolis, contando com uma grande estrutura que inclui o sistema de som quadrifônico, luz computadorizada e cenas do filme de mesmo título, num mega telão ao fundo do palco.

O projeto é formado por 10 musicos, mais equipe que consta com profissionais reconhecidos no país. Um deles inclusive trabalhou na equipe de iluminação do show do David Gilmour no Brasil. Este é o momento, no qual desfruto dos melhores equipamentos que já toquei. Qualidade nos mínimos detalhes e possibilidade de montar a bateria da melhor forma que desejo. Inclusive, em um dos espetáculos, utilizamos 17 microfones na bateria.

 

  

 

Abertura do Virgil Donati Trio

Aproximadamente no final de outubro, recebo a mensagem do Flávio Teixeira, amigo baterista que foi junto comigo um dos vencedores no Batuka, Concurso Nacional de Bateristas, realizado em São Paulo em 1996. O assunto era o convite para a abertura do show do lendário baterista Virgil Donati, em São José, ao lado de Florianópolis. Ele já havia me comentado há um tempo atrás, em outro evento que promoveu, sua vontade de colocar um músico local na abertura de um workshop ou show dos artistas internacionais que estavam passando por aqui. Porém, mesmo com essa possibilidade em vista, a ansiedade era de qual seria o tamanho do desafio.

Ao saber que seria o Virgil Donati Trio, a primeira coisa que me veio à cabeça, era dizer: É claro que não, vou fazer o que lá antes desse extraterrestre da bateria? Mas, aos poucos durante digitávamos as mensagens , fui avaliando o quanto seria importante participar de um evento nesse nível, afinal de contas, coisas assim não aparecem por acaso. Em 1997, os ganhadores do Batuka retornaram ao Concurso para realizar uma apresentação especial, justamente no mesmo dia do workshop do Virgil Donati, onde eu e o Flávio tocamos um duo de bateria. Vinte anos se passaram e acreditei também que seria algo muito inusitado e importante pra deixar de aceitar.

No início achei que seria uma abertura solo, mas no decorrer das conversas, o Flávio me avisou que o ideal seria nós fazermos um show de abertura em trio também e que os outros companheiros, seriam músicos aqui da região com um perfil bem parecido com o meu. Os convidados então foram o Mateus Schaffer na guitarra e o Moysés de Jesus no contrabaixo. Ambos músicos que começaram no baile, mas que no decorrer de sua trajetória acabaram desenvolvendo trabalhos interessantes, tanto em aulas, como em concursos ou mesmo em projetos acompanhando artistas, porém sem muitos trabalhos com um grupo específico de música instrumental.

Faltando cerca de um mês para a apresentação vimos que teríamos que correr contra o tempo, pois não havia nenhum tema próprio do grupo pra apresentar. Começamos as conversas e em uma das mensagens, o Moysés com um tom de voz assustado, nos relatou que  começou a sentir forte dores abdominais e precisaria fazer uma cirurgia em breve, não sendo possível estar recuperado até a data da apresentação. Não tendo outra solução, começamos a traçar um plano B e chegamos a conclusão que teríamos alguns baixistas excelentes em nossa região para convidar, mas o cara que teria o mesmo perfil do Moysa e nosso, seria o grande músico Edu Almeida.  Os poucos ensaios(3) fluiram de uma maneira muito produtiva, surpreendendo a todos pela escolha certa dos temas e o prazer em realizar este encontro.

No dia da apresentação, estávamos como músicos iniciantes se preparando para um abertura de show. Aguardamos muito tempo a passagem de som do Virgil Donati Trio e tivemos que subir rapidamente para montar nossas coisas. Nossa passagem foi de aproximadamente 15 minutos, pois o público já começava a entrar na casa. Para nossa surpresa e felicidade, a apresentação foi muito além de nossas expectativas, pois o que planejamos ocorreu da melhor forma e o som da minha Odery estava inacreditável. Temos ouvido até hoje uma boa repercussão desse dia. Pra nós foi um dia muito especial mesmo e felizmente conseguimos  registrar alguns momentos em vídeo.

 

Recebi o convite para a participação no evento "Orquestra de Baterias", realizado no largo da Catedral em Florianópolis, com mais de 230 bateristas tocando simultaneamente. Na ocasião, foi convidado para tocar a música "Aerials", do System Of A Down. A apresentação teve uma grande repercussão, tendo o registro em vídeo dessa música, sido compartilhada pelo próprio baterista do System of A Down em suas redes sociais.

 

 

Brass Groove Brasil

Com a Brass Groove Brasil, entre as várias atividades realizadas em 2016, destacam-se: a gravação do videoclipe “Ensaio ao Vivo” com a música É Ouro Meu”; o show "É Ouro Meu", realizado no TAC em Florianópolis e o prêmio pelo 2º lugar no Festival da Canção de Balneário Camboriú, com o mesmo tema.

No final do ano recebemos o nosso tão esperado 1º Álbum da banda, intitulado: "Sopro Brasileiro", que passou a ser distribuído também pela Tratore nas plataformas digitas: Itunes, Spotify, Deezer, Amazon, Google Play Music e Shazam. Em dezembro então, realizamos o show de lançamento no belíssimo cenário que é o bairro Santo Antônio de Lisboa, onde nos inspiramos para registrar várias imagens e entrevistas para a produção do documentário: "Brass Groove Brasil".

Tive o prazer de tocar pela primeira vez com a Camerata Florianópolis, onde a Brass Groove Brasil foi um dos convidados para o evento "Catarina Instrumental", realizado no Teatro do CIC. Essa foi uma das minhas poucas oportunidades até então, de tocar com uma orquestra e se adaptar a regência do maestro. O baterista na maioria das vezes acaba sinalizando e ditando o andamento das músicas e com a regência de outra pessoa, essa característica tem que de certa forma ser esquecida, para que a ideia do arranjo seja respeitada.  

Estava previsto para eu tocar todas as músicas da apresentação, acompanhando os demais convidados também. Nos ensaios iniciais, estava realmente muito preocupado, principalmente com a questão da leitura de novos temas que ainda não haviam sido apresentados ao grupo. Ensaiamos duas vezes sem a orquestra e ficou bem clara essa minha "intranquilidade". No ensaio final com praticamente 30 músicos, mais um tema novo para o grupo, mas nessa etapa já começava a me sentir um pouco mais confiante. Nesse dia, teve uma situação muito gratificante que me deixou extremamente feliz. Ao terminarmos um tema da Brass Groove Brasil com a Orquestra, o maestro inicia sua fala chamando a atenção sobre minha dinâmica ao tocar os temas, dizendo que pela primeira vez ouvia um baterista tocar com dinâmica dessa forma. Os músicos começaram a bater palmas e fiquei completamente sem ação, pois até então estava me sentido super inseguro com aquela situação nova, mas que a partir daquele momento, foi uma sensação de grande alívio perante tamanha responsabilidade.

Neste ano nos inscrevemos no badalado programa Super Star da TV Globo. Pra nossa surpresa recebemos o retorno pedindo para que cinco dias depois fossemos a Porto Alegre participar da audição que envolveria uma triagem dos estados do RS, SC e PR. As pressas cancelamos os compromissos de cada integrante, o que gerou alguns transtornos, mas que pensamos ser necessário para vislumbrar algo novo para o grupo.

Alugamos uma van e fomos para Porto Alegre numa sexta-feira com audição prevista para o sábado de manhã. Mal imaginávamos o que nos esperava ainda na sexta: Uma tempestade assustadora que gerou o caos na capital, tendo o local com mais danos justamente o bairro onde o grupo estava jantando, iria se hospedar e onde estava localizado o estúdio.

Sem luz e sem água durante toda a madrugada e dia seguinte, nos encaminhamos para a audição onde fomos informados que o estúdio tinha sido alagado e que tentariam arrumar um gerador para tentar concluir os trabalhos nesse dia. Após muita espera, fizemos nossa parte e com nenhuma surpresa, nas semanas seguintes recebemos o retorno que nosso perfil não era o que o programa necessitava. Sem nenhum problema recebemos essa notícia e ficamos felizes também pelos elogios.

Sonora Brasil

Em 2016 fui convidado para participar de uma Big Band, composta para o evento “Gafieira Solidária”, em prol de recursos para a manutenção da sede da banda União Josefense. O evento foi muito interessante e a produção musical belíssima. A banda possui cerca de 140 anos e faz um trabalho importante na comunidade de São José/SC, sendo formadora de diversos músicos da região.

Alguns meses depois, tive excelente notícia sobre a seleção da banda União Josefense para integrar o Projeto "Sonora Brasil" do SESC, maior circuito de música do país, envolvendo mais de 100 Shows pelo Brasil sobre o tema: "Bandas de música: formações e repertórios". Fiquei ainda mais feliz ao ser convidado para participar da turnê e ter a oportunidade de conhecer, sem exceção, todos os estados do país.

 


Data: 2017 Idade: 43 anos 

Shows

O ano começou tradicionalmente, em uma festa muito legal que realizamos a 3º anos consecutivo na Casa de Noca, na Lagoa da conceição, em Florianópolis. Mais uma vez reunimos esse time de grandes músicos e amigos pra fazer os clássicos da MPB no evento chamado "Dia de Brasil". É muito prazeroso encontrar no palco, Dinho Stormowsky(voz e violão), Alexandre Damaria(percussão), Edu Almeida(baixo) e Wslley Risso(guitarra).

Como músico freelancer, em 2017 realizei outros trabalhos com artistas e bandas de diversos estilos musicais: Marcelo Duani, Marcondes, Denise de Castro no tributo a Elis Regina, Banda Mõngrel, Stagiun 10, Marelua, Glaci Pacheco,  Jajá de Souza, Dudu Fileti, Bruna Góes, Nelson Vianna, Beto Vaccari, Ney Platt e Surdina Jazz.

Com mais regularidade, tivemos atividades semanais durante boa parte do ano, com a Banda On Track, em eventos no Costão do Santinho Resort, onde Dinho Stormowski(guitarra e voz) nos guiava por um repertório muito prazeroso de clássicos de rock e blues. Os companheiros de banda, Baba Jr. (baixo) e Luciano Bilu (guitarra), dispensam comentários pela qualidade como músicos e pessoas. Também fiz alguns eventos interessantes com o parceiro Thiago Bratti, que além de um excelente baixista, tem se dedicado a compor temas muito legais. Um dos eventos que participamos foi o Festival de Música da UFSC, onde um dos seus temas autorais foi selecionado para a apresentação.

Com a banda DOWN THE SYSTEM (cover do System Of A Down), fizemos shows memoráveis em várias cidades, destacando o evento na Célula Showcase em Florianópolis, onde conseguimos lotação máxima e fizemos um registro em vídeo, que consegue exemplificar bem a energia do público fan de System Of A Down.

Com a Banda Coda, especializada nos repertórios das bandas Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath,  realizamos um especial sobre o álbum Animals no Pink Floyd, que em 2017 completou 40 anos do seu lançamento. Os eventos foram um sucesso e numa das oportunidades, tivemos que marcar um segundo show na mesma casa (Célula Showcase), pois ficaram cerca de 150 pessoas sem conseguir entrar, após a lotação máxima.

Com o projeto Brazilian Pink Floyd da banda Coda, voltado e organizado para eventos maiores em Teatro, também tivemos lindos shows, dando continuidade a turnê The Wall, na qual apresentamos esse lendário álbum na íntegra. Além do Teatro da SCAR em Jaraguá do Sul/SC, onde já estivemos em outras oportunidade, esse ano ampliamos também para as cidades de Joinville/SC no Teatro da Liga e em Blumenau/SC no teatro Carlos Gomes.

Tentamos fazer mais um show na grande Florianópolis, na cidade de São José/SC, numa grande Casa de Shows onde não são realizados muitos eventos no segmento de rock. Infelizmente, em Florianópolis houveram diversos shows tributo a Pink Floyd durante o ano de 2017, porém com produções bem menores e que acabaram saturando a oferta para ouvir esse repertório. Após constatarmos que não seria a melhor data, mesmo com o show já agendado, chegamos ao comum acordo entre todos da produção, que adiar para outra oportunidade seria a melhor opção. Sem dúvida foi frustrante, mas acreditamos ter sido a melhor decisão.

 

Sonora Brasil

Ainda em 2016, recebi o convite da Banda União Josefense de São José/SC, para participar da turnê “Sonora Brasil” do SESC, maior circuito de música do país, na qual são previstos aproximadamente 104 shows por todos os estados do Brasil. Fiquei muito comovido com essa possibilidade, pois quando assistia aos espetáculos do Sonora Brasil passando pelo SESC Criciúma, mesmo sentindo aquela imensa vontade de estar envolvido com um projeto dessa magnitude, era inimaginável fazer parte desse circuito, que é o sonho de qualquer músico brasileiro, tanto pela experiência de conhecer todo o país tocando, quanto por toda qualidade logística que envolvem ações do SESC.

A banda que saiu em turnê, foi adaptada para uma formação de 12 pessoas, sendo 11 músicos e um 1 regente. O convite a partir do percussionista e maestro da Banda, Jean Gonçalves e do trompetista Jean Carlos, foi um desafio, pois mesmo sendo baterista, havia feito poucos trabalhos envolvendo a percussão de Banda de Música. Coincidentemente, meu companheiro de percussão no projeto, também se chama Jean Leiria e tivemos que nos adaptar a tocar pelo menos 3 instrumentos básicos, para 2 pessoas, sendo eles, bumbo, caixa e o par de pratos tocados com a mão. Nos primeiros ensaios, definimos então que o Jean tocaria caixa na maioria das músicas e eu faria o bumbo com as mãos e os pratos suspensos, adaptados a máquina de chimbal com o pé esquerdo. Em algumas músicas também fizemos um revezamento de instrumentos e usamos alguns instrumentos de percussão popular, como pandeiro e triângulo. Também aproveitei para levar um pedal de bumbo para adaptar uma um mini kit de bateria para utilização em 2 músicas do repertório.

O projeto é temático e envolve 4 grupos de diferentes estados: Santa Catarina, Amazonas, Goiás e Bahia, cada um contando parte da história das bandas. Nossa incumbência é tocar e falar sobre os Dobrados e Músicas de Procissão Religiosa.

Logo depois do convite formalizado, iniciaram os contatos com os responsáveis pelo projeto, aonde um representante do SESC Nacional veio do Rio de Janeiro especialmente para as reuniões burocráticas e definição de repertório. Então, a partir desse momento caiu a ficha de como seria complexo ficar fora de casa por tanto tempo, abandonando as agendas dos projetos que já participo em Santa Catarina e descartar novos convites para bons projetos que poderiam acontecer caso eu estivesse de forma permanente em Florianópolis. O tempo disponível para o Sonora Brasil, não se resume aos mais de 100 shows pelo país durante os 2 anos de turnê, mas também, os dias em que nos deslocamos em viagem entre as cidades. Confesso que colocando tudo na balança, cheguei a repensar sobre o convite, pois há alguns dias antes de assinar o contrato, uma proposta de amplitude internacional acabou aparecendo. Ao conversar bastante com o Maestro, resolvi por investir definitivamente nessa tour dos sonhos, pelo Brasil.

Iniciamos a turnê e o que facilitou muito a experiência, foi estar com amigos e companheiros de outros projetos, como da Brass Groove Brasil e conviver com novos amigos, que facilitaram muito a convivência pelos seus enormes sensos de responsabilidade, educação e uma ótima política para resolver os problemas que possam acontecer durante esse longo período juntos. Um agradecimento especial ao Maestro Jean Gonçalves, que literalmente com Maestria, consegue orquestrar todo esse povo e logística do projeto.

A primeira etapa envolveu as regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul, por 45 cidades dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, totalizando 47 shows em 75 dias, entre shows e deslocamentos da viagem.

Estreamos a turnê com o primeiro show em Campo Grande/MS. Lá realmente a ficha caiu ao conversarmos com pessoas do público local sobre nosso próximo show em Corumbá/MS, e nos recomendarem não deixar de passar em um quiosque na beira da estrada, já dentro da região do Pantanal, onde a Dona de uma lanchonete chama os jacarés que costumam estar no rio logo atrás ao estabelecimento. Imediatamente fiz as perguntas: Pantanal? Jacaré? E ela respondeu: "Sim, vocês vão pro Pantanal amanhã”. A partir deste momento, tive noção da grandiosidade dessa turnê, na qual realmente estaremos passando e conhecendo uma grande parte do nosso imenso país.

Registros de alguns dos lugares por onde passamos

Pantanal - Mato Grosso do Sul/MS

Pantanal - Mato Grosso do Sul/MS

Pantanal - Mato Grosso do Sul/MS

Pantanal - Mato Grosso do Sul/MS

Pantanal - Mato Grosso do Sul/MS

 

Paraty/RJ                                                       Santa Rosa/RS

Museu do Amanhã - Rio de Janeiro/RJ

AquaRio - Rio de Janeiro/RJ

Brasília/DF

Museu do Norte de Minas - Montes Claros/MG

Parque Ibirapuera - São Paulo/SP

Visita a histórica Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro/RJ

Bar do Museu Clube da Esquina, situado a poucos metros da famosa esquina de encontros dos músicos do Clube da Esquina - Belo Horizonte/MG

Neném - Baterista que já  tocou com praticamente todos os grandes artistas da Música Mineira

Visita de familiares em nossa passagem pela minha cidade natal, Canoas/RS

Visita de familiares em nossa passagem por Camaquã/RS

      

Kit utilizado na turnê e registro da quebra do bumbo durante um dos voos.

 

Aulas de bateria

Além das aulas particulares de bateria, lecionando a domicílio ou nas parcerias com a locação de salas no HD Music Studio e Estúdio Paulo Sol, em Florianópolis/SC, neste ano estendi  as aulas para uma nova possibilidade. O Colégio Dom Jaime de São José/SC, esteve em alguns shows do Brazilian Pink Floyd, através da participação especial de sua banda de música, formada por jovens alunos. A partir dali, tive contato com a escola por meio do Maestro João, do coordenador Paulo e da Diretora Juliana. Fiquei impressionado e maravilhado pela organização e forma como conduziram os alunos ao evento. Muita tranquilidade e  competência de toda a equipe mesmo. Em um desses contatos, conversamos sobre o novo projeto de uma Escola de Música que seria lançado em 2017, com o nome de Dom Musical. O prédio anexo ao Colégio, mais uma vez surpreendeu pela qualidade em todos os detalhes. Durante 2017, reservei um dia para lecionar nesse projeto, mas devido à turnê de 47 shows com a banda União Josefense por vários estados do país  pelo Sonora Brasil do SESC, precisei acionar um professor substituto para várias aulas. No final do ano, percebi que senão seria interessante para ambas as partes manter as atividades dessa forma em 2018, então conversamos para que no próximo ano minha indicação para professor substituto, o disciplinado aluno Bruno, assumisse definitivamente as aulas. Foi uma experiência muito legal conhecer a escola e não tenho dúvidas que continuaremos em contato sempre, como temos feito com frequência.

 

Workshow e Workshop

No final do ano anterior(2016), vi a informação pela internet que haveria um edital pela Fundação Catarinense de Cultura(FCC), para um projeto novo que aconteceria no próximo verão(2017), no Centro Integrado de Cultura(CIC), em Florianópolis. Resolvi fazer a inscrição para uma proposta de workshop de bateria. Foi o primeiro projeto que escrevi aqui na região e fiquei muito feliz e surpreso ao ser selecionado no edital para o  “Verão Cultural CIC 2017”.  Realizado no mês de fevereiro, foi muito interessante o público presente, pela diferença de vivência com o instrumento, sendo que em alguns casos, era o primeiro contato com a bateria.

Em outra ocasião, aproveitando que no ano anterior havia sido convidado a formar um trio com os parceiros Mateus Schaffer(guitarra) e Edu Almeida(baixo) especialmente para a abertura do show do Virgil Donati na Grande Florianópolis, nos sentimos muito empolgados em dar sequência as atividades, fazendo mais algumas em 2017. Levamos a proposta para o SESC de um workshow na cidade de Criciúma e foi muito prazeroso estar no palco com esses grandes músicos e poder tocar e conversar com o público sempre acolhedor dessa cidade que me acolheu por tanto tempo.

Um pouco antes de iniciar as viagens pelo país através do Projeto "Sonora Brasil", fiz uma divulgação das datas da turnê, me colocando a disposição para possíveis Master Class ou workshop pelas cidades por onde passaríamos. Algumas semanas depois, recebi a ligação das baterias Odery, que me patrocinam a mais de 15 anos, comunicando que a loja Estação da Música de Lages/SC, estava muito interessada no workshop. Acertamos a data e foi uma apresentação muito legal em um sábado à tarde, no próprio espaço da loja mesmo. Foi um pouco corrido em função dos compromissos da própria turnê, mas a interação com os bateristas da região foi muito produtiva e calorosa. Sem dúvida, criamos boas novas amizades por lá. Sempre preciso exaltar nessa cidade, a energia boa e dedicação em divulgar ou promover eventos para músicos, do grande amigo e baterista e Rafael Floriani, do Estúdio RF de Lages.

Gravação

Durante o ano, colocamos em prática a ideia de gravar o primeiro álbum do talentoso Cantor e Artista Plástico originário da República Democrática do Congo, Gloire Ilonde, que mora no Brasil desde 2011. Iniciamos o projeto com a arrecadação de doações pela plataforma Benfeitoria, onde muitas pessoas colaboraram e tornaram possível a realização das gravações com a produção da Brass Groove Brasil. O trabalho ficou lido demais e será lançado no primeiro semestre de 2018.

Brass Groove Brasil

Com a banda Brass Groove Brasil, participamos de diversos projetos neste ano. Iniciamos fazendo uma turnê pelo “Sesc Verão”, nas cidades de Itapema, Piçarras e São Francisco do Sul, tocando música instrumental na beira da praia.

Ainda no verão realizamos um show no Teatro Pedro Ivo em Florianópolis em conjunto com Gloire Ilonde + François Muleka e banda. No evento lançamos oficialmente o documentário sobre os 5 anos da Brass Groove Brasil, com uma versão de legenda em Inglês e outra em Italiano.

A proposta da versão de legenda em italiano, já foi com o objetivo de estruturar o material para uma turnê pela Europa no início do próximo ano(2018), que iniciaria pela Itália no festival de música brasileira chamado "Fiato Al Brasile", realizado na cidade de Faenza.

 

Recebemos o convite da Aliança Francesa para o evento “Fête de La Musique”, no qual ficamos responsáveis em montar um show repleto de convidados especiais. O repertório foi maravilhoso e instigante, onde músicos e convidados saíram eufóricos pela oportunidade de tocar tanta música boa numa única noite. Seguindo a ideia, demos segmento ao evento, agora organizado pela Brass Groove Brasil com o título “Multifônica”, onde vários amigos passaram no palco para participar cantado um repertório escolhido a dedo para mais uma noite especial.

Tivemos a honra também de receber o convite para uma participação especial no Concerto da Banda da Policia Militar de Santa Catarina, com o temática homenageando o Samba. Participamos também do  Projeto UFSC 12:30, tocando nosso repertório de músicas autorais no Campus da Universidade.

Outra experiência muito interessante em 2017 foi participarmos do Batucaçu – Orquestra de Baterias, realizado em Balneário Camboriú/SC. Vários bateristas levaram seus instrumentos para a Praça Almirante Tamandaré e tocaram o nosso tema autoral "Série A", juntamente com a banda que estava no palco do evento. Foi muito emocionante ver e sentir a energia de todas as baterias tocando nossa música.

Nesse ano participamos da programação do Festival de Música de Itajaí, em uma apresentação no Mercado Público da cidade, onde tive a grata surpresa de reencontrar a baterista Vera Figueiredo que veio prestigiar nosso show. Ao conversarmos sobre o Concurso Batuka, idealizado por ela, nos demos conta dos 21 anos da 1º edição, no qual fui um dos finalistas em 1996. Sem dúvida, foi um evento muito importante para todos nós e teve uma grande colaboração para o lançamento de jovens bateristas, em épocas ainda sem a internet.

Outro momento importante foi nossa apresentação na lendária casa de shows de Porto Alegre, Sgt Peppers, com mais de 30 anos de atividades, onde passaram grandes nomes regionais e nacionais pelo seu palco. Nesse dia, convidei vários amigos importantes que acompanharam toda minha trajetória na música. Foram no dia os amigos Roberto Santa Maria, Rubão, Jairo Borba, Sagui, Rogério e minha irmã Camila, mas o momento mais emocionante, foi poder pegar o microfone e fazer uma homenagem a duas pessoas que me deram as primeiras chances de trabalhar e viver de música. O Costinha, que até hoje toca trompete e mantém em atividade a banda Caravelle, meu primeiro grande trabalho profissional, onde aos 17 anos de idade, já segurava na bateria uma banda de baile estilo Big Band. Também, meu Mestre e primeiro professor de bateria, Luiz Carlos (Magrão). Nunca vou esquecer quando o Costinha foi me ver tocar no Bar Carinhoso em Porto Alegre, a pedido do Magrão, que queria mostrar um menino que já estava desde muito novo, na noite de Porto Alegre. No Caravelle, Costinha me chamava de "Netinho".

 

Odery Experience Day

Todos os eventos foram muito importantes esse ano, mas esse particularmente foi muito especial para mim.

Era um domingo o dia que fomos tocar com a Brass Groove Brasil no evento Batucaçu – Orquestra de Baterias Balneário Camboriú/SC, então resolvemos antecipar nossa ida pela manhã para aproveitar e fazer um som ao ar livre em praça pública e registrar o projeto que chamamos de #brassnarua. O clima estava ótimo, com as pessoas em volta da banda dando um retorno muito bom para a proposta. Num certo momento olhando para o público, levo um tremendo susto ao constatar que uma das pessoas que estava filmando era simplesmente o Mauricio Odery, um dos administradores dessa marca de bateria que me patrocina. Rimos muito desse encontro inusitado e o Maurício aproveitou pra fazer uma live diretamente na Fan Page da Odery.

Algumas semanas depois o Mauricio me liga dizendo que a Odery pretendia fazer um evento em Floripa chamado "Odery Experience Day", em uma série de apresentações pelo Brasil comemorando os 25 anos da marca, no qual gostaria que eu participasse, levando também a Brass Groove Brasil pra tocar comigo e alguns standards de jazz com o lendário baterista brasileiro, Carlos Bala. De imediato aceitamos o convite e fiquei incumbido de fazer o contato com o Bala para definir como seria o repertório.

Já havia conversado com Carlos Bala em duas oportunidades em workshops que realizou. Uma delas em Florianópolis mesmo, quando acabei sendo acionado pela empresa para emprestar meu instrumento pra ele, o que foi uma imensa honra, pois sempre fui seu fan. Sua sonoridade e maneira de tocar foram influências decisivas no meu início na bateria, principalmente quando ouvi o disco da banda High Life, que tinha ele como baterista e Nico Assunção no contrabaixo. Nesse dia que emprestei a bateria, me dei conta que realmente ele era uma influência muito forte na minha maneira de tocar, pois após montar a bateria dentro da minha configuração e afinação, ao chegar ao local ele praticamente só sentou no instrumento e saiu tocando, ajustando o mínimo possível, mesmo eu sendo bem mais alto que ele.

Ao fazermos o primeiro contato por telefone para a definição do repertório, acabei ampliando minha admiração pela sua simplicidade e generosidade. Ao explicar a possibilidade da Brass acompanha-lo em temas que ele poderia escolher, optou por me dizer que não gostaria de “dar trabalho para os meninos" e que ao invés dele escolher os standards, pegaria o CD da banda e escolheria dentro do nosso repertório, músicas para ele estudar e tocar conosco.

Marcamos o ensaio um dia antes do evento, que aconteceria dia 09/11/18. Ficamos muito ansiosos por esse momento, tanto pela sua presença, quanto por vê-lo tocando os temas da Brass Groove Brasil. Foi lindo demais ver que ele realmente tirou os arranjos de bateria que eu havia composto e estava preocupado me perguntando se estavam corretos, o que para mim foi surreal. Realmente um ser humano muito especial que nos deu de presente sua experiência, qualidade e além de tudo isso, gravou um depoimento  em vídeo muito importante sobre esse contato que teve com nosso grupo.

Alguns meses antes do "Odery Experience Day" houve um evento empresarial de música em Florianópolis chamado "Música SC", onde empresas de todo o país se reuniram para expor e realizar negócios dentro desse mercado. Também houve apresentações artísticas e a Odery forneceu uma bateria para ser usada em um dos palcos dos shows. Essa bateria foi a sensação da Feira, tanto pela sua beleza, quanto pela som indescritível. Inclusive, muito dos bateristas que tocaram nela, acabaram utilizando as fotos nos seus perfis ou capas de suas redes sociais. No final da Feira, tive a honra do pessoal da Odery me pedir para que eu ficasse responsável em levar para minha casa esse instrumento e cuidasse dela até o evento em comemoração aos 25 anos que aconteceria alguns meses depois.

Finalmente, se aproximando o evento da Odery em Florianópolis, comecei a ficar bastante ansioso e preocupado com a apresentação, pois como estávamos em turnê pelo Sonora Brasil, não havia tempo para praticar e me preparar para esse dia tão importante pra empresa, mas principalmente pra mim e para a Brass Groove Brasil. Felizmente tudo ocorreu da melhor forma possível, como o Teatro Álvaro de Carvalho lotado com bateristas de várias partes de SC, vindos muitos deles em ônibus fretados,  como foi o caso dos amigos vindos do sul de Santa Catarina. Agradecimentos especiais também ao Rafael Bastos e sua Escola de Música, que organizaram toda a logística do evento.

Sem dúvida foi um dos dias mais especiais de toda minha trajetória musical.

 


Data: 2018 Idade: 44 anos 

Aulas

Nesse ano os estúdios parceiros para as aulas particulares de bateria, foram La Madre e Paulo Sol, em Florianópolis/SC. Devido as viagens da turnê pelo projeto Sonora Brasil acabei dando menos ênfase a divulgação e novas parcerias.

Shows

Mais uma vez e pelo 4º ano consecutivo, abrimos o ano na Casa de Noca com o especial “Dia de Brasil”. Sempre um prazer gigantesco tocar com esse time comandado pelo Dinho Stormowski nos vocais e violão, Wslley na guitarra, Edu no baixo e Damaria na percussão. Muita qualidade envolvida nesse trabalho.

Como músico freelancer realizei alguns trabalhos com os  artistas: Marcelo Duani, Nelson Viana, Beto Vaccari, Bia Barros, Siri Na Lata, Ney Platt, Dudu Fileti, Leleco Lemos e Gustavo Messina, Cristiano Mendonça, Marelua e o Especial Natiruts, liderado pelo saxofonista Vito Lorenzoni.

Realizei também o Espetáculo “Do Pop ao Rock a vida é Bella”, com uma produção muito legal da cantora Isabella Fialho no Teatro do CIC, com direção musical do saxofonista Paulo Vinícius.  

Conheci esse ano o pessoal da banda Esengô e fui convidado para substituir o baterista da banda no Especial Alpha Blondy, Steel Pulse e Peter Tosh. Impressionante o domínio da linguagem de reggae dessa banda, que já serviu como banda de apoio para vários artistas internacionais do estilo, que passaram pelo Brasil.

Alguma das bandas na quais me apresento como membro efetivo, entre elas a Down The System (cover do System Of A Down) e a CODA (Especial Pink Floyd e Classic Rock dos Anos 70), passaram por grandes Casas de Shows em Santa Catarina. Com a banda On Track, pelo segundo ano consecutivo realizamos a temporada de shows semanais no consagrado Resort, Costão do Santinho.

Nesse ano, infelizmente meu grande amigo, o vocalista Ariel saiu da banda Coda e Brazilian Pink Floyd, nas quais já estava à quase 15 anos. Foi uma saída injusta e contra minha vontade, mas a decisão foi respeitada. Nos conhecemos a mais de 20 anos desde minha chegada no sul de Santa Catarina, onde alguns anos depois dividimos o palco na Banda Etc...& Tal. Ele foi uma das primeiras pessoas que me acolheram na minha chegada em Florianópolis e seu convite para entrar na banda Coda e Brazilian Pink Floyd foi o divisor de águas na minha trajetória aqui na capital Catarinense.

Um fato muito interessante aconteceu com a banda Down The System (cover do System Of A Down).  Tínhamos um show marcado em Florianópolis e uma semana antes da data, nosso baixista Bruno sofreu um acidente andando de Skate Longboard, inclusive ficando hospitalizado por alguns dias. Considero o repertório bem diferenciado, criativo e com muitas músicas, pois embora com 35 músicas no set list, não chegam a 2 horas de show. Ficamos extremamente preocupados, em primeiro lugar com o Bruno e em seguida em como solucionar essa situação em menos de 5 dias do show. Lembrei então do Saulo, um baixista que participou comigo da banda para do workshow do Ariel Coelho e que eu imaginei ser a pessoa certa para essa missão. Não é que o cara deu conta mesmo! Surpreendeu a todos e o show foi fantástico na Célula Showcase em Floripa.

Brass Groove Brasil

Com a Brass Groove Brasil, em 2019 acompanhamos o grande trompetista Altair Martins no 1º Festival de Trompetes do Vale do Itajaí, realizamos o Espetáculo “Divas Brasil” com a cantora Bia Barros no Teatro do CIC em Florianópolis/SC e fomos selecionados para apresentações na FIMS (Feira Internacional de Música do Sul) em Curitiba/PR. Lá encontramos vários produtores de festivais do Brasil e exterior e fizemos ótimos contatos, inclusive para ano seguinte nos apresentarmos com o cantor Gloire Ilonde no lendário festival Psicodália em Rio Negrinho.

 Ainda este ano tivemos a felicidade de conquistar o 1º lugar no Festival da Canção de Balneário Camboriú com a música “Sempre Mais, interpretada pela cantora Mércia Maruk e lançar o tão esperado álbum “Sambolê” do cantor  Gloire Ilonde, produzido pela Brass Groove Brasil e lotando o Teatro Álvaro de Carvalho em Florianópolis no dia do lançamento. Gloire Ilonde também foi o artista mais votado pelo público para participar da edição 2019 do Festival Psicodália.

Brass groove Brasil na Europa - Itália

No mês de fevereiro a Brass Groove Brasil realizou sua primeira turnê pela Europa, permanecendo por cerca de 20 dias na Itália e passando por importantes Casas de Shows do país, entre elas: Urbino Jazz club e Torino Jazz Club.

Tivemos momentos incríveis e de muita intensidade, pela convivência durante todo esse período, onde pudemos conhecer boa parte desse país rodando com um carro e uma mini van para dar conta do transporte das 10 pessoas, mais bagagens. Fiquei responsável por locar e dirigir a mini van e como adoro estrada, foi uma das partes mais fascinantes dessa viagem.

Iniciamos a tour desembarcando em Bolonha e no dia seguinte indo para a cidade de Riolo Terme, vizinha da cidade de Faenza, onde seríamos uma das apresentações no Festival  Fiato al Brasile. Durante o planejamento da viagem, acabei assumindo parte da organização das hospedagens também. Foi muito desafiador, pois nunca havia feito reservas pelo airbnb e pelo fato de precisarmos hospedagens em outro país, acabou ficando um pouco mais complicado pra mim. Felizmente a proprietária de nossa primeira hospedagem foi muito gentil e me ajudou bastante na conclusão da contratação.

A primeira casa que ficamos era fascinante. Muito grande e ao lado de vinhedos numa cidade do interior chamada Riolo Terme. O grupo teve que se revezar em tudo, principalmente nos afazeres domésticos e na cozinha, mas foi muito especial esse convívio para nosso grupo.

Alguns dias depois partimos pra cidade de Urbino, para tocarmos no Urbino Jazz Club. Uma cidade medieval impressionante, que não aparece muito nos roteiros turísticos tradicionais, mas merece boas lembranças. O show lá foi incrível e contou com a participação do anfitrião e excelente saxofonista Massimo Valentini, que também é o responsável pelo espaço. Nesse dia tivemos a visita de dois músicos brasileiros que moram na Itália:  Gledison Zabote - saxofone (Torino), Tati Valle - cantora (Bologna).

No dia seguinte fomos para Faenza participar do “Fiato al Brasile” em uma apresentação linda no Museo Internazionale delle Ceramiche in Faenza. Mais tarde, fomos convidados para um jantar na casa de uma família italiana onde todos levavam sua contribuição com comidas e bebidas. Nossa contribuição inusitada e voluntária, fui pegar os instrumentos e realizar um mini carnaval a moda brasileira, que para eles foi algo inimaginável e muito divertido para todos.

Nosso próximo destino foi conhecer Florença, onde seguimos com a intenção de apenas realizarmos turismo por lá. O caminho até lá foi uma grande aventura, pois resolvemos ir por um trajeto que indicava 2h de viagem por cerca de 90 km, ao contrário de outro caminho mais indicado pelo gps, que percorreria mais quilometragem na mesma quantidade de tempo. A resposta do porquê desta diferença fomos descobrindo durante o roteiro.

Em menos de 1 hora de viagem começamos a subir numa região de montanhas e o gelo começa a parecer ao lado da estrada, até que alguns minutos depois começa a cair a neve. Resolvemos então voltar, pois não estávamos ainda com as correntes instaladas nas rodas dos carros. Como era segunda-feira de carnaval, resolvemos então parar e na beira da estrada fazer um vídeo tocando algumas músicas de carnaval. O vídeo ficou muito divertido e bombou na internet, inclusive passando telejornal mais assistido de Florianópolis.

Nosso próximo destino era em Torino, onde realizamos um show no Torino Jazz Club e algumas intervenções musicais nas praças da cidade. Mais uma vez ficamos numa casa bem ampla contratada pelo airbnb, com um espaço muito agradável e fora do centro da cidade, onde tivemos momentos muito especiais para o grupo.

Ainda hospedados em Torino, fizemos um show na entidade AGAMUS da cidade de Grugliasco e alguns dias depois realizamos um show na Suoneria Settimo, na cidade de Setimo Torinense. No último final de semana na Itália, ficamos na cidade de Bolonha, já nos preparando para o retorno ao Brasil na segunda-feira. Em Bolonha  voltamos a encontrar a cantora Tati Valle, que nos apresentou um grupo de italianos que fazem música brasileira na cidade.

Iniciando o caminho de volta para casa, tivemos um pequeno transtorno em função de uma nevasca muito forte para época, que paralisou vários aeroportos e estradas da Europa. Tivemos um atraso considerável de pelo menos 12h, mas felizmente tudo resolvido da melhor forma. Eu havia comprado ingressos pro show do Phil Collins em Porto Alegre e por pouco não perdi o show. Em função dos atrasos dos voos, ainda em São paulo consegui encaminhar minha passagem direto para Porto Alegre, ao invés de ir para Florianópolis primeiro e seguir de carro para o show em Porto Alegre.

Gravações

No início da década de 1990, tive a experiência de usar sons eletrônicos através de sensores na bateria acústica da banda de baile Caravelle em Porto Alegre/RS. Na época foi algo muito inovador e muitas bandas de baile seguiram fazendo isso, porém depois de 2 anos usando esses equipamentos, que na época eram bem limitados, acabei me afastando e tendo uma certa repulsa aos sons eletrônicos. Agora em 2018, resolvi retomar o contato com o mundo das baterias eletrônicas.

Nesse acabei conhecendo a bateria eletrônica X-pró Percussion trazidas pelas baquetas C.Ibañez, na qual fiquei muito impressionado pelo seu custo benefício. Adquiri o modelo ED 10 e foi extremamente útil para eu poder praticar em casa. Inclusive, acabei fazendo uma série de vídeos falando sobre alguns recursos desse equipamento.

Na realidade, essa história de bateria eletrônica começa um pouco antes com o contato do guitarrista Eduardo Fernandez, que me procurou para que eu gravasse algumas músicas de sua autoria. No começo ele faria questão que eu gravasse em sua bateria eletrônica, porém eu fui muito incisivo dizendo que gravaria apenas se fosse com bateria acústica. Depois de muita negociação, ele topa gravar com bateria acústica, mas insiste para que eu vá pelo menos conhecer sua bateria eletrônica. Embora incrédulo, fui visita-lo para conhecer o equipamento. Chegando lá, levei um choque de realidade com relação ao que se avançou tecnologicamente as baterias eletrônicas e sampler. Fiquei tão impressionado com os equipamentos, que mudei minha decisão de gravar as baterias acústicas no seu disco, optando por seguir seu pedido inicial para gravar com a bateria eletrônica. Em seguida comecei um processo de começar a  adquirir os equipamentos semelhantes aos que ele tinha. Com essa nova aquisição, acabou abrindo uma possibilidade muito interessante que me fez elaborar um novo projeto de trabalho com gravações de bateria on-line. Percebi que seria uma ótima opção para eu poder trabalhar em casa com mais independência e flexibilidade de horários e assim, comecei a me preparar para o lançamento do site do projeto: Gravação de Bateria On-line www.gravacoesdebateriaonline.com.br , que será lançado em 2019.

Momentos Especiais

Durante o 2º Seminário de Improvisação Musical Brasileira, realizado de 2 a 5 de maio no CIC em Florianópolis, tive a felicidade de participar da Oficina “Musica Universal” de Itiberê Zwarg (consagrado baixista de Hermeto Pascoal). Sem dúvida foi um dos momentos de maior aprendizado em minha trajetória musical, pois o contato com esse grande artista é algo que nos transforma como músicos. Durante os 3 dias, com cerca de 3 horas diárias de oficina, criamos um tema partindo do zero. Foi muito desafiador, pois ele olhava pra você e propunha levadas ou divisões muito inusitadas, no qual muitas delas precisei me dedicar em casa para concluir os pedidos rítmicos dele.

 O evento culminou em uma apresentação dos alunos no teatro do SESC Prainha em Florianópolis. Também tive a honra de ser um dos alunos selecionados para participar de uma parte do show onde uma música que seria criada no palco e com o Itiberê no contrabaixo.

Bateras do Sul

No final desse ano recebi um convite que me deixou muito emocionado. Seria uma homenagem na 2ª edição do evento Bateras do Sul, com o “Prêmio Referências”, que seria realizado em fevereiro de 2019 na cidade de Canela, Serra Gaúcha. O que me deixou ainda mais honrado foi o fato dessa homenagem vir dos meus colegas de profissão e instrumento. Além disso, me surpreendeu também pelo fato da maioria dos organizadores serem do Rio Grande do Sul, onde eu nasci, mas que desde 1996 havia saído de lá e vindo morar em Santa Catarina, perdendo a proximidade com os contatos de lá.

Sonora Brasil

Durante os anos de 2017 e 2018, estive em turnê com a Banda União Josefense, realizando mais de 90 shows por todo o país, no Projeto” Sonora Brasil” do SESC, maior circuito de música do Brasil.

Seja como músico ou motociclista, estar na estrada sempre foi um sonho, que por mais que pareça ser condizente com esses segmentos, nem sempre as circunstâncias conspiraram a favor. Porém, nos últimos anos, tive a felicidade de poder viver algo que foi além do planejado. Conhecer o país inteiro, ou ao menos todos os Estados em uma única turnê, foi simplesmente incrível. Dessa forma, tenho muito a agradecer ao convite da Banda União Josefense, que hoje no Dia do Músico completa seus 142 anos, pela oportunidade de participar do Sonora Brasil, o maior projeto de circulação musical do país, no qual tive como companheiros os amigos: Jean Gonçalves, Jean Carlos, Jean Leiria, BigJohn Tuba, Gabriel Guimarães, Artur Fernandes, Joao Paulo Trierweiller, Ney Platt, Rui Gilvano da Silva, Braion Johnny, Vinícius Inácio Nery, Carlos Schmidt e Fábio Mello.

 Mesmo levando dois anos para completar a tour, o tempo de estadia em cada cidade era breve e apesar do nosso esforço em tentar ao menos conhecer um pouco de cada local, a sensação é de sempre não ter visto o suficiente, deixando muita coisa para trás.

 Nesse período, vimos muitos lugares que dispensam qualquer filtro ou edição nos registros fotográficos, mas também vimos em plenas capitais, muito esgoto a céu aberto, o que nos deixava intrigados pela não reação do povo àquela situação. A resposta, porém, é simples: muitas dessas pessoas desconhecem outra realidade, pois sempre foi assim, ou quem sabe, ainda pior.

 Tivemos plateias de 5 pessoas, mas também teatros lotados com um público emocionado recordando momentos de suas vidas, onde uma apresentação de música ao vivo e de forma acústica era o acontecimento do ano na cidade. Vi uma mãe transportando 2 crianças sem capacetes em uma moto em plena rodovia federal, mas também vi mães que levaram seus filhos ao show para que pudessem ter contato pela primeira vez com alguns dos instrumentos que levamos para as apresentações, em vez de escutarem pela internet no limitado alto falante do seu telefone. Por outro lado, não pudemos visitar locais públicos interessantes e prédios históricos, muitos deles interditados em virtude da degradação e descaso pelo patrimônio.

 É difícil fazer uma síntese sobre viajar por todo o Brasil em tão pouco tempo, mesmo assim, não me saem da mente alguns momentos que os registros materiais nunca conseguem descrever. Entre eles: em Salvador/BA, assistir à transmissão do jogo do Brasil no Pelourinho e tocar uma música no ensaio da Orkestra Rumpilezz; entrar no meio da percussão e tocar em pleno ensaio do Bumba meu Boi Caprichoso em Parintins e navegar na Amazônia no encontro das águas do Rio Negro e Solimões; ouvir em São Luiz do Maranhão o Tambor de Crioula, uma roda de choro com Zé da Velha no Rio de Janeiro e o João do Pife tocando em sua oficina de instrumentos em Caruaru/PE; se dar conta mediante uma placa que acabara de entrar no Pantanal Mato-Grossense ou que aquela esquina ali à frente, em Belo Horizonte/MG, é o local do Clube da Esquina, mesmo!

 Bom, comer Castanha do Pará em Belém do Pará, andar de charrete pelas ruas de Paraty, confirmar que o Acre realmente existe e é bem legal, começaria a abrir precedentes para tentar descrever muito mais do que é possível em apenas uma postagem, então, melhor deixar guardado para quem sabe um registro mais formal daqui um tempo, não?

 Antes da viagem, muitos mitos e recomendações de cuidados nos assustavam, mas felizmente não fomos assaltados, não pegamos dengue, malária, febre amarela, intoxicações graves, nem nos acidentamos no trânsito ou em algum dos mais de 70 voos que fizemos para as quase 100 apresentações do Projeto.

 O que vimos foi um Brasil de contrastes: hora entendemos ser rico, hora falamos que é pobre; com pessoas simples, em sua maioria, mas com sua verdadeira riqueza, o sorriso no rosto e a esperança de um futuro melhor.

 


Data: 2019 Idade: 45 anos 

 

Prêmio

Iniciando o ano tive a felicidade de receber o Prêmio "Referências". Uma homenagem concedida no evento Bateras do Sul, pelos serviços prestados a bateria no sul do país.

Sem dúvida nenhuma, foi uma das experiências mais gratificantes de toda minha trajetória musical.  Já havia me emocionado muito quando fui comunicado pelos bateras da pesada: Rhudi Espindola e Cândido Junior, sobre a homenagem que aconteceria na 2ª edição do Bateras do Sul, com o “Prêmio Referências”, mas fiquei ainda mais comovido durante todo o evento quando começou a cair a ficha dos vários detalhes que estão inseridos no contexto desse momento. A pessoa escolhida para me entregar o prêmio foi o grande batera Sagui. Um amigão há mais de 30 anos, que com sua fala extremante motivadora me fez dar conta que, mesmo quando estamos fazendo o esforço solitário de buscar conhecimento e realizar nossos trabalhos procurando melhorar à cada etapa, essa energia quando positiva pode reverberar e contribuir de alguma forma para nosso meio artístico e profissional.

O evento possibilitou ainda o contato direto com pessoas que demonstraram algo muito verdadeiro e especial e que embora eu tenha deixado minha terra natal em 1996 (Rio Grande do Sul), muitos continuaram acompanhando minhas atividades. Para finalizar, creio que o fato mais importante de toda essa vivência foi ter recebido esta homenagem de colegas de profissão, sendo ainda mais significativo serem eles meus pares nesse instrumento que me proporcionou, desde sempre, uma forma de manifestar e expressar a arte da Música.

Obrigado à organização pelo evento impressionante que presenciei, aos palestrantes pelo aprendizado e a todos os participantes por me proporcionarem uma felicidade que levarei para o resto da vida.

 

Duda Neves

Há praticamente 30 anos, em 1990, pela primeira vez fui assistir a um workshop de bateria. O ministrante era Duda Neves, que na ocasião autografou um cartaz que guardo com carinho até hoje, pois foi um momento muito especial em minha trajetória. Esse ano, no evento “Bateras do Sul”, sabendo que iria reencontrá-lo, aproveitei para mostrar pessoalmente o registro e acabei ganhando uma nova dedicatória em outro cartaz semelhante, que por coincidência o pessoal das Baquetas C.ibañez havia guardado na fábrica e trouxeram alguns para entregar ao Duda Neves no dia do evento.

Outro fato interessante aconteceu 1993, quando fui pela primeira vez à São Paulo e aproveitei pra ir conhecer sua Escola de Bateria. Havia marcado no início tarde, mas como estava de ônibus e com medo de me perder, acabei me antecipando e chegando um pouco antes do meio-dia. Acredito que ele percebendo minha alegria e pelo fato de eu estar vindo de tão longe, acabou me convidando pra almoçar na sua casa com sua família. Imaginem meu deslumbramento com toda aquela situação!

Duda Neves, obrigado por toda atenção e generosidade desde sempre e por toda sua contribuição para a música e a bateria nesse país.

 

Aulas de bateria

Em 2019, iniciei uma parceria muito legal com a APP do Colégio Catarinense de Florianópolis, para ministrar aulas de bateria em suas instalações. Dessa forma consegui concentrar as aulas em apenas um dia da semana, melhorando muito a otimização da minha agenda da semana.

Gravações

Neste ano aconteceu o lançamento do meu novo projeto de gravações de bateria on-line, no qual vinha me preparando há praticamente um ano, entre comprar os equipamentos e estudar as tecnologias disponíveis para esse segmento. A ideia surgiu com a insistência do amigo guitarrista e compositor Eduardo Fernandez, que entrou em contato para que eu gravasse suas músicas utilizando uma bateria eletrônica. De cara já descartei essa hipótese alegando que seria desnecessário ele contratar um baterista, ao invés de simplesmente programar as trilhas.

Depois de vários meses de negociação, o Eduardo topou gravar a bateria acústica em estúdio, mas pediu que pelo menos eu fosse em seu Home Studio conhecer seu sistema de bateria eletrônica com samplers. Chegando lá, fiquei estarrecido com tudo que me apresentou, tanto pela qualidade, quanto pelas inúmeras possibilidades que teríamos com o equipamento. Depois de definitivamente convencido, iniciamos as gravações do trabalho com o seu sistema e também, comecei a adquirir todos os equipamentos semelhantes aos dele.

Devo muito ao Eduardo pela sua generosidade, me assessorando nas aquisições e aprendizados nesse período muito instigante de descobertas dessas tecnologias.  A partir dali, comecei a ver a real possibilidade de começar a gravar de forma diferenciada na minha própria casa. Também preciso agradecer demais ao incentivo da Lenira, que desde as primeiras conversas percebeu o potencial dessa nova proposta de trabalho. Na sequência, também tive a colaboração e competência do Cadu, para a produção dos sites:

 www.gravacaodebateriaonline.com.br   e www.gravacaodebateria.com.br

Gostaria de destacar nesse período inicial de gravações, além do trabalho do álbum do Eduardo Fernandez, o single do também guitarrista e compositor George Koerich, que será lançado em 2020. Outros serviços de grande repercussão foram as gravações com a Camerata Florianópolis para uma matéria da NSC TV, filiada da rede Globo em Santa Catarina, na qual tocamos as principais vinhetas dos 40 anos do Jornal do Almoço de Santa Catarina.

Também com a Camerata Florianópolis, utilizei o sistema para a gravação de um vídeo que foi amplamente divulgado na Campanha de final de ano da emissora.

 

Shows

Nesse ano realizei shows com: banda Down The System (cover do System Of A Down) em diversas Casas de Santa Catarina; pelo terceiro ano consecutivo a Banda On Track realizou a temporada de shows semanais no consagrado Resort Costão do Santinho, divindo o palco com os grandes amigos e músico da pesada: Luciano Bilu (guitarra), Baba Jr (baixo) e Dinho Stormowski (Guitarra e voz); como músico free lancer acompanhhei também: Dudu Fileti, Stagium 10, Edith Goindin e Beto Vaccari.

 

Shows importantes

Durante este ano, aconteceu a votação popular para a indicação de artistas para tocarem no palco do lendário festival “Psicodália”, que iniciou em 2001 com um projeto piloto no Rio de Janeiro e que nas suas últimas edições vinha sendo realizado durante o período de carnaval em um sítio, na cidade de Rio Negrinho/SC.

Alguns artistas que já passam pelo evento: Ian Anderson tocando o melhor do Jethro Tull, John Kay e Steppenwolf, Moraes Moreira, Alceu Valença, Arnaldo Batista, Baby do Brasil, Os Mutantes, Elza Soares, Tom Zé, Paulinho Boca, Naná Vasconcelos, Nação Zumbi, Made in Brazil, Patrulha do Espaço, Sérgio Dias, Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia, Sá e Guarabyra, Ave Sangria, Jards Macalé, Traditional Jazz Band, Blindagem, A Bolha, Módulo 1000, Pedra Branca, Wander Wildner, Hermeto Pascoal, O Terço, Orquestra Contemporânea de Olinda, O Terço, Bixo da Seda, Blues Etílicos, Yamandú Costa, Almir Sater, Terreno Baldio, Jupiter Maçã, Violeta de Outono, Pepeu Gomes, Azymuth, Hamilton de Holanda, Jorge Mautner, Dona Onete, Gong e muitos outros.

Para essa votação escrevemos o cantor e compositor Gloire Ilonde, artista natural da Republica do Congo e que realizou diversas parcerias como convidado especial do nosso grupo de música instrumental, Brass Groove Brasil. Inclusive seu primeiro álbum chamado: “Sambolê”, foi produzido pelo grupo. Para nossa felicidade, houve uma mobilização geral e Gloire Ilonde acabou sendo o mais votado para estar no palco do Festival.

Só chegando ao local do festival tivemos a dimensão da energia que emana naquele lugar. Muitas pessoas me falavam e tentavam explicar o que vivenciavam por lá, mas realmente é impressionante o ambiente de paz, cooperação, respeito, diversidade social e cultural, entre tantos aspectos que se percebe em poucos minutos por lá.

Esse show de Gloire Ilonde foi sem dúvida um dos mais interessantes de toda minha trajetória musical. Ele conseguiu fazer com que o público que assistia ao seu show no palco Sol, criasse uma onda humana de dança e som das vozes, que arrepia até hoje só de lembrar.

Nesse dia também assisti duas lendas da bateria brasileira: Cézinha passando o som com Pepeu Gomes e Ivan Conti (Mamão) tocando com o Azymuth, no mesmo palco que recém havíamos nos apresentado.

Seguem alguns registros desse dia muito especial:

Praticamente um mês antes do Psicodália, que aconteceria durante o carnaval 2019, comecei a sentir fortes dores abdominais e ao consultar os médicos, diagnosticaram como uma crise de cálculo renal, mais conhecida como pedras nos rins. Comecei a ficar muito preocupado, pois nos mês de janeiro e fevereiro eu teria shows muito importantes para realizar, entre eles minha estreia com a Camerata Florianópolis no também novo espetáculo “POP Camerata” e o show do Gloire Ilonde com a Brass Groove Brasil no Psicodália. Fui administrando as dores e por algumas semanas até achei que o problema havia sido resolvido.

Segui fazendo os ensaios e shows, porém justamente após o termino do show do Gloire Ilonde no Psicodália, em Rio  Negrinho/SC, assim que entrei no carro para irmos embora, uma crise muito aguda de dor iniciou. Seguimos até a próxima cidade que era São Bento do Sul/SC e fui procurar um hospital para tomar alguma medicação que fosse mais eficaz. Nos dias seguintes consultei novamente e marcamos um procedimento para a retirada da pedra. Tudo agendado e mais uma vez a pedrinha surpreendeu, saindo espontaneamente, três dias antes da cirurgia. Felizmente acabou tudo bem e não posso reclamar muito dessa bendita pedra, pois ela esperou eu concluir toda a sequência de shows e resolveu sair poucos dias antes do procedimento, que de certa forma, também me traria alguns transtornos e desconfortos pós-cirúrgicos.

 

Brass Groove Brasil

Em 2019 tivemos uma ano bem diferenciado na Brass Groove Brasil. Primeiramente foram poucos shows, mas em eventos bem interessantes. Foram no Itajazz, no UFSC 12:30 e no Experimenta UFSC, eventos consagrados com históricos de aproximadamente de 30 anos de existência. As poucas atividades se justificam em parte por conta do longo período de 2 anos, que alguns integrantes estavam viajando por todos os estados do país, no projeto Sonora Brasil (2017-2018). A banda também teve mudanças significativas durante esse ano. No início de 2019 tivemos a saída do guitarrista Cristiano Ferreira que foi substituído pelo pianista Edilson Forte (Tatu) e no final do ano a saída do saxofonista Fábio de Mello, ambos integrantes desde o início do grupo. Também tivemos a mudança de país do nosso grande parceiro, cantor e compositor Gloire Ilonde.

Camerata Florianópolis

Um surpresa muito significativa já no início do ano foi o convite para participar de um novo espetáculo produzido pela Camerata Florianópolis, o “POP Camerata”. Com um time de primeiríssima na banda de apoio e um repertório muito divertido baseado nos clássicos desse gênero musical, estreamos em fevereiro com duas noites de casa lotada no Teatro do CIC em Florianópolis. A repercussão foi muito positiva e com a divulgação dos registros desses shows surgiram mais datas durante todo o ano. Um dos pontos fortes dessa agenda foi o show no “RD Summit 2019” em Floripa, considerado o maior evento de marketing digital e vendas da América Latina. Também realizamos alguns eventos corporativos, um deles na cidade de Gramado.

 

Desde que cheguei em Florianópolis/SC, em 2012, alguns projetos me despertavam um grande fascínio, ficando na torcida para que em algum dia pudesse fazer parte de alguma forma. Sem dúvidas, a Camerata Florianópolis era um deles, pois era visível o alto nível musical e de produção que se percebia nos diversos eventos que levavam aos palcos. Entre eles: as participações de Lenine, Zeca baleiro, Paulinho Moska, os projetos Rock Camerata, Beatles Camerata, Marley Camerata e a histórica apresentação acompanhando o lendário guitarrista Stive Vai, no Rock In Rio, em 2015.

Havíamos tido um contato muito breve durante o projeto Catarina Instrumental II, em 2016, no qual eu havia participado com a Brass Groove Brasil e diversos compositores da música instrumental catarinense. Percebi que houve uma empatia naquele momento, mas na sequência as oportunidades não foram se alinhando para esse nosso reencontro.

A partir da minha participação no projeto POP Camerata, seguiu um novo convite, agora para o espetáculo “Clássicos do Cinema Infantil”, quem sem dúvida alguma foi uma das maiores produções que já participei em toda minha trajetória musical.

Uma das apresentações do espetáculo "Clássicos do Cinema Infantil" aconteceu no Shopping Iguatemi, onde tivemos o público posicionado de uma forma muito legal, dando uma sensação de estarmos numa grande arena de shows.

Nesse evento tive a oportunidade de tocar pela primeira vez junto ao grande amigo baterista e percussionista, Dr. Rodrigo Paiva. Sim, Doutor em Percussão. A partir desse encontro, surgiu seu convite para um novo grande desafio.  Realizar o meu primeiro concerto como percussionista em um espetáculo de música erudita. O convite veio de maneira informal, quando o maestro Jefferson Della Rocca comentou durante um ensaio do espetáculo “Clássicos do Cinema Infantil”, sobre um novo desafio que a Camerata havia aceitado. Acompanhanar o grupo de dança da Associação Cultural Arte.Dança, no espetáculo: Suíte do Ballet Carmem. Inicialmente conversei com o Rodrigo Paiva expondo que seria interessante ele chamar percussionistas que estão atuantes nesta área, pois achava injusto eu cair de paraquedas em um ambiente que muitas pessoas estavam se preparando para estar lá. O que me surpreendeu foi quando ele falou que em Florianópolis não haviam tantos músicos preparados para esta empreitada que envolveria 5 percussionistas tocando praticamente o espetáculo inteiro. Então falei pra ele: Paiva vou deixar pra próxima, mas se você “ficar na mão”, estou a disposição pra ajudar. Aí ele falou: “Precisamos”...kkkk. Fiquei feliz pela confiança que depositou no meu trabalho, que segundo ele foi principalmente pela tranquilidade da experiência de vida em shows, o que dá mais confiança pra toda a equipe. A partir dali foi muita, mas muita dedicação, pois além da parte técnica, linguagem, instrumentos, havia a leitura de praticamente 44 páginas ininterruptas. Sem dúvida foi uma das experiências mais desafiadoras e produtivas que tive e o espetáculo ficou lindo de mais!

 

Música na Escola

A partir da contratação para um circuito de apresentações do meu projeto de “Música na Escola”, nas unidades do SESC de Araranguá e Criciúma/SC, acabei passando pela cidade de Içara/SC, onde para minha surpresa encontrei uma antiga colega de trabalho do Colégio Energia, que atualmente é Secretaria de Educação da cidade. Ela ficou encantada com participação das crianças por meio das interações com a bateria e no final do evento, pediu que eu entrasse em contato nas próximas semanas para vermos a possibilidade de levar as apresentações à todas as escolas do município. Conseguimos alinhar tudo e foram quase 40 lindas apresentações e uma atividade musical denominada "Som e Movimento", para a um projeto de formação dos professores de Educação Física da Rede Municipal de Içara.

 

Music Show

Recebi o convite das Baterias Odery, para participar do Evento “Music Show” realizado na São Paulo Expo, na capital paulista, onde havia um agendamento para apresentações no stand da empresa. Foi uma oportunidade muito legal para rever muitos amigos por lá.

Foi muito interessante voltar após tanto tempo a um evento desse segmento e hoje estar com uma trajetória e bagagem musical que traz um outro olhar para um ambiente como esse. Passando algumas horas lá, tive uma sensação que nunca havia sentido em um evento de bateria. Difícil de explicar, mas é como um vazio grande de conteúdo e uma exagerada exibição com intuito mercadológico e marketing, sem falar no volume de som absurdo nas apresentações. Eu já ouvia alguns bateristas experientes falarem algo desse tipo, há muitos anos atrás quando iniciei na profissão enas primeiras idas aos eventos. Acho que mudei de geração mesmo e o filtro também mudou.

 

Turismo

Dessa vez, acredito que tenha sido a minha primeira viagem realmente de turismo, sem atividades musicais ou mesmo, compromissos com registros ou relatos, como aconteciam nas minhas viagens de moto. Foram aproximadamente 20 dias. Na primeira metade desse período visitamos o interior da França na região da Alsácia-Lorena e algumas cidades da Alemanha que fazem fronteira com essa região. Na segunda metade ficamos hospedados nos arredores de Paris, mas indo praticamente todos os dias para o grande centro da capital. Foram inúmeras visitas aos principais pontos turísticos, o pacote completo para quem vai pela primeira vez a este lugar incrível. Uma particularidade dessa viagem foi presenciar o dia mais quente registrado na história de Paris: 42,6 graus. Isso aconteceu justamente no horário que estávamos em cima da Torre Eiffel, onde quase não conseguimos visitar por conta das restrições e limitações de público para esse dia, em função da extrema onda de calor.


Data: 2020 Idade: 46 anos 

Motociclismo

Além da bateria, o motociclismo é também uma das minhas maiores paixões na vida. Iniciei as aventuras de moto em meados de 2003 e de lá pra cá foram muitas viagens, entre elas algumas pela Patagônia e levando uma mini bateria na bagagem. Em 2012, após a conclusão de uma viagem/aventura até o Ushuaia na Terra do Fogo e em seguida minha mudança para Florianópolis/SC, resolvi então ficar sem moto e focar as atenções exclusivamente para a música. Depois de 8 anos de muita saudade, em 2020 consegui retomar esse contato com o motociclismo voltando a ter uma moto e a intenção de aos poucos ampliar as viagens novamente.

Revista Moto Adventure

Em março desse ano, a Revista Moto Adventure, uma das maiores revistas especializadas em motociclismo com circulação em todo o país, em sua edição 231 - Ano 18, publicou uma matéria de seis páginas contando um pouco sobre minhas viagens pela América do Sul carregando uma mini bateria na bagagem da moto. Fiquei muitíssimo feliz com essa oportunidade, pois faltava justamente formalizar esse registro em minha trajetória, tanto na bateria, quanto no motociclismo. Que seja a prenuncia de uma nova temporada de muitas aventuras!

 

Edição especial da Orquestra de Baterias na Ponte Hercílio Luz

Nos primeiros dias de 2020 recebi o convite do amigo baterista Rafael Bastos para ser um dos 50 participantes da edição especial da Orquestra de Baterias de Florianópolis, na semana histórica de reabertura da Ponte Hercílio Luz, o principal cartão postal da capital catarinense. A data foi no dia 05/01/2020, em um domingo de muito sol, calor e previsão de pancadas de chuva no final da tarde, o que deixou todos muito apreensivos, é claro. A apresentação aconteceu no vão central da ponte e foi incrível ver as imagens registradas por fotógrafos, cinegrafistas e equipamentos remotos através de drones. Sem dúvida alguma, esse acontecimento ficará marcado na vida dos bateristas que participaram e do imenso público que prestigiou. Um fato muito curioso foi na hora que o evento encerrou e consequentemente as pessoas começaram a se locomover simultaneamente para sair do local. O balanço da ponte e o movimento dos cabos de sustentação proporcionado por esse deslocamento repentino foi algo impressionante e assustador, mas felizmente sem maiores problemas.

Pandemia

Como esse link da minha biografia aqui no site, ficará a disposição por muito tempo, possivelmente algumas pessoas estão lendo esse relato logo após 2020, mas acredito que muitos outros também estejam lendo depois de alguns anos. Dessa forma, preciso tentar descrever aqui pelo menos um pouco do que foi esse acontecimento mundial. Algo inimaginável e sem precedentes no mundo, pegando de surpresa e em cheio a classe artística. Como foi algo sem aviso prévio, cerca de dias antes da determinação de fechamento de estabelecimentos e cancelamento de todos os eventos, não tivemos nenhum tempo de preparação. A reação inicial foi de perplexidade e apreensão pelo desconhecido e qual rumo ou decisões tomar. Em um primeiro momento foram as manifestações dos artistas procurando alternativas de levantamento de dados sobre a realidade dos profissionais da cultura, crianção de opções das mais diversas para atividades online e aos poucos a procura sobre alternativas de incentivos governamentais. Na minha mente, parecia que precisaríamos de apenas alguns meses até que alguma solução científica apontasse melhorias ou mesmo,  o mercado de trabalho começasse a reagir de alguma forma. Porém, a pandemia foi devastadora na saúde pública e em nossa profissão. Tivemos que mudar nossas rotinas, diminuir gastos e nos darmos conta do quanto somos vulneráveis em nosso segmento. As diversas formas de Arte que foram tão úteis para que as pessoas pudessem ter um pouco de entretenimento enquanto estivessem em casa, assistindo lives ou mesmo programações já gravadas, ao mesmo tempo foi praticamente desassistida por não ser considerada uma atividade essencial, ou seja nós artistas ficamos destinados a sermos um dos primeiros trabalhos a parar e um dos últimos a retornar.

Aulas

Minhas atividades nos últimos anos eram mais voltadas aos shows do que as aulas particulares de bateria, que nos últimos meses eram realizadas praticamente apenas na APP do Colégio Catarinense. Então, nesse período de pandemia retomei com força total as aulas, oferecendo a possibilidade de aulas online e em alguns poucos casos, indo até o domicílio de alguns alunos. Os desafios foram desde aperfeiçoar os equipamentos para transmissão ao vivo em vídeo, em algumas situações gravações das aulas, criar cursos rápidos e popor dinâmicas diferenciadas para as aulas no qual  os alunos não possuiam a bateria em casa, sendo que a maioria deles nesse caso, eram crianças na faixa etária de 8 anos de idade.

Ainda na parte didática também, produzimos um vídeo para a sessão “Action” do canal do YouTube das baterias Odery. O tema do vídeo foi: “Como eu regulo o meu pedal de bumbo.”

Shows

Um pouco antes da pandemia realizei alguns shows com as bandas: Down The System (cover do System Of A Down), Coda (Especial Pink Floyd), Marcondes Cargnin e Arthur Fernandes. Após alguns meses de pandemia com decretos determinando apresentações em formações menores, em horários diferenciados e em locais devidamente adaptados, houveram também apresentações com as bandas On Track, On track convida Cristiano Ferreira, Projeto 70"s Black n" Soul, Dayse Aguiar, Bruna Góes, Luana Laus, Grego Meintanis (Especial Roberto Carlos e Elton John) e On The Bayou (Especial Credence).

Gravações

Meu projeto www.gravacaodebateriaonline.com.br, foi lançado em meados de julho de 2019. Então, naquele momento sem imaginar, acabei me preparando para esse segmento online que virou uma alternativa necessária em tempos de pandemia. De certa forma, esse momento em 2020 atrapalhou um pouco meus objetivos de oferecer um trabalho diferenciado em gravações, pois como muitos bateristas precisaram se adequar a essa alternativa, disponibilizaram muita oferta com valores bem abaixo do que eu gostaria de  praticar. Minha ideia era oferecer uma opção de comodidade pelo serviço remoto, agilidade e inúmeras possibilidades sonoras, porém a tendência do mercado foi popularizar as gravações online. Outro fator que influenciou negativamente o mercado das gravações, foi a queda na demanda desse mercado, pois os artistas ficaram descapitalizados pelo fato de não poderem realizar suas atividades regulares e muitos vídeos colaborativos começaram a serem produzidos em casa. Mesmo assim, muitas produções foram feitas e em especial, gostaria de destacar dois trabalhos distintos dos músicos/compositores: Eduardo Fernandez e George Koerich, ambos guitarristas que estarão em breve lançado os materiais que gravamos em 2020.

LIVES

Uma das atividades mais realizadas e divulgadas em 2020, sem dúvida foram as Lives. Conversas em tempo real utilizando as redes sociais, sobre os mais diversos assuntos, sendo que em nosso segmento, se destacaram os conteúdos didáticos e de entretenimento. No Instagram, o primeiro convite foi do meu grande amigo baterista JP Batera de Blumenau/SC, no seu projeto “JP Convida”. Como brinquei com ele, foi a “primeira Live da vida” ou “fazia 46 anos que não participava de uma Live”. Nossa conversa foi muito tranquila e prazerosa servindo como incentivo para estar aberto a outros convites como esse. Na sequência foi a Live com meu ex-aluno de bateria Roger de Torres/RS, direcionada para um evento organizado pela loja Young Piercing, na semana que é comemorado o “Dia Internacional do Rock”. No final do ano também participei do projeto "Papo de Batera" do baterista Richard Montano. No início, não era possível deixar as Lives salvas para assistirmos posteriormente, mas no decorrer do ano isso se tornou possível, como no link:

https://www.instagram.com/p/CHeJxAhnUca/.

   

Duas Lives de repercussão nacional e internacional foram realizadas a convite dos bateristas mundialmente reconhecidos, Vera Figueiredo e Aquiles Priester. A participação na temporada de Lives da baterista Vera Figueiredo foi em comemoração aos 30 anos do IBVF (Instituto de Bateria Vera Figueiredo), na qual convidou alguns dos ganhadores do festival "Batuka Brasil". Essa Live foi muito significativa, pois em minha trajetória musical considero um “antes e depois” a partir de minha participação no 1º Concurso Batuka, em 1996. Lá conversamos sobre como era a realidade da bateria no Brasil no ano de 1996, nossos sonhos ao iniciar no mundo da bateria, as histórias envolvendo a inscrição, translado para o evento, curiosidades da participação, emoção, repercussão da premiação no concurso, contamos um pouco sobre nossa trajetória após o festival e atividades atuais. A Vera Figueiredo é uma pessoa iluminada, generosa e em sua trajetória musical fez a diferença na vida de inúmeros bateristas. Nossa Live teve o recorde de duração nessa temporada, passando de 3h35 minutos de conversa.

A Live na programação da "TV Maldita" do Aquiles Priester, foi de grande repercussão, pois por lá  passaram alguns dos maiores nomes da bateria nacional e alguns ícones do cenário mundial, entre eles: Nicko McBrain (Iron Maiden), Jonathan Moffett (Michael Jackson, Madona...), Thomas Lang, Deen Castronovo, entre tantos outros.

Durante ano, também procurei dar minha contribuição para os que estavam em casa assistindo as entrevistas por meio de Lives. Convidei dois grandes amigos de grande competência nas suas áreas de atuação para falarmos um pouco de nossas experiências e sobre nossas convivências em diversos trabalhos que atuamos juntos. Um dos convidados foi o técnico de áudio Júlio Lemos com o tema: “Dicas de como passar o som da bateria em palcos e estúdios”:

 https://www.instagram.com/p/CDAXECYAJ3J/

Com o baixista Neto Nunes falando sobre nossas histórias com o grupo Humatumotabum, Festivais e a banda Etc...& tal:

https://www.instagram.com/p/CEafGPnAg13/

  

LIVE - SHOW

Um dos trabalhos que tenho feito recentemente e que me proporcionam grande satisfação, sem dúvida alguma são os espetáculos com a Camerata Florianópolis. É gratificante estar em um ambiente tranquilo, de respeito aos músicos, organização impecável e empreendedorismo que nos impressiona e surpreende a cada temporada. Nesse ano, infelizmente estivemos fora dos palcos e dessa forma, sem a presença do público fiel que sempre lota os teatros, apresentações ao ar livre ou mesmo eventos corporativos. No entanto, felizmente conseguimos nos encontrar para a realização de uma LIVE do espetáculo POP Camerata, que contempla um repertório muito prazeroso de se tocar, divertindo todos os envolvidos e o público online.

Dinossauros do Fama Festa Show

No ano de 1993, com cerca de 21 anos de idade e ainda morando em Porto Alegre/RS, recebi o convite para entregar a banda Fama Festa Show, uma das mais solicitadas para bailes no Rio Grande do Sul. Foram quase três anos de trabalhos e muitos amigos que mantemos contato até hoje. Com a possibilidade de aproximação pelas redes sociais e aplicativos de mensagens, conseguimos nos comunicarmos e juntar boa parte daqueles integrantes em uma pequena confraternização, onde pudemos nos rever após mais de décadas sem um encontro presencial. 

Iniciando o período de quarentena na pandemia, me surgiu a ideia de reunir musicalmente mais uma vez essa turma e de forma online. Então, iniciamos um projeto colaborativo para gravar a música “The time of my life”, que ao meu ver, é uma das músicas que mais me relembra a banda nos palcos. Comecei apresentando a ideia no grupo que aceitou prontamente o desafio e em seguida iniciei o movimento de auxiliar para que todos pudessem gravar sua parte em casa utilizando seus próprios aparelhos celulares e posteriormente, enviar o material gravado para que eu pudesse organizar. O projeto levou cerca de seis meses para ser concluído, mas foi um aprendizado muito grande pra todos, superando nossas limitações técnicas para lidar com gravação nesse formato remoto.

Premiação

Para finalizar 2020, esse ano sem precedentes e cultivar a esperança para o novo ano, em dezembro acabei recebendo esse presente de Natal e por que não dizer, de uma vida de dedicação a música.

Fui contemplado com nota máxima no "Prêmio de Reconhecimento por Trajetória Cultural Aldir Blanc SC",  que teve como objetivo da premiação, valorizar a trajetória dos trabalhadores da cultura que tenham prestado significativa contribuição para o desenvolvimento artístico e cultural de Santa Catarina.

Essa oportunidade foi um momento muito importante para os inscritos reorganizarem seu material, reviverem um pouco de suas histórias e mostrarem de forma documental suas trajetórias culturais e contribuições em atividades que promovem o bem social.

Em tempos de grande volume de informações via internet e redes sociais, penso ser importante também essa modalidade de prêmio, que independe de número de seguidores, ações de marketing com necessidades de frequência de postagens (muitas vezes impulsionadas financeiramente) ou mesmo, o constrangimento em pedir votos para devida premiações.

Tive a honra também de receber homenagens semelhantes em 2010, pelos serviços prestados a cidade de Criciúma/SC e em 2019 no evento Bateras do Sul, com o prêmio “Referências”.

Meu muito obrigado à Santa Catarina e aos órgãos responsáveis, pelo reconhecimento por meio desse prêmio.


Data: 2021 Idade: 47 anos 

Gravações

2021 foi bem interessante para meu projeto de gravações de bateria online (www.gravacaodebateriaonline.com.br). Sendo um dos sites que aparece em destaque nas  buscas pela internet, muitos interessados acabaram aparecendo de forma espontânea por meio das pesquisas por gravações de bateria online.

Nesse ano algumas das produções realizadas foram os trabalhos de: Gomercindo (Ibicaré/SC), Francis Saibel (Canoinhas/SC), Amarildo (São Bento do Sul), Gabriel Tucci (Curitiba/PR) e SMS com produção de Samuel Rosa (Florianópolis/SC).

Aulas

Ainda em meio à pandemia que já se estende pelo segundo ano, uma das atividades que mais se mantiveram foram as aulas particulares de bateria que aconteceram de forma online, em domicílio ou presenciais na cidade de Florianópolis, em parceria com o Estúdio “Um Lugar”.  Nesse ano os alunos superaram as expectativas, encontrando as aulas através de pesquisas pela internet e mantendo-se assíduos durante um período contínuo bem acima da média, mesmo no verão e nas semanas das festas de final de ano.

Edital

Em um final de semana de forma muito inusitada acabei vendo uma postagem nas redes sociais sobre o processo seletivo para o “Projeto Artes nas Escolas e Comunidades” na cidade de Criciúma/SC, voltado para a proposta de contratação de professores de música para um período de quatro meses no segundo semestre de 2021, em uma parceria entre a Fundação Cultural e Secretaria de Educação de Criciúma.

Resolvi fazer a inscrição e consegui me classificar em primeiro lugar na vaga para realizar o trabalho com uma das bandas de fanfarra das escolas do município. No momento inicial fiquei com uma grande dúvida em aceitar a vaga, pois as mudanças na rotina seriam bem relevantes: voltar aos trabalhos em escolas, fazer viagens todas as semanas para Criciúma, conseguir local para ficar, arcar com muitas despesas e correr o risco de a agenda ficar em conflito com algumas possibilidades de shows e ensaios que pudessem acontecer em Florianópolis.

Decidi então por aceitar o trabalho e tive a felicidade de contar com a hospedagem dos meus grandes amigos, Mauro, Nena e Zuleide, o que facilitou minha estadia na cidade e tive o prazer de reencontrá-los semanalmente.

As aulas aconteceram na Escola Serafina Milioli Pescador onde encontrei como diretora a Juliana Stecanella Carminatti, minha colega de trabalho na época de professor no colégio Energia de Criciúma. Foi muito legal saber de sua presença por lá, pois a competência e comprometimento dela com o trabalho já me deixava mais tranquilo para assumir esse desafio. No primeiro dia fui recebido pelo professor anterior a esse projeto que gentilmente me apresentou os instrumentos que recentemente tiveram manutenção, mas ainda precisariam ser montados. Confesso que montar instrumentos (tambores) mais antigos seria extremamente difícil. Pensei até que não daria conta de montar tudo e preparar os alunos para a primeira apresentação agendada em função da Semana da Pátria que aconteceria daqui três semanas. Porém, ao conversar com os funcionários da escola vimos que haviam vários instrumentos ainda encaixotados em uma das salas de aula. Resumindo, conseguimos montar um setup com mais de 30 instrumentos novos, sem necessitar montar os instrumentos antigos.

O trabalho começou com as crianças e adolescentes que se empolgaram nas inscrições para as aulas fazendo com que questionássemos se seria possível chamar todos para o projeto no contra turno da escola. Pensei muito e não achei justo fazer uma seleção, então com um esforço a mais, resolvi então acolher todos os inscritos. As aulas iniciaram e os desafios foram gigantes, tanto no aprendizado musical, pois estavam recém retornando as aulas após um período grande sem aulas presencias na escola, quanto na didática a ser usada ou mesmo sobre o relacionamento entre alunos e um novo professor de música na escola.

Chegando ao final do projeto vejo que foi uma ótima escolha ter assumido esse compromisso. Foram várias histórias de superação de todos os envolvidos, uma nova oportunidade de experiência em escolas e a oportunidade de presenciar os benefícios que a música proporciona nas vidas das pessoas. Fizemos apresentações lindas que renderam ótima repercussão para o grupo, escola e ao projeto em geral, entre elas o evento da Semana da Pátria na Prefeitura de Criciúma, inauguração da Praça no Bairro Maria Céu, Feira do Livro e I Mostra da Fanfarra Juvenil e Mirim da E.M.E.B. Serafina Milioli Pescador.

Aproveitando as idas à Criciúma organizei também aulas particulares de bateria em domicílio e em parceria com o Estúdio Bravado.

Eventos

Participamos do evento “Percussão em Foco” realizando a LIVE com o “Quinteto Demolição” formado pelos bateristas e percussionistas Dr. Rodrigo Paiva, Márcio Bicaco, Alexandre FM, Ginho Bernardes e Cristiano Forte. O grupo percussivo formou-se em 2019 a partir de uma demanda de trabalho para cinco percussionistas no evento Suíte do Ballet Carmem realizado na parceria entre a Companhia Arte.Dança e a Camerata Florianópolis.

As Lives tiveram como convidados também os internacionalmente reconhecidos Edu Ribeiro, Simone Soul e Marcos Suzano.

Workshop

Um dos momentos mais legais desse ano, sem dúvida foi o Workshow de contrabaixo e bateria com o amigo baixista Moysés de Jesus no Estudio 1953, na cidade de Turvo/SC. A organização do proprietário Eduardo Carlessi foi impecável e a interação com os participantes motivou nossas performances e abordagens de vários assuntos relacionados a nossa vivência musical de longa data e trabalhos sempre muito ecléticos.

Shows

Nesse ano realizei apresentações acompanhando as bandas e artistas: 70"s Black n" Soul, Bia Barros, Costão Band - Rock Experience, Nelson Viana, Edith Gondin, Banda Coda, Evento Axé Music com a cantora Juliana D Passos e produção de Alexandre Damaria.

Queria agradecer ao amigo baterista Narcizo Farias que várias vezes me chamou para substituí-lo quando haviam conflitos em sua agenda e ao amigo baixista Baba Jr. que com sua produtora movimenta intensamente o mercado de trabalho para diversos músicos da região.

Com o espetáculo “Pop Camerata” da Camerata Florianópolis realizamos alguns shows muito legais, entre eles o aniversário de 30 anos do Resort Costão do Santinho, juntamente com o pianista Arthur Moreira Lima e o Ballet da Escola Bolshoi e o show ao ar livre em comemoração aos 60 anos da cidade de Garopaba/SC.

Live Show

Ainda em meio à pandemia aconteceram alguns trabalhos dedicados as Lives Shows como o espetáculo “Pop Camerata” da Camerata Florianópolis, promovido pela Intelbras em comemoração ao dia do trabalhador e a Live “Clássicos do Cinema Infantil” realizado na sede da Camerata Florianópolis.


Data: 2022 Idade: 48 anos 

Oficinas de percussão

No final do ano anterior (2021), fiz uma visita à cidade de Treze de Maio/SC para falar com a Secretária de Educação e propor meu projeto de Concertos Didáticos nas escolas. Em outra ocasião, em 2004, já havia realizado uma parceria com a Graziela (Secretária de Educação), na qual fui convidado para organizar a Fanfarra da Escola Estadual onde na época ela era Diretora.

Em nossa primeira conversa, Graziela salientou a vontade de ampliar a ideias dos Concertos Didáticos, criando uma atividade de mais continuidade com a possibilidade de iniciar um projeto de oficinas com instrumentos de percussão disponibilizadas para a rede municipal de ensino e comunidade em geral. Inicialmente achei que seria inviável por conta dos custos envolvendo a distância de deslocamento de Florianópolis para Treze de Maio e um ou mais dias da semana.

Durante esse ano o contato permaneceu de forma mais esporádica, mas pra minha surpresa e felicidade, se concretizou em meados de julho com a contratação para a realização do projeto de Oficinas de Percussão. O trabalho foi muito gratificante e os resultados surpreenderam a todos. Foi uma superação geral, desde o processo burocrático da escolha e compra dos instrumentos, o início com a grande maioria dos participantes nunca terem tido contato com instrumentos musicais e o tempo em que conseguimos nos preparar para a estreia, que aconteceu no desfile cívico no dia 7 de setembro, praticamente um mês após a chegada dos instrumentos para os alunos. Os encontros aconteciam em media uma vez por semana no período de 1h por oficina e 2h pra um ensaio com alunos maiores que iriam compor uma banda ou fanfarra para se preparar para apresentações.

Grupos formados pelos alunos fizeram apresentações memoráveis impressionando a todos nos eventos: Desfile Cívico, Dia do Servidor Público, Intercâmbio com banda de Gravatal/SC, evento "Encantos de Natal" e confraternização para os pais e alunos das oficinas.

Também realizei um dia de Concertos Didáticos nas escolas municipais onde o envolvimento do público sempre é muito surpreendente e gratificante.

Os alunos das ofocinas tiveram também a oportunidade de uma viagem à Florianópolis para assistir no Teatro do CIC ao ensaio aberto do espetáculo “Clássicos do Cinema Infantil” da Camerata Florianópolis no qual faço paret da banda de apoio.

 

Workshow

Workshow de bateria no Sesc Criciúma/SC. Cidade que me acolheu por 8 anos e que realizei inúmeros eventos.

Shows

 Apresentações acompanhando as bandas e artistas: Edith Gondin, Costão Band, Mila de Oliveira, On The Bayou, Grego Meintanis, Marcelo Duani, Evento de Axé Music com a cantora Juliana D Passos e produção de Alexandre Damaria, Mércia Maruk, Niandra Lacerda, Marcelo Duani. Daniel Malker, Nelson Viana, Dudu Fileti, Giovanni Erthal, Banda Zawajus, Gafieira do Carlão, Jorge Nando, Rendez Vous - POP Francês com Edith Gondin.

Com a banda Down The System (cover System Of A Down), retomamos as atividades após a pausa de 2 anos durante a pandemia. Tivemos shows memoráveis nas cidades de Blumenau e Florianópolis/SC.

 Aulas de bateria

Antes da pandemia, meus trabalhos se voltavam mais para as atividades em palco acompanhando artistas e bandas. No período em que passamos reclusos em casa comecei a intensificar as atividades de aulas online e posteriormente, presenciais. O ano de 2022 foi um período de retomada e um ano excelente, pois voltando as atividades nos palcos, oficinas de percussão na cidade de Treze de Maio e muitos alunos permanecendo nas aulas de bateria, vivenciei uma estabilidade de trabalhos que há anos não conseguia.

Tenho muito a agradecer aos alunos que foram parceiros nesse período tão difícil e a todos que estão ou passaram pelas aulas, além dos grandes parceiros imprescindíveis que disponibilizaram seus espaços para locação e realização das aulas em Florianópolis/SC: Estúdio “Um Lugar” e APP do Colégio Catarinense.

Camerata Florianópolis

Mais um ano com a felicidade de realizar trabalhos com a Camerata Florianópolis. Logo no início do ano realizamos mais uma vez o espetáculo “Suíte do Ballet Carmen - Arte.Dança e Camerata Florianópolis”, no qual participei do naipe de percussão.  Foi a segunda vez que realizamos o espetáculo e novamente com duas noites de apresentações. Excelente encontrar os amigos Rodrigo Paiva, Márcio Bicaco, André FM e Ginho Bernardes nesse grupo de percussionistas que apelidamos de “Quinteto Demolição”.

Recebi o convite também para participar do espetáculo “Pink Floyd By Immigrant e Camerata”. A banda Immigrant é uma das mais antigas bandas de rock de Florianópolis e respeitada por sua bela trajetória de projetos, sempre com muita qualidade musical. Fiquei muito honrado em fazer essa participação, pois foi um convite para substituir o baterista original da banda que no momento não poderia realizar esse trabalho. O show foi lindo demais e a receptividade do grupo excelente.

Com o espetáculo “Clássicos do Cinema Infantil realizamos eventos na semana do dia da criança, onde além das duas sessões no dia 12 de outubro, também realizamos ensaios abertos com apresentações para a rede pública de ensino. Foi muito emocionante essas apresentações, pois para a maioria do público era a primeira oportunidade de ir ao teatro e assistir um espetáculo com esse nível de produção. As crianças nos comoveram muito com sua enérgica interação. No ensaio aberto consegui trazer os meus alunos da Oficina de Percussão da cidade de Treze de Maio e esse momento foi muito especial pra eles também. Fico na torcida para que sempre haja essa possibilidade de espetáculos abertos para as escolas. Foi muito lindo, mesmo!

Nesse espetáculo tenho a parceria na percussão do grande amigo Doutor em percussão, Rodrigo Paiva.

 

Com o espetáculo “POP Camerata”, fizemos em média mais shows que nos anos anteriores, muito deles em eventos fechados para empresas. Um deles fomos à Marília/SP.

Gravações

Houve as gravações de bateria através do projeto www.gravacaodebateriaonline.com.br com as produções de Amarildo (São Bento do Sul/SC) e Glauco (São José/SC). Em estúdio, o convite para gravações de Eduardo Carlessi com produção do amigo baixista Moysés de Jesus.

Tour Seu Maneca

No meio do ano tive a feliz surpresa do convite para compor a banda de apoio do cantor e compositor "Seu Maneca" contemplado no Programa de Integração e Descentralização da Cultura da Fundação Catarinense de Cultura. Na banda grandes amigos de longa data como o baixista Moysés de Jesus e meu compadre, o percussionista Rodrigo Campos. Foram apresentações muito legais em comunidades, escolas, praças, entre outros. Foi excelente poder tocar novamente com o percussionista Rodrigo Campos, pois nos conhecemos desde 1997 e tocamos muito tempo juntos, tanto na banda de baile Etc...& Tal, no grupo Humatumotabum e tantos outros. Os shows aconteceram em: Balneário Camboriú, Navegantes, Bombinhas, Barra Velha, Piçarras, Penha, Blumenau, Gaspar, Porto Belo e Guabiruba, todos no Vale do Itajaí em Santa Catarina. Além da tour, também participamos do Festival de Música Autoral da cidade de Tubarão/SC e o show no Sesc de Criciúma/SC.


Data: 2023 Idade: 49 anos 

Shows

Apresentações acompanhando as bandas e artistas: Tainara Santos (Especial Rita Lee), Kako de Oliveira, Costão Band, Débora Machado, Nando Les Paul, Samba do Largo, Filipe Muller, Eternitá, Baile do Bando, ABruna, Aléssio, Especial Rita Lee com Joana Castanheira e ABruna, Snakesun, Amandah Amancio, Daniel Malker e Marelua.

No início do ano, participamos do 1º Itapira Cultural em Itapirubá/SC, com a apresentação do cantor e compositor "Seu Maneca", no qual realizei no ano anterior uma turnê de 10 shows pela região do Vale do Itajaí/SC.

Durante o ano fizemos vários shows em Florianópolis com a cantora Edith Gondin. No show "Symphatique" incluímos uma mescla de repertório pop nacional e internacional, em versões repaginadas pelo grupo. No show temático "Rendez Vous", idealizado pela cantora e com direção musical do guitarrista Cristiano Ferreira, a ênfase foi dada ao repertório exclusivamente Francês e o show "Na Trilha de Piaf" contou com repertório e histórias muito interessantes sobre Édith Piaf, ícone da música francesa.

  

Em 2023, completei 11 anos com a Banda Coda Classic Rock. Realizamos poucos shows nesse ano, mas a qualidade das apresentações e receptividade com o público sempre impressionam muito. Os shows aconteceram em Florianópolis na Célula Showcase, John Bull (Especial Pink Floyd) e Costão do Santinho (Especial Led Zeppelin).

Toucinho Convida

Participei também de alguns dos eventos beneficentes "Toucinho Convida" em prol do tratamento de saúde do lendário baterista de Florianópolis, Toucinho Batera. O Músico sempre impressionou pela sua musicalidade em vários instrumentos, mas especialmente na bateria, fica muito clara sua paixão pelo instrumento e qualidade ímpar ao tocá-lo. Lembro no ano de 2001, quando estudava em um curso de Música na Unisul de Tubarão/SC e um dos professores, o grande guitarrista Cássio Moura, comentou que eu deveria ir a Florianópolis assistir um baterista que tocava com ele. Não hesitei em aceitar o convite e realmente ficar perplexo com o que vi e ouvi. Toucinho sempre muito carinhoso e generoso, mesmo não me conhecendo chamou para eu fazer algumas músicas em sua bateria. Foi um momento muito especial e todas as vezes que o vejo tocar, sempre fico fascinado pelo seu estilo, técnica e sonoridade.

 

Robertinho Silva e Toucinho Batera

Meu grande amigo e batera Mariozinho de Itajaí/SC me contatou para que eu fornecesse minha bateria Odery para o lendário baterista Robertinho Silva usar em seu Workshop e lançamento do livro: "Ritmos brasileiros em forma de rudimentos" em Florianópolis no dia 13/06/2023, pois somos patrocinados por essa marca de bateria. Prontamente levei a bateria lá e fiquei muito emocionado em ver ele tocando em meu instrumento, como aconteceu também no workshop de Carlos Bala, onde também forneci a bateria. São bateristas de renome internacional e desde minha adolescência tenho acompanhado e admirado suas participações com artistas brasileiros consagrados mundialmente, como Milton Nascimento, Djavan e tantos outros que já acompanharam.

O workshop foi muito divertido e rico pelas histórias que contou sobre sua vida desde criança e alguns relatos de acontecimentos de seus trabalhos em shows e gravações. Fiquei impressionado também em ver um senhor com mais de 80 anos e de certa forma já com limitações para se locomover, ao sentar na bateria conseguir extrair do instrumento um som inacreditável e uma performance que parecia ser um menino tocando.

No final do workshop aconteceu uma Jam Session e fiquei muito honrado de ser chamado para participar juntamente com os amigos Toucinho Batera, Mariozinho, Alexandre Damaria e Carol Miranda. Sem falar na felicidade e do privilégio de ver e estar no mesmo palco com Robertinho Silva e Toucinho Batera.

Down The System (System Of A Down Cover)

Esse foi um ano muito significativo para a Banda Down The System, pois após 11 anos com a formação original, tivemos a mudança de vocalista. Guigo Cardoso fez um trabalho impecável e seu comprometimento com a banda foram fundamentais para nosso reconhecimento como possivelmente a melhor banda cover de System Of A down do país. O novo vocalista é Thiago Rocha, que desde nossos primeiros contatos se mostrou uma músico de muita responsabilidade e rapidamente foi se adaptando as exigências vocais muito particulares que envolvem esse repertório. Seu carisma impactou a todos nós da Banda e ao público que imediatamente se acostumou com essa nova cara para o grupo.

Tivemos uma agenda frequente nesse ano e com apresentações memoráveis que ocorreram em três shows em Içara/SC na Garden Gastropub (Brasa Rock, Meteoro Festival e Salem) e um um show na Célula Showcase em Florianópolis/SC, dois lugares que sempre nos acolhem de maneira muito intensa. Mas, gostaria de destacar um show que entrou para nossa história: o "Mundial Rock", em São José/SC. O convite acabou acontecendo a partir de uma conversa minha com o Daniel, um dos idealizadores do evento. Citei que achava interessante um cover do SOAD na lista de bandas, pois já sabíamos da receptividade da enorme legião de fãs dessa grande banda. No início o Daniel achou que essa não seria uma de suas primeiras opções, mas surpreendentemente nos contatou alguns meses depois para o convite.

O resultado não foi diferente do que imaginávamos. O dia que nos escalaram foi justamente o mesmo da Banda Angra,  uma das principais atrações de todo o festival e coube a nós ser a banda que antecedeu esse show.

A quantidade de público impressionou e cerca de mais 10.000 pessoas que estavam enlouquecidas em frente ao palco curtindo muito a apresentação. Como o evento era aberto a todos as idades, acredito que muitos ali eram adolescentes que estavam vendo pela primeira vez na vida uma banda executar ao vivo as musicas do System Of A Down.

Uma observação interessante é que havia dois palcos e o nosso era em uma área oposta ao palco do Angra, intercalando as bandas. Quando cheguei ainda bem antes do nosso horário de apresentação, fiquei impressionado de como a qualidade de som estava ruim nesse palco. Deu pena de ver as bandas que tocaram anteriormente e cheguei a conversar com o técnico de som sobre isso. Então imaginei, nós com um repertório ainda mais pesado, seria um desastre total. Porém, tivemos um cuidado especial na hora que subimos para passar o som e tentamos realmente fazer um ajuste detalhado. Felizmente o resultado foi surpreendente e o feedback de quem assistiu o show e as imagens gravadas, mostraram essa diferença no som na hora que tocamos.

Nesse show também tivemos uma responsabilidade extra, pois o evento completo foi transmitido ao vivo pelo Canal do Youtube de uma emissora de TV de renome nacional e os registros permaneceram online.

 

Aulas de bateria

Em Florianópolis, as aulas particulares de bateria se mantiveram em um volume bem interessante, tanto na forma online, em domicílio ou nas aulas presenciais em parceria com o Estúdio “Um Lugar”. Devo muito ao Beto proprietário do estúdio por ter proporcionado essa parceria que foi fundamental no período extremamente difícil de retomada pós-pandemia.

Workshop de Bateria

Recebi o convite para ministrar um Workshop de bateria pelo Conservatório de Música Popular de Itajaí Carlinhos Niehues, que ocorreu no Museu Histórico de Itajaí/SC. O convite veio do professor de bateria Mariozinho, um grande amigo que também foi umas das primeiras pessoas a me chamar para fazer workshops, na ocasião em 2004 também em Itajaí/SC.

Meu respeito e admiração por esse grande amigo e baterista. Nunca deixo de o agradecer e salientar sempre quando nos encontramos, sobre sua generosidade comigo e pela sua imensa contribuição para a música e ensino em sua região, através de suas colaborações em eventos e livros. Um dos seus trabalhos mais recentes foi a participação na produção do livro do lendário baterista Robertinho Silva lançado em 2023: "Ritmos brasileiros em forma de rudimentos".

 

Gravações

No início de 2023 fui indicado para realizar as gravações de bateria para um trabalho de Glauco Marcon. Ao fazer o contato me enviou um áudio Demo no estilo “Death Metal Melódico”. Quando ouvi a primeira vez, já de cara percebi que o segmento era bem específico e totalmente diferente do que já toquei até então. Em alguns momentos hesitei em não aceitar a demanda, mas acabei me rendendo a esse grande desafio. Felizmente o resultado ficou bem interessante e curti demais fazer esse trabalho.

As gravações de bateria foram através do meu  portal www.gravacaodebateriaonline.com.br e algumas músicas já estão disponíveis nas Plataformas digitais. O projeto chama-se "This Dark Design" e é composto por músicos do Brasil e Alemanha que realizaram suas gravações de forma online.

https://open.spotify.com/intl-pt/artist/5nVcmTwDogl12dZgRcuUA9?si=m2o4s_0jTeaF5f_w5TX4JQ

Meu grande amigo baixista Thiago Bratti, no qual frequentemente estamos tocando junto em diversos projetos diferentes, me chamou mais uma vez para o registro de algumas de suas composições autorais. Em 2016, com sua música “Wallik, fomos finalistas do “Prêmio da Música Catarinense” ”.

Dessa vez fizemos as gravações ao vivo para o material áudio visual de seu trabalho autoral.

 

Oficinas de Percussão

Nesse ano houve a continuidade das Oficinas de Percussão da Secretaria de Educação da Cidade de Treze de Maio/SC, na qual as aulas envolveram os alunos das escolas do município e comunidade em geral.

Esse ano evoluímos muito nas produções, pois vários alunos do ano anterior se mantiveram no projeto e dessa forma, foi um cenário muito diferente do ano passado, onde na época iniciamos as aulas praticamente sem instrumentos e com alunos que em sua maioria, nunca haviam participado de atividades musicais.

Uma grande evolução para o grupo foi o desenvolvimento musical de um de nossos alunos, o Nicolas, que no ano inicial do projeto recém fazia poucas notas no metalfone e no teclado, mas nesse novo ano se dedicou intensamente ao instrumento colaborando muito em nossas apresentações. Uma das mais importantes foi a possibilidade de tocarmos agora o Hino Nacional Brasileiro com teclado e percussão, o que nos projetou para apresentações em eventos municipais, dando maior visibilidade e reconhecimento ao projeto das Oficinas de Percussão. Nossa estreia tocando o Hino Nacional foi ainda no 1º semestre em um evento muito importante para a cidade: 57ª Festa de São Cristóvão, 15ª Festa do Agricultor e 1ª Festa da Indústria e Comércio de Treze de Maio/SC.

O Desfile Cívico ainda é um evento muito esperado pelo segmento das Bandas Marciais  e Fanfarras, pois é um momento que a comunidade em geral aguarda pela apresentação e novidades musicais que possam ser demonstradas pelas bandas do município. Esse ano fizemos um tema musical que me deixou muito realizado como professor, pois conseguimos elaborar uma composição de 5 minutos com alguns dos ritmos característicos das cinco regiões do Brasil, tendo como objetivo reconhecer e valorizar a cultura de nosso país e toda a riqueza musical contida em suas células rítmicas. Foram meses de preparação, mas o resultado surpreendeu a todos.

 

Como já havia acontecido em 2022, nesse ano fui contatar alguma outra banda da região para realizarmos um intercâmbio didático e cultural para os alunos. Ao procurar o Maestro Pedro da Banda da SATC e de vários outros projetos relevantes na região, fui muito bem recebido e marcamos esse encontro que foi um divisor de águas para nossa Banda. Digo isso, pois seria a primeira vez que encontraríamos uma banda de renome na região. Felizmente, assim que finalizamos nossa apresentação, o Maestro Pedro generosamente nos convidou para ser a única Fanfarra (banda somente de percussão) a participar do Encontro de Bandas de Sopro e Percussão, que seria realizado no final de setembro na SATC em Criciúma.

O evento foi fantástico e ficamos muito felizes pelo retorno positivo das outras bandas e público em relação ao nosso trabalho de apenas pouco mais de 1 ano de exixtência.

 

 

Participamos também da Inauguração da reforma do Ginásio Municipal de Treze de Maio/SC, da Formatura do Proerd e do Evento de encerramento do ano das Oficinas de Percussão.

Alunos da Banda Municipal

Todos os alunos do projeto no evento de encerramento 2023

Outro evento muito importante para a cidade é o “Encantos de Natal”, onde acontecem celebrações típicas Natalinas como estreia da Decoração, Chegada do Papai Noel e apresentações culturais. Mais uma vez a Banda se fez presente e realizou uma apresentação memorável com todos os alunos envolvidos no projeto.

Quase no final do ano tivemos a perda de um dos nossos alunos, o Vanderlei. Ele iniciou o contato com a Banda levando seus netos nas aulas de percussão. Numa das oportunidades me comentou que em sua infância tocou na banda da escola e então o convidei para fazer parte das aulas também. Ele sempre esteve muito empolgado e feliz com as aulas e apresentações. Sem dúvida foi muito impactante para todos da banda saber de seu falecimento algumas horas após nosso último contato com ele no ensaio daquela noite. Em um dos nossos eventos seguintes, realizamos uma linda homenagem que emocionou muito aos familiares, amigos e integrantes da banda.

Camerata Florianópolis

Dessa vez os shows que costumo participar com a Camerata Florianópolis demoraram um pouco mais que o habitual para acontecerem, pois o primeiro ocorreu só em agosto de 2023. Depois dessa retomada a sequência foi mais constante. Com o espetáculo “Clássicos da Disney” fizemos mais uma vez shows emocionantes na semana da criança, onde além das sessões convencionais, tivemos apresentações para as escolas públicas. Esses shows são impressionantes, pois as crianças interagem de maneira inigualável a essa oportunidade, que por muitas vezes é o seu primeiro momento em um ambiente de shows.

Com o “Pop Camerata” realizamos uma turnê inesquecível pelo Oeste de Santa Catarina passando por, Treze Tlias, São Carlos, Pinhalzinho e Galvão/SC, onde a receptividade do público foi incrível.

 

Em 2023 tive a felicidade de ser convidado para mais um espetáculo da Camerata: “Clássicos da Música Italiana”. Mais um projeto de sucesso que em 2024 possivelmengte teremos uma demanda de apresentações bem interessante, pois se comemora os 150 anos da imigração italiana em Santa Catarina.

 

 


Data: 2024 Idade: 50 anos 

ATUALMENTE

Tem sido requisitado para trabalhos de gravações em estúdios ou pelo segmento de gravações de bateria on-line, auxiliando muitas vezes na produção das mesmas. Mais informações pelo seu site: www.gravacaodebateriaonline.com.br/;

Patrocinado pelas baterias Odery, baquetas C.Ibañez, Aquarian Drumheads e Drummer's capas protetoras para pratos, nos quais entre essas marcas também participam como endorssees os reconhecidos bateristas Cláudio Infanti, Nenê, Duda Neves, Zé Montenegro, Lauro Lellis, Ayrton Moreira, Robertinho Silva, Carlos Bala, Jorginho Gomes, entre outros grandes bateristas nacionais; 

Ministra aulas particulares de bateria, workshops e oficinas em apresentações solo ou em projetos nas escolas públicas;

Recentemente atuou como baterista das bandas Brass Groove Brasil (melhor álbum instrumental 2015 no Prêmio da Música Catarinense e tour pela Itália em 2018), Grupo Humatumotabum, Down The System (cover System Of A Down), Brazilian Pink Floyd (cover Pink Floyd), do Espetáculo POP Camerata, Clássicos do Cinema Infantil, Clássicos da Música Italiana e Suíte do Ballet Carmen, da Camerata Florianópolis, além de trabalhos como músico freelancer, acompanhando artistas e grupos de diversos estilos musicais;

Possui desde 2003 o site www.cristianoforte.com.br


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